Os olhos atentos dos pequenos do 6º ano Escola Maria Arlete Bitencourt Lodetti, de Içara, mostravam o interesse pela natureza. Eles participaram da inauguração do novo exemplar do Museu de Zoologia da Unesc. Considerado o maior e mais pesado peixe ósseo do mundo, seu nome faz referência a sua cor cinza, textura rugosa e corpo arredondado, é o Peixe-lua, que agora compõe o acervo da Universidade.
A inauguração, que ocorreu na tarde desta terça-feira (5/9), levou os estudantes até o Espaço Expositivo Ecossistema Marinho, localizado no Bloco Administrativo da Universidade. Eles aprenderam sobre a conexão entre a Lua e o Peixe-lua com o estudante do curso de Geografia da Unesc Bruno Netto da Silva, que explicou de forma dinâmica e lúdica a influência do único satélite natural da Terra na natureza.
Com a atenção voltada ao telão, os estudantes também puderam entender a fragilidade do ambiente marinho mediante aos inúmeros impactos decorrentes da ação humana. Segundo a professora da turma, um dos objetivos da escola é desenvolver uma consciência ecológica nos alunos. “Por meio do Museu, nós conseguimos fazer com que os alunos tenham um contato maior com esses animais. É uma forma de promover a mudança de atitude por meio do conhecimento”, comentou.
Para a coordenadora do Museu, Morgana Cirimbelli Gaidzinski, entre as finalidades do Museu está o fortalecimento de ensino formal. “Grande parte das escolas carecem de equipamentos e materiais visuais para estabelecer o diálogo e dar subsídios para o desenvolvimento das aulas. O Museu funciona como uma extensão da escola, levando esses recursos didáticos e programas educativos”, ressaltou.
O exemplar da Unesc foi doado pelo extinto Museu do Índio e apresenta 1,5 metros de comprimento. Ele foi restaurado pelos biólogos Rodrigo Ribeiro de Freitas, Murilo Bon e Kleiton Lima, que fazem parte da equipe do Laboratório de Zoologia do Museu da Unesc.
Sobre a espécie
O Peixe-lua pode atingir mais de três metros de comprimento e pesar mais de duas toneladas. Pode ser encontrado em todos os oceanos, inclusive na costa brasileira. Ele apresenta um comportamento singular de permanecer um longo tempo à superfície da água para apanhar sol. As explicações para este comportamento estão relacionadas a regular da temperatura do corpo e a atrair aves como as gaivotas para o desparasitar. O peixe-lua carrega uma impressionante quantidade de parasitas, tanto dentro quanto na superfície do corpo. Esses peixes possuem neurotoxinas em sua carne, por isso não podem ser consumidos por seres humanos. São animais mansos e predados por leões-marinhos, orcas e tubarões.
Fonte: Setor de Comunicação Integrada