O Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc, abriu na tarde desta quarta-feira (20/5) a exposição “O Rugido do Leão”, em um evento que uniu teatro, informação e muito aprendizado e teve como visitantes alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental do Colégio Unesc. O evento apresentou o primeiro exemplar de leão-marinho taxidermizado do acervo da Unesc e fez parte da programação da 13ª Semana Nacional de Museus do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), que ocorre até esta sexta-feira (22/5) na Universidade, e reúne os museus da Infância e de Zoologia e o Setor de Arte e Cultura.
Segundo a coordenadora do Museu, Morgana Cirimbelli Gaidzinski, “O Rugido do Leão” tem como objetivo fortalecer a mensagem de preservação da vida, em especial a dos animais do ambiente marinho. “O rugido é um grito de socorro, um alerta que queremos dar para a importância da adoção de ações que venham contribuir com a preservação dos oceanos. Precisamos mostrar isso para as crianças. Elas vão crescer mais conscientes e serão disseminadoras destas informações”, comentou Morgana.
Os pequenos conversaram com a Tartaruga Vitorino, um dos personagens do Museu de Zoologia. Vitorino contou como quase morreu em função de uma rede de pesca solta e falou sobre as dificuldades que os animais marinhos enfrentam em virtude da poluição.
O cabo Laudelino Joaquim, da Polícia Ambiental, explicou para as crianças o trabalho realizado pelos policiais em defesa do meio ambiente e deu orientações de como proceder ao encontrar um animal na praia. “Muitas vezes os animais estão na beira da praia apenas para descansar. Não tirem eles do mar, mas se estiverem feridos, chamem a Polícia Ambiental para que sejam tomadas as providências corretas”, afirmou Joaquim, que também chamou a atenção para o fato de que o lixo jogado às margens dos rios vai para o mar e que cada um é responsável pela limpeza da sujeira feita durante o dia de praia. O policial ambiental ainda entregou cartilhas com os temas “Fauna” e “Poluição” aos estudantes.
A pró-reitora de Pós-Graduação, Ensino e Extensão, Luciane Ceretta, destacou a importância do trabalho de conscientização ambiental realizado pelo Museu e incentivou as crianças a cuidarem do meio ambiente e transmitirem esta preocupação aos pais e familiares.
Atento a tudo o que era falado, Davi Locks Pacheco, de oito anos entendeu o recado. “Gostei bastante de ter vindo aqui no Museu hoje. Foi bem divertido e aprendi que temos que cuidar da natureza. Vou contar para os meus pais quando chegar em casa”, disse, entre uma bolinha de sabão e outra, feita pelos alunos para dar as boas-vindas ao leão-marinho.
Leão-marinho foi achado em Morro dos Conventos
Segundo o biólogo do Museu de Zoologia da Unesc, Rodrigo Freitas, o animal da espécie Otaria flavescens foi encontrado em Morro dos Conventos, Araranguá, em agosto de 2014, em um dos monitoramentos realizados quinzenalmente entre a Barra do Camacho, em Jaguaruna, e Passo de Torres. “Ele era um macho adulto e estava morto há pelo menos um dia. Não tinha marcas de agressão e provavelmente morreu em alto mar por causas naturais”, comentou.
O leão-marinho possui 2,5 metros de comprimento e quando encontrado, pesava 280 quilos. Após o processo de taxidermização (técnica de preservação da forma da pele, planos e tamanho do animal), o leão-marinho passou a pesar 75 quilos. O exemplar é o primeiro da espécie no Museu de Zoologia da Unesc, e é raro em museus do Brasil, principalmente com estas dimensões. O animal ficará permanentemente expostos à visitação.
Saiba mais sobre os leões-marinhos
São animais de grande porte: machos podem atingir 2,6 metros de comprimento e fêmeas 1,85 metros. Seus predadores são as baleias e os tubarões. O nome do animal surgiu da juba que os machos têm na cabeça. A coloração da pelagem varia entre amarelo claro e marrom avermelhado.
Possuem um focinho curto e arredondado e orelhas pequenas e arredondadas. Emitem sons graves, similares aos dos leões terrestres, alimentam-se de peixes, polvos, lulas, crustáceos, aves e também de lobos marinho jovens.
Todos os anos, durante o inverno e a primavera, muitos lobos e leões se dispersam de suas colônias reprodutivas no Uruguai e na Argentina, e se deslocam para o Norte em busca de alimento e águas mais quentes. Muitos deles chegam exaustos ao Litoral Sul do Brasil, podendo morrer nas praias. No Brasil, os leões-marinhos são mais avistados no Rio Grande do Sul, na Ilha dos Lobos, em Torres e nos Molhe da Barra, em Rio Grande.
Fonte: Secom