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Uma pessoa passa pela praia, vê uma baleia encalhada, grava um vídeo e encaminha no grupo de WhatsApp. A partir daí, você compartilha, nós compartilhamos e começa um movimento de curiosos. Os órgãos ambientais começam a agir, uma vez que o animal ainda está vivo. Com essa premissa, a APA da Baleia Franca executa, entre esta noite de segunda-feira, 5, e a manhã de terça-feira, 6, um simulado de atendimento a uma ocorrência de encalhe.

A ação ocorre na praia de Itapirubá e movimenta vários órgãos ambientais, que vivem a experiência do acionamento de um protocolo de encalhe de uma baleia, situação que não é inédita e já aconteceu neste balneário na década passada.

A simulação que começou com o vídeo que abre este texto servirá para avaliar se as instituições estão preparadas para agir num caso como esse e como elas irão atuar na ocorrência. Nada foi ensaiado, nem treinado previamente para dar aos participantes da ação a adrenalina vivida nessa situação.

“O curso é fundamental para a saúde pública, pois a ocorrência de encalhe de espécies na costa é uma situação que requer pessoal capacitado para realização das ações de manejo, uma vez que pode diminuir o risco de morte dos animais e evitar acidentes com pessoas próximas”, avalia a chefe da APA, Renata Daniella Vargas.

Até imprensa faz parte
Para simular até mesmo situações que podem ocorrer durante o protocolo, como o atendimento à imprensa, o treinamento disponibilizou uma profissional para ser a responsável pela comunicação.

Em “nota oficial”, encaminhada pela assistente Fernanda Guimarães, é dada a informação que o encalhe ocorreu em frente ao Centro Nacional da Baleia Francas e que há uma equipe do Instituto Australis no local, onde deve ser iniciada uma ação de resgate, a partir das 7h30. A réplica de eventos reais também prevê a instalação de uma estrutura de apoio para os profissionais, incluindo uso de tenda e trator.

Entidades envolvidas
O simulado visa revistar e atualizar o modo de operação numa situação dessas e envolve uma série de instituições: APA da Baleia Franca, Instituto Chico Mendes, Instituto Australis (ProFRANCA), Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina, o Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski (Unesc), Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos, Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da Polícia Federal e Polícia Militar Ambiental.