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Animais

  • Cágado-cinza ou Cágado-de-barbelas (Phrynops hilarii)
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    Cágado-cinza ou Cágado-de-barbelas
    Cágado-cinza ou Cágado-de-barbelas

    Phrynops hilarii (Duméril & Bibron, 1835)
    Ordem: Testudines
    Família: Chelidae

    Descrição: Também conhecido como cágado-de-barbelas, esta espécie possui corpo achatado e oval, apresentando 39 cm de carapaça e pesando cerca de 5 kg de massa corporal. Seus membros são escamosos e seu casco é liso. A coloração desta espécie pode variar em tons cinzas, verdes ou marrons. Sua cabeça é larga e achatada, apresentando focinho pontudo, e um par de barbelos a quais auxiliam na sua natação. Tanto sua coloração acinzentada, quanto os barbelos encontrados na cabeça, são características marcantes que originam seus dois nomes populares.
    Distribuição geográfica: Ocorre no nordeste da Argentina, Uruguai e sul do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Paraná.
    Habitat: Costuma habitar ambientes lênticos e lóticos, sendo encontrado em rios, arroios, lagoas e banhados com vegetação flutuante.
    Hábitos alimentares: Espécie onívora, alimenta-se tanto de matérias de origem animal quanto vegetal, alimenta-se de insetos, moluscos, peixes, anfíbios, aves e pequenos mamíferos.
    Reprodução: A estação de desova varia conforme a distribuição da espécie, no Brasil costuma ocorrer cerca de duas vezes por ano. Esta espécie nidifica com maior frequência em solos arenosos com presença de vegetação, construindo os ninhos em locais afastados de 3 a 220 m de recursos hídricos. São depositados cerca de 14 ovos por ninhada, a quais serão incubados em período de 157 a 271 dias.
    Período de vida: Cerca de 35 anos.

  • Cobra-caninana (Spilotes pullatus)
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    Cobra-caninana

    Spilotes pullatus (Lineu, 1758)
    Ordem: Squamata
    Família: Coloubridae

    Descrição: Também conhecida como Papa-ovo, a Caninana possuí cerca de 2,5 m de comprimento, suas escamas são amarelas com manchas pretas ao longo de todo o corpo. Não é considerada uma serpente peçonhenta, além disso não possuí hábitos agressivos, evitando quase todo tipo de contato, porém quando se sente ameaçada, infla o pescoço e vibra sua cauda de maneira que intimide a ameaça.
    Distribuição geográfica: Encontrada ao longo das Américas Central e Latina. Em território brasileiro pode ser avistada em áreas de Mata Atlântica e de Cerrado.
    Habitat: Espécie terrestre e arborícola, também possuí ótima capacidade de nado.
    Hábitos alimentares: Anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos.
    Reprodução: Costumam depositar seus ovos em períodos chuvosos, onde depositam até 15 ovos. Essa espécie não possuí cuidado parental, após depositar os ovos costumam deixá-los e seguir jornada.
     

  • Cobra-cruzeiro (Bothrops alternatus)
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    Cobra-cruzeiro
    Cobra-cruzeiro

    Bothrops alternatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
    Ordem: Squamata
    Família: Viperidae

    Descrição: Também conhecida como Cobra-urutu ou Urutu-cruzeiro, essa serpente é considerada de grande porte, podendo atingir até 1,7 m de comprimento. O que difere os sexos dessa espécie é o tamanho de cada indivíduo, onde os machos geralmente são menores que as fêmeas. Possui tons castanho-escuro com manchas em formato de ferradura que vão desde a cabeça até a cauda. A região ventral dessa espécie é esbranquiçada.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, como Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil. Em território brasileiro a Cobra-cruzeiro pode ser encontrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
    Habitat: Espécie terrícola, costuma frequentar ambientes úmidos e abertos. Sendo bastante comuns em ambientes como banhados e brejos.
    Hábitos alimentares: Diferente dos demais representantes do gênero Bothrops, a Cobra-cruzeiro alimenta-se exclusivamente de mamíferos, tais como camundongos, ratazanas, capivaras, preás e marsupiais.
    Reprodução: Espécie vivípara, a fêmea gera aproximadamente 12 filhotes por gestação, que nascem bastante desenvolvidos.

  • Cobra-dormideira (Sibynomorphus neuwiedi)
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    Cobra-dormideira

    Sibynomorphus neuwiedi (Ihering, 1910)
    Ordem: Squamata
    Família: Dipsadidae

    Descrição: Possuí cerca de 90 cm de comprimento, sendo que geralmente as fêmeas são maiores que os machos. Embora semelhante a Jararacas (gênero Bothrops) essa espécie não é considerada uma serpente peçonhenta, algumas das diferenças podem ser vistas nos padrões de suas escamas, onde na dormideira as manchas negras formam retângulos, contra as formas de ‘’V’’ a ‘’U’’ das jararacas.
    Distribuição geográfica: Encontrada na América do Sul, tendo ampla distribuição em território brasileiro.
    Habitat: São animais terrícolas e habitam áreas abertas e áreas de mata, entretanto possuem atividade noturna, o que dificulta sua visualização.
    Hábitos alimentares: Dieta baseada em moluscos, tais como lesmas.
    Reprodução: Espécie ovípara, deposita até 10 ovos por gestação.
     

  • Jabuti (Chelonoidis sp.)
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    Jabuti
    Jabuti

    Chelonoidis sp.
    Ordem: Testudines
    Família: Testudinidae

    Descrição: O tamanho dos indivíduos pode variar de acordo com a espécie, o Jabuti-piranga pode atingir até 40 cm de comprimento, por sua vez, o Jabuti-tinga pode crescer por até 70 cm. Predomina em ambas as espécies a coloração negra com manchas amarelas na região do casco. Uma curiosidade sobre os jabutis, é que diferente de seus parentes, cágado (água doce) e tartarugas marinhas (água salgada), ele não possui nenhuma habilidade de nado, passando a vida toda sobre terra firme. Seus pés são cilíndricos, e podem ser assimilados com pés de elefantes. Em suas bocas não há dentes, e sim uma placa óssea que funciona como uma lâmina.
    Distribuição geográfica: São nativos da América do Sul, distribuindo-se em países como Argentina, Brasil, Colômbia e Paraguai. No Brasil, ambas as espécies (Jabuti-tinga e Jabuti-piranga) podem ser encontrados com maior frequência nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
    Habitat: Podem habitar todos biomas brasileiros, entretanto devido não ser capacitados a nadar, pouco frequentam áreas alagadas, exceto para beber água. Geralmente vive em bandos e apresenta hábitos diurnos.
    Hábitos alimentares: São animais onívoros, ou seja, se alimentam tanto de matéria de origem animal, quanto vegetal. Em seu cardápio podem ser encontrados os mais diversos alimentos, tais como, frutas, verduras, minhocas, moluscos, lesmas e entre outros. Muitas vezes para evitar contato direta com a água, os Jabutis procuram saciar sua sede através do orvalho encontrado em plantas.
    Reprodução: São animais ovíparos. A fêmea costuma escavar seu ninho na terra ou areia, onde deposita seus ovos. Após incubados, os ovos eclodem, e surgem novos espécimes de jabutis.
    Período de vida: Cerca de 80 anos de vida.

  • Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonarius)
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    Jabuti-piranga

    Chelonoidis carbonarius (Spix, 1824)
    Ordem: Testudines
    Família: Testudinidae

    Descrição: Possui cerca de 40 cm de comprimento e 40 kg de massa corporal, realçando que geralmente os machos são levemente maiores que as fêmeas. Apresenta uma cabeça alongada e retrátil com polígonos amarelados. Tantos os membros posteriores quanto inferiores possuem escudos em coloração vermelha e negro. Seu casco é predominantemente negro, com algumas manchas amarelas.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul, podendo ser encontrado em países como Colômbia Paraguai, Brasil e Argentina. Embora tenha registros em todas as regiões brasileiras, costuma ser encontrado com maior frequência nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
    Habitat: Embora esta espécie seja encontrada ao longo de todos os biomas brasileiros, o Jabuti-piranga possui preferência a ambientes de savana e bordas da floresta em torno da Bacia Amazônica.
    Hábitos Alimentares: Animal onívoro, alimenta-se desde folhas e frutos a até invertebrados.
    Reprodução: Cava um buraco com cerca de 30 cm de profundidade a qual irá considerar seu ninho, nele a fêmea já fecundada deposita cerca de 10 ovos e posteriormente o fecha. Em geral, os ovos depositados no ninho serão incubados em um período de até 150 dias. Após a eclosão dos ovos os filhotes nascem, esses mesmos filhotes só se tornarão aptos para reprodução com cerca de 6 anos de vida.
    Período de vida: Cerca de 80 anos de vida.
     

  • Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare)
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    Jacaré-do-pantanal
    Jacaré-do-pantanal

    Caiman yacare (Daudin, 1802)
    Ordem: Crocodylia
    Família: Alligatoridae
    Descrição: Possui em média 3 m de comprimento. Em questão de coloração corporal, o Jacaré-do-pantanal apresenta padrões bastante variados, tendo a região dorsal em tons escuros e região ventral em tons amarelados. Ainda na região do dorso, é possível visualizar faixas transversais em tons amarelos. Em terra, costuma ficar acoado, perdendo sua famosa habilidade de reação, quase sempre escapa da primeira ameaça que enfrenta. Entretanto, na água, sua força muscular e sua agilidade são muito elevadas. Nesse caso suprime qualquer presa com sua mandíbula única, cauda irregular e garras poderosas. São animais importantes no controle ecológico de outras espécies: alimenta-se de indivíduos vulneráveis fazendo seleção natural através dos seus instintos. No passado, esse animal quase foi extinto, todavia graças a um movimento conservacionista, foi salvo, deixando sua população em equilíbrio.
    Distribuição geográfica: No Brasil, o seu foco está no pantanal, também ocorre do norte da Argentina ao sul do rio Amazonas, passando pela Bolívia e Paraguai.
    Habitat: Vive principalmente em ambientes aquáticos, como zonas úmidas, rios, lagoas e pântanos.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de invertebrados como insetos, moluscos e crustáceos, ou até mesmo vertebrados como peixes (presas mais consumidas), anfíbios, pássaros, mamíferos. Em algumas situações pode ocorrer o canibalismo.
    Reprodução: Animal ovíparo. A fêmea deposita em média 25 ovos. A incubação dura 70 dias. Os filhotes crescem no calor da luz solar e da vegetação que compõe o ninho (feito de folhas e fragmentos de plantas, na floresta ou em vegetação flutuante). Uma curiosidade seria a maneira como é determinado o sexo dos indivíduos, sendo essa a temperatura ambiente. A mãe raramente sai deste lugar, ela geralmente defende esse lugar com muito voracidade. O período de postura começa no final de dezembro até o final de fevereiro, atingindo o pico entre janeiro e fevereiro que coincide com o período das cheias do pantanal.
    Período de vida: Cerca de 50 anos.

  • Jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris)
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    Jacaré-do-papo-amarelo
    Jacaré-do-papo-amarelo

    Caiman latirostris (Daudin, 1802)
    Ordem: Crocodylia
    Família: Alligatoridae

    Descrição: Esta espécie apresenta coloração verde nos indivíduos adultos, por sua vez, os filhotes apresentam coloração marrom com listras pretas na região dorsal, além de manchas escuras na cabeça e mandíbula. Uma curiosidade é que o Jacaré-de-papo-amarelo apresenta o menor e mais compacto focinho entre os membros de suas ordem (Crocodylia), apresentando uma forte mordida. As fêmeas adultas apresentam cerca de 2 m de comprimento, sendo que os machos podem alcançar até 3 m.
    Distribuição geográfica: Ocorre no nordeste da Argentina, sudeste da Bolívia, Paraguai, norte do Uruguai e leste do Brasil. Indivíduos juvenis podem ser vistos com relativa frequência nas lagoas do litoral do Rio Grande do Sul. 
    Hábitat: Esta espécie ocorre principalmente em ambientes lênticos, tais como lagoas, banhados, mangues. Também pode se adaptar facilmente a ambientes alterados pelo homem.
    Hábitos alimentares: Caramujos, peixes, aves, pequenos mamíferos e insetos. Sua presas vão variar conforme o tamanho do indivíduo, jacarés maiores costumam pegar presas maiores.
    Reprodução: O período reprodutivo varia conforme a localidade da espécie, no Brasil ocorre entre os meses de agosto e janeiro. Em geral a fêmea deposita de 18 a 50 ovos, que são incubados de 65 a 90 dias. O calor é bastante importante no desenvolvimento dos ovos, umas vez que ele é o responsável por determinar o sexo dos embriões, temperaturas entre de 29°C e 31°C geram fêmeas, com 33°C geram machos e acima de 34,5°C geram ambos os sexos. No primeiro ano de suas vidas, os filhotes costumam ficar próximos aos pais para proteção própria.
    Período de vida: Cerca de 50 anos.

  • Jararaca (Bothrops jararaca)
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    Jararaca
    Jararaca

    Bothrops jararaca (Wied, 1824)
    Ordem: Squamata
    Família: Viperidae

    Descrição: Também conhecida como jararaca-da-mata, esta espécie apresenta diferentes colorações conforme seu local de origem, os tons podem variar em cinza, marrom, amarelo e pardo esverdeado, além disso, possui manchas ao longo do corpo em formato de “V”, tal característica permite ótima camuflagem em diferentes tipos de substrato. Pode atingir 1,6 m de comprimento. Sua cabeça é em formato triangular e sua dentição é solenóglifa, apresentando dois dentes retráteis que podem inocular um forte peçonha em suas presas.
    Distribuição geográfica: Encontrada no Brasil (da Bahia ao Rio Grande do Sul) e em regiões adjacentes no Paraguai e Argentina.
    Habitat: Costuma estar ativa no período da noite, descansando embaixo de folhas, pedras ou outros locais úmidos durante o dia. Tem hábitos terrestres, entretanto também pode ser encontrada sobre a vegetação arborícola. De forma geral, esta espécie sempre procura forragear em ambientes úmidos, tais como beiras de rios ou lagos.
    Hábitos alimentares: Anfíbios, pequenos lagartos, pequenos mamíferos e aves.
    Reprodução: Espécie vivípara. A Jararaca fêmea costuma ficar apta para reprodução a cada dois anos, quando apta, após o acasalamento, a fêmea tende a dar à luz de 12 a 20 filhotes.

  • Jararacuçu (Bothrops jararacussu)
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    Jararacuçu
    Jararacuçu

    Bothrops jararacussu (Lacerda, 1884)
    Ordem: Squamata
    Família: Viperidae

    Descrição: Considerada uma serpente peçonhenta de grande porte, o Jararacuçu apresenta um característico dimorfismo sexual entre seus espécimes, as fêmeas costumam ser maiores, apresentando 1,8 m de comprimento e sua coloração é amarelada com manchas pretas. Por sua vez, o macho apresenta 1,4 m de comprimento e coloração em tom castanho-acinzentado com manchas menos conspícuas. Uma curiosidade é que as presas da Jararacuçu podem atingir até 2,5 cm, tornando esta espécie uma poderosa produtora e inoculadora de peçonha.
    Distribuição geográfica: No Brasil nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Paraguai, Bolívia e Argentina.
    Habitat: Podem ser encontradas em ambientes de mata atlântica, como floresta semideciduais, campos e bosques. Costumam se aquecer ao sol durante o dia e forragear a noite.
    Hábitos alimentares: Pequenos mamíferos, anfíbios, lagartos e, eventualmente, outros ofídios.
    Reprodução: Após o acasalamento, a fêmea tende a dar à luz aproximadamente 30 filhotes.

  • Jibóia (Boa constrictor)
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    Jibóia

    Boa constrictor (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Squamata
    Família:  Boidae

    Descrição: Segunda maior serpente do brasil. Seu comprimento médio é de 3,5 m. Costumam pesar em média 43 kg. Geralmente essas serpentes possuem colorações que variam do marrom e cinza ao prateado e avermelhado. A dentição é áglifa (dente sem injetor de veneno).
    Distribuição geográfica: Do norte do México à Argentina. Em território brasileiro é principalmente encontrada em áreas de Cerrado e da Mata Atlântica.
    Habitat: Florestas tropicais, pradarias e regiões áridas.
    Hábitos Alimentares: Costuma procurar alimentos no período noturno, pode caçar tanto no chão como em árvores. Se alimenta de mamíferos, répteis e aves.
    Reprodução: Vivípara (dá à luz filhotes). O período de gestação pode durar de 5 a 8 meses. Nasce de 8 a 49 filhotes por ninhada, com aproximadamente 48 cm de comprimento e pesando 75 g.
    Período de vida: Até 25 anos.

  • Mata-matá (Chelus fimbriatus)
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    Mata-matá

    Chelus fimbriatus (Schneider, 1783)
    Ordem: Testudines
    Família: Chelidae

    Descrição: Tartaruga semiaquática, possuí corpo camuflado, similar a folhas e pedras. Possuí coloração corporal em tons de marrom escuro. Seu pescoço é muito comprido, sendo maior que a coluna vertebral localizada dentro do casco. Em geral, possuí cerca de 50 cm de comprimento e pesa até 15 kg. Quando jovens, os filhotes possuem tons mais coloridos, variando de rosa a vermelho no rosto e casco.
    Distribuição geográfica: Encontrada ao longo da América do Sul.
    Habitat: Frequenta brejos, pântanos, rios e lagos com fracas correntezas e vegetação esparsa.
    Hábitos alimentares: Utiliza sua ótima camuflagem para predar peixes e artrópodes aquáticos.
    Reprodução: O período reprodutivo dura cerca de três meses ocorrendo de outubro a dezembro na região amazônica. Depositam em um ninho até 28 ovos com cerca de 3,5 cm cada.
    Período de vida: Cerca de 35 anos.

  • Sucuri-verde (Eunectes murinus)
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    Sucuri-verde

    Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Squamata
    Família: Boidae

    Descrição: Possui média de 5 m podendo chegar até 9 m, pesa entre 30 e 90 kg. É uma das maiores cobras do mundo. Possui coloração verde escuro com manchas ovais pretas e amarelo. A cabeça é grande, coberta com muitas escamas pequenas. Seus olhos e narinas estão fixos no topo da cabeça, o que lhe permite observar e respirar enquanto seu corpo está submerso. Devido ao seu grande porte, pode parecer lenta, entretanto se desloca com muita habilidade, tanto em água quanto em terra.
    Distribuição geográfica: Possuí ampla distribuição na América do Sul.
    Habitat: Cavernas e florestas próximos à zonas úmidas, como corregos, Rios, lagoas e lagos.
    Hábitos Alimentares: Se alimentam de outros répteis, peixes, anfíbios, aves e mamíferos.
    Reprodução: O período de acasalamento é geralmente de abril a maio. São vivíparas (são aqueles cujo desenvolvimento embrionário ocorre dentro do corpo materno). Produzindo em média 30 filhotes, a quais já nascem com cerca de 70 a 80 cm de comprimento.

  • Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta)
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    Tartaruga-cabeçuda
    Tartaruga-cabeçuda

    Caretta caretta (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Testudines
    Família: Cheloniidae

    Descrição: Também conhecida como tartaruga-amarela, esta espécie apresenta comprimento de até 1,36 m de casco e 100 a 180 kg de peso corporal. Sua coloração pode variar em tons marrom-amarelados para o dorso, enquanto o ventre costuma ser mais claro. Conforme seu nome popular sugere, esta espécie é principalmente conhecida como tartaruga-cabeçuda por apresentar a região da cabeça morfologicamente maior que o restante das tartarugas marinhas em relação a seus respectivos corpos.
    Distribuição geográfica: Ocorre nos mares tropicais e subtropicais de todo mundo e também em águas temperadas. No Brasil, as áreas prioritárias de desova estão localizadas no norte da Bahia, Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro e Sergipe.
    Habitat: Filhotes e juvenis vivem em alto-mar, adultos em áreas de alimentação situadas a profundidades entre 25 e 50 m.
    Hábitos alimentares: Caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados com ajuda dos músculos poderosos da mandíbula.
    Reprodução: Desova cerca de 120 ovos, após a desova, o ninho fica de 45 a 60 dias no período de incubação. Realizam de três a sete posturas com intervalo de aproximadamente 14 dias. O sexo dos futuros embriões é determinado pela temperatura da areia do ninho, areia mais quente produz uma maior taxa de fêmeas.
    Período de vida: Estimado em 80 a 100 anos.

     

  • Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)
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    Tartaruga-de-pente

    Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Testudines
    Família: Cheloniidae

    Descrição: Possuí em média 80 kg de peso corporal, e sua carapaça pode medir até 90 cm de comprimento. Possuí o marrom como sua principal coloração, seguido do amarelo que predomina em sua região ventral. O nome popular Tartaruga-de-pente é oriundo da utilização de sua carapaça no passado, essa espécie era muito caçada para produção de pentes, armações de óculos e outros utensílios. A sua boca é muito característica, tendo formato de bico.
    Distribuição geográfica: Pode ser encontrada nos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico.
    Habitat: Frequentemente encontradas próximas a recifes de corais tropicais.
    Hábitos alimentares: Espécie onívora, possuí como principal alimento as esponjas-do-mar, entretanto também pode se alimentar de anêmonas, lulas, camarões e cnidários.
    Reprodução: A época reprodutiva ocorre em períodos diferentes dependendo do local da ocorrência, em regiões continentais, o período reprodutivo acontece de setembro a março, enquanto em ilhas oceânicas, de dezembro a junho. A desova ocorre no Verão, de duas a cinco vezes por estação reprodutiva. Em média, depositam cerca de 140 ovos a quais serão incubados em um período de até 75 dias. Assim que nascem, os filhotes devem voltar instantaneamente ao mar pois são muito suscetíveis a predação.
    Período de vida: Podem chegar até 50 anos de vida.

  • Tartaruga-verde (Chelonia mydas)
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    Tartaruga-verde
    Tartaruga-verde

    Chelonia mydas (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Testudines
    Família: Cheloniidae

    Descrição: Comprimento de 1,43 m de casco e geralmente até 200 kg de peso.
    Distribuição geográfica: Ocorre nos mares tropicais e subtropicais, em águas costeiras e ao redor das ilhas, sendo frequente a ocorrência de juvenis em águas temperadas. As desovas ocorrem principalmente nas ilhas oceânicas, Ilha da Trindade (ES), Atol das Rocas (RN) e Fernando de Noronha (PE). Na costa brasileira, áreas de desova secundárias ocorrem no litoral norte do estado da Bahia. Esporadicamente ocorrem também ninhos nos estados do Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte.
    Habitat: Habitualmente em águas costeiras com muita vegetação, ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar.
    Hábitos alimentares: Algas, medusas e esponjas.
    Reprodução: Desova cerca de 120 ovos, após a desova, o ninho fica de 45 a 60 dias no período de incubação.
    Realizam de 3 a 7 posturas com intervalo de aproximadamente 14 dias. O sexo dos futuros embriões é determinado pela temperatura da areia do ninho, areia mais quente produz uma maior taxa de fêmeas.
    Período de vida: Estimado em 80 a 100 anos.

  • Teiú (Salvator merianae)
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    Teiú
    Teiú

    Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839)
    Ordem: Squamata
    Família: Teiidae

    Descrição: Também conhecido como lagarto-marau, pode atingir até 1,4 metros de comprimento contados desde o focinho até a ponta da cauda, e atingir cerca de 5 kg de massa corporal. Seu corpo é predominantemente preto e branco. Apresenta cabeça comprida e pontiaguda com língua rosada e bifurcada. Um fato curioso sobre o Teiú, é que ele é o maior e mais popular lagarto encontrado em território brasileiro.
    Distribuição geográfica: Ocorre desde o sudeste da Amazônia ao leste, centro e sul do Brasil até o Uruguai e norte da Argentina.
    Habitat: Áreas abertas de cerrado, bordas de matas e caatinga. É comum ser encontrado em ambientes antropizados, como quintais de residências.
    Hábitos alimentares: Animal onívoro, o Teiú forrageia por diversas fontes de alimentos, tais como frutas, ovos, larvas, vermes, insetos e até carniça.
    Reprodução: Espécie ovípara. A fêmea costuma depositar cerca de 20 ovos a quais ela mesmo irá incubar, vigiar e proteger por um período de 60 a 90 dias.
    Período de vida: Cerca de 16 anos.

  • Tigre-d'água (Trachemys dorbigni)
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    Tigre-d
    Tigre-d'água

    Trachemys dorbigni (Duméril & Bibron, 1835)
    Ordem: Testudines
    Família: Emydidae

    Descrição: Também conhecida como tartaruga-verde-e-amarela, esta espécie atinge cerca de 25 cm de carapaça e pode pesar de 1 a 4 kg. Seu nome popular, tartaruga-tigre-d’agua é oriundo do seu padrão de coloração corporal, verde com listras amarelas e vermelhas, tais cores lembram da figura de um felino, o tigre (Panthera tigris). Embora o tamanho médio da espécie seja de 25 cm, as fêmeas costumam ser maiores que os machos, elas atingem cerca de 27 cm de comprimento, por sua vez, os machos atingem cerca de 22,5 cm.
    Distribuição geográfica: Pode ser encontrada em algumas localidades da América do Sul, tais como no nordeste da Argentina, sul do Brasil e Uruguai.
    Habitat: Espécie adaptada a viver em ambientes alagados, tais como rios, riachos, lagoas e banhados com abundância de vegetação.
    Hábitos alimentares: Matéria vegetal, moluscos, crustáceos, insetos, sapos, rãs e peixes.
    Reprodução: Em média, esta espécie costuma depositar 12 ovos por desova, sendo que as fêmeas podem realizar até três posturas por temporada reprodutiva, havendo um intervalo de 15 a 20 dias entre cada evento, a incubação dura cerca de 110 dias.
    Período de vida: Pode atingir mais de 30 anos.