Ao visitar o Museu de Zoologia da Unesc após anos, Patrícia Canapini fica com os olhos cheios de alegria. Isso porque foi ali que ela viu nascer a paixão que a levou a escolher o caminho pessoal e profissional a seguir. Foi neste espaço que a menina que adorava “mato e bicho” se encantou, a acadêmica fez estágio e TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e decidiu que iria levar educação ambiental para crianças e adultos.
Natural do Paraná, Patrícia mora há 22 anos em Treviso. Ela lembra que já na primeira vez que teve contato com o Museu, sentiu algo diferente. “Desde criança eu gosto da natureza. Meu pai era fitoterapeuta e nós sempre tínhamos contato com as plantas e os animais. Na quinta série minha escola veio conhecer o que na época era Unidade de Zoologia da Unesc. Tivemos uma palestra no laboratório e conhecemos o acervo. Quando vi tudo aquilo, meu olho brilhou”, conta.
Depois desse episódio, Patrícia retornou à Unesc várias vezes enquanto estudava no Cedup, até que em 2005 se tornou aluna de Ciências Biológicas (Bacharelado) da Universidade. “No segundo semestre do curso já fui até o Museu e conversei com a professora Morgana pedindo para trabalhar lá. Fui monitora e acompanhava as escolas nas visitas. No meu TCC ‘O potencial da Unidade de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski na educação ambiental’ eu verifiquei como as atividades dele motivavam as crianças a conhecerem e respeitarem o meio ambiente”, comenta Patrícia, que colou grau em 2009 e durante o estágio, fez parte da equipe que montou a baleia-de-Bryde, exposta no Bloco Administrativo da Universidade.
Do estágio no Museu, em 2010, Patrícia agora bióloga, partiu para uma temporada como voluntária no Projeto Baleia Franca, em Imbituba. Morou um tempo em São Paulo e em 2012 começou o trabalho como monitora em trilhas ecológicas em Porto Belo, em Santa Catarina. No ano seguinte, passou a trabalhar no Museu de Biologia Marinha de Bombinhas e, atualmente, desenvolve atividades de educação ambiental no Museu de História Natural Charles Darwin, também em Bombinhas.
Para Patrícia, trabalhar com educação ambiental é uma maneira de fazer algo pelo planeta. Segundo ela, as crianças chegam aos locais com muita curiosidade e depois costumam ensinar aos adultos – de quem acabam reproduzindo modelos – o que aprenderam. E em sua opinião, já está ocorrendo, mesmo que lentamente, uma mudança de postura das pessoas. “É preciso analisar melhor a frase ‘colocar o lixo para fora’. Não existe ‘fora’. Tudo o que produzimos vai para algum lugar do planeta. E também devemos nos preocupar com essa questão. As nossas ações afetam a todos. Nada está isolado”, afirma a bióloga.
E que tal fazer essa reflexão também? Hoje (5/6), no Dia Mundial do Meio Ambiente, a Unesc quer lembrar que cada um é responsável pela “casa comum”, e que sim, as pequenas ações são necessárias e importantes. Elas podem crescer e influenciar positivamente mais pessoas, em uma onda positiva. A gente se sente orgulhosa de acolher em nosso campus projetos como o Museu de Zoologia, que tocou a Patrícia, que está tocando outras pessoas. Além dele, nossos professores, alunos e funcionários desenvolvem de atividades de extensão que abordam as questões ambientais em diferentes comunidades até projetos inéditos no Brasil para a recuperação de áreas degradadas e que beneficiam pessoas em uma esfera macro. Não importa o tamanho da sua ação. O importante é que você faça. O planeta agradece.
Fonte: Setor de Comunicação Integrada