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    Acadêmicos aprendem prática de taxidermia durante Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc Acadêmicos aprendem prática de taxidermia durante Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc 18-10-2024

      

    Oficina foi realizada nesta sexta-feira (18/10) e faz parte, ainda, da Semana Acadêmica do curso de Ciências Biológicas. Foto: Karol Carvalho/Alfa Comunicação/Especial)

    Um grupo de 10 acadêmicos participou durante a tarde e a noite desta sexta-feira (18/10), de uma oficina de taxidermia. Com o tema “Dos bastidores à vitrine: o processo de taxidermia desvendado”, o curso foi ministrado no laboratório de taxidermia da Unesc e faz parte das atividades da Semana de Ciência e Tecnologia (SCT) e da Semana Acadêmica de Ciências Biológicas.

    Segundo a professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski, fundadora do Museu de Zoologia da Unesc, a taxidermia é uma prática milenar, que teve início com a civilização egípcia, cinco mil anos antes de Cristo. Na Unesc, a taxidermia é realizada desde a década de 1990, quando o museu iniciou as atividades. “Nesses 22 anos, trabalhamos a taxidermia como uma prática de conservação dos animais com finalidade científica, mas também de educação ambiental”, conta.

    Ainda conforme ela, a taxidermia é conhecida popularmente como técnica de “empalhar” os animais. “As pessoas chamam assim porque há muitos anos se utilizava palha para fazer o processo, já que era um material mais disponível. Hoje, temos materiais mais modernos e trabalhamos também com uma técnica artística para deixar o animal mais real possível”, explica Morgana.

    A coordenadora do curso de Ciências Biológicas, Mainara Figueiredo Cascaes, enfatiza que a Graduação Multi, metodologia adotada pela Unesc em 2022, oportuniza com frequência que os estudantes coloquem em prática o ensino aprendido em sala de aula. “Para os acadêmicos de Ciências Biológicas é uma atividade muito importante porque abre portas tanto para o conhecimento morfológico e anatômico de alguns animais e algumas aves, mas em especial para um futuro mundo do trabalho em que espaços como museus, exposições e coleções exigem um profissional habilitado para preparar e armazenar os animais de maneira correta”, diz.

    Prática incentiva educação ambiental em diversos espaços da região

    Desde a chegada de um animal à equipe do museu até a finalização do processo, a taxidermia pode levar semanas. Segundo o taxidermista e educador ambiental Gabriel Ferreira Pereira, todos os animais que passam pelo processo já chegam ao local sem vida.

    “Em muitos casos, os animais chegam aqui por meio da parceria com a Polícia Ambiental, Geralmente eles foram mortos por envenenamento, atropelamento ou alguma outra situação. O processo no laboratório tem início com a retirada da pele que fica secando, às vezes por duas semanas. Com a pele, nós fizemos um molde e depois preenchemos com material como isopor ou poliuretano, por exemplo. E precisa ter também um toque artístico para que o animal pareça com vida”, explica.

    O taxidermista é egresso da Unesc e atua no Museu de Zoologia há dois anos. “É um trabalho gratificante. Quando somos acadêmicos, muitas vezes não temos noção do quanto o trabalho pode impactar a vida das pessoas. Hoje me vejo atuando em algo que é tão grande e gera impacto na sociedade, já que envolve crianças que multiplicam o conhecimento adquirido por meio do museu”, comemora.

    O Museu de Zoologia da Unesc tem animais expostos em três locais: na Universidade, no Polo de Araranguá, na Gruta Nossa Senhora de Lourdes e, em breve, no Parque das Nações.

    A SCT 2024

    A 15ª SCT da Unesc ocorre em alusão à 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e tem como tema “Biomas do Brasil: Diversidades, Saberes e Tecnologias Sociais”. Nesta edição, o maior evento institucional da Universidade conta com 565 trabalhos submetidos; 262 avaliadores; 51 painéis temáticos; 36 pôsteres digitais e seis eventos paralelos.

    Mais uma vez, a Semana de Ciência e Tecnologia conta com diversos eventos paralelos, como a Feira de Inovação; Talento Cultural; Workshop de Arqueologia; Ciclo de Palestras do Museu de Zoologia; Feira do Livro; Feira de Ciência. Em 2024, a programação do evento ainda contempla o 1º Simpósio Interdisciplinar em Sistemas Produtivos, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Sistemas Produtivos (PPGSP), programa associado entre Unesc, Uniplac, UNC e Univille.

    Todas as informações e a programação completa podem ser conferidas no link: www.unesc.net/sct2024. A 15ª SCT da Unesc conta com patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea/SC) e com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); além da Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc) e Avatim.

     

    AGECOM - Agência de Comunicação UNESC

    Publicado por: AgeCom Unesc

    Texto: Karol Carvalho/Alfa Comunicação/Especial

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