A Inteligência Artificial (IA) nada mais é que a capacidade de soluções tecnológicas simularem a capacidade humana ligadas à inteligência como, por exemplo, analisar dados para poder adotar uma ação. No caso do meio ambiente ou de outras áreas, vale para uma ação de emitir um alerta.

Na noite desta quinta-feira (11/11) este foi o assunto apresentado no 4º Ciclo de Palestras do Museu de Zoologia, que faz parte da XII Semana de Ciência e Tecnologia (SCT) da Unesc, pelo professor Tiago Moreti, e debatido com os quase 100 participantes da atividade online, e mediado pela coordenadora do museu, professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski.

Em sua apresentação, Moreti explicou que a máquina não pode demonstrar emoção, “mas com um banco de dados adequado e volumoso, com as informações mais perto da precisão possível, para o que se deseja, é fato que a máquina vai simular a decisão humana com a capacidade de ser mais técnica, ou seja, a tomada de decisão por meio de um banco de dados que nós alimentamos, mas com maior agilidade”. Ele foi além, pontuando que “uma área desmatada, até ser percebida pelos seres humanos, precisaria de uma expedição, mas com um equipamento devidamente alimentado de informações isso se torna mais rápido e preciso”.

Outro exemplo citado pelo professor está ligado à pandemia de Covid-19. “Na pandemia, vários aplicativos de saúde foram criados e o algoritmo já tinha no banco os sintomas da Covid-19. Sintomas eram detalhados por telefone pelos pacientes que, dependendo da situação, eram encaminhados para atendimento médico presencial. Isso contribuiu significativamente com o andamento de consultas e com os protocolos preconizados pelos órgãos de saúde”, avaliou Moreti.

“E para que a Inteligência Artificial funcione adequadamente são necessários três fatores: algoritmo genético, grande banco de dados e um processador de dados adequado. E quando este último for alimentado deve-se colocar a informações e as imagens similares ao que se pretende”, explicou o palestrante.

Sobre o meio ambiente, Moreti assinalou que é possível monitorar, por meio da IA, vários setores. “Podemos mapear o que nós quisermos. As queimadas, os animais, o desmatamento, a qualidade da água. Lembrando sempre que os dados são a principal garantia de sucesso da implementação da IA. E existem várias maneiras de coletá-los. Todas exigem tempo e determinação, mas são imprescindíveis”, argumentou.

Sobre o palestrante

Biólogo, mestre em Biotecnologia, Genômica e Proteômica, Tiago Moretti tem experiência em consultorias para multinacionais de Biotecnologia. Professor da Unesc nas disciplinas de Genética, Genética de Populações, Biologia Celular, Microbiologia/Parasitologia, Histologia e Evolução, realizou trabalho técnico em cargo de perito geneticista de paternidade em Santa Catarina.

Último dia

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A SCT foi, mais uma vez, composta por palestras, oficinas, minicursos e apresentações de trabalhos de pesquisa, extensão e relatos de ensino e experiência. A SCT tem o patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-SC) e o apoio de Fapesc, CNPq, Capes e Biozenthi Dermocosméticos.

(Especial: Alexandra Cavaler / Comunicação SCT / AgeCom)

Publicado por: AgeCom Unesc
em 11 de novembro de 2021