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Animais

  • Andorinha-do-campo (Progne tapera)
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    Andorinha-do-campo

    Progne tapera (Vieillot, 1817)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Hirundinidae

    Descrição: Possuí cerca de 16,5 cm de comprimento e pesa em média 35 g. Contém o marrom como coloração predominante em sua plumagem, além de tons brancos no abdômen, garganta e região inferior da cauda. O bico e os olhos são pretos.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul, sendo encontrada em todas as regiões do Brasil.
    Habitat: Frequenta áreas abertas, incluindo ambientes antropizados com plantações.
    Hábitos alimentares: Se alimenta principalmente de insetos como cupins, abelhas e moscas, tendo preferência a caçar durante o voo.
    Reprodução: Se reproduz na região Amazônica e nidifica no sul do Brasil. Em questão do ninho, geralmente utiliza locais já existentes (troncos ocos, buracos e até ninhos abandonados de outras aves, podendo inclusive utilizar o ninho do João-de-barro) acrescentando apenas um fundo macio, feito de esterco. Após encontrar uma parceira, o macho tende a dormir juntamente a fêmea.

     

  • Albatroz-de sobrancelha-negra (Thalassarche melanophris)
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    Albatroz-de sobrancelha-negra

    Thalassarche melanophris (Temminck, 1828)
    Ordem: Procellariiformes
    Família: Diomedeidae

    Descrição: Pode chegar até 93 cm de comprimento e detém até 2,5 m de envergadura. Os machos são razoavelmente mais pesados que as fêmeas pesando até 4,66 kg contra 3,8 das fêmeas. Possuí plumagem predominantemente branca, com a região superior das asas e cauda em tons negros. O bico é longo e encurvado na ponta, possuí coloração amarelo-alaranjado.
    Distribuição geográfica: Habita as Ilhas Falkland e a Geórgia do Sul, entretanto também pode ser encontrado na costa brasileira e no sul da África.
    Habitat: Orla costeira e também sobrevoando mar aberto.
    Hábitos Alimentares: Possuí capacidade de nado, realiza mergulhos por até 5 m de profundidade onde pode pescar lulas, krills e peixes.
    Reprodução: Constroem os ninhos em gramados de altitude em ilhas oceânicas longe dos continentes. Depositam apenas um ovo que será incubado por cerca de 70 dias, após a eclosão os filhotes tendem a deixar o ninho com 125 dias de vida. O individuo jovem só se tornará apto para reprodução após seis anos de vida.

     

  • Alma-de-gato (Piaya cayana)
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    Alma-de-gato

    Piaya cayana (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Cuculiformes
    Família: Cuculidae

    Descrição: Contando com a cauda, mede cerca de 50 cm de comprimento. Apresenta plumagem ferrugínea com peito acinzentado, ventre escuro, cauda longa e escura, bico amarelo e íris vermelha.
    Distribuição Geográfica: Ocorre em toda América Latina.
    Habitat: Ocorre em matas ciliares, matas secundárias, capoeiras, parques e bairros arborizados, também pode ocorrer em grandes cidades.
    Hábitos Alimentares: Alimentação composta principalmente por pequenos invertebrados, entretanto também consome frutas, ovos de outras aves, lagartixas e anuros.
    Reprodução: O ninho é construído com galhos frouxamente entrelaçados. A fêmea deposita em média 6 ovos, e os pais se revezam tanto na incubação, quanto na alimentação dos filhotes. Os ovos eclodem após 14 dias de incubação, e os filhotes permanecem no ninho por cerca três semanas sobre cuidado dos pais.

     

  • Alma-de-mestre (Oceanites oceanicus)
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    Alma-de-mestre

    Oceanites oceanicus (Kuhl, 1820)
    Ordem: Procellariiformes
    Família: Hydrobatidae

    Descrição: Mede cerda de 17 cm com envergadura de 40 cm, pesa em torno de 40 g. Ave predominantemente preto-amarronzada, com destaque apenas do uropígio esbranquiçado. O bico é unanimemente preto. De modo diferente das pernas que são longas, sua cauda é bem curta. Possuí membranas interdigitais de coloração amarela em seus pés, que por sua vez são pretos.
    Distribuição geográfica: Encontrado nas águas dos oceanos ao redor do mundo. No Brasil, ocorre apenas nas regiões costeiras.
    Habitat: Vive nas águas dos oceanos meridionais voando em ziguezague, rente à superfície do mar.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de crustáceos e pequenos peixes.
    Reprodução: Constrói seus ninhos no continente antártico ou em ilhas dos oceanos austrais. Agrupam-se em colônias. Deposita apenas um ovo em galerias no solo, onde este é incubado por até 48 dias. Após a incubação o ovo eclode, o filhote tende a deixar o ninho com média de um a dois meses de vida.
     

  • Anambé-de-peito-roxo (Cotinga cotinga)
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    Anambé-de-peito-roxo

    Cotinga cotinga (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Cotingidae

    Descrição: Possui cerca de 18 cm de comprimento. Considerando que essa espécie apresenta dimorfismo sexual, são os machos quem originam seu nome popular “Anambé-de-peito-roxo”, visto que esse contém a garganta azulada e o peito e a metade superior da barriga com coloração roxa. A fêmea por sua vez possui tons marrom-escuros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da região Amazônica, em países como Guianas, Venezuela, Colômbia e Brasil.
    Habitat: Ave bastante rara, frequenta as copas e bordas de florestas úmidas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de grãos.
    Reprodução: Constrói seu ninho em forquilhas de árvores utilizando materiais de origem vegetal, tais como folhas e galhos secos.

  • Andorinha-de-pequena-casa (Pygochelidon cyanoleuca)
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    Andorinha-de-pequena-casa

    Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Hirundinidae

    Descrição: Ave de pequeno porte, possuí cerca de 13 cm de comprimento e pesa em média 12 g. Possuí três colorações distribuídas ao longo do corpo, as partes superiores do corpo são azul metálicas, as asas e cauda são pretas e a região ventral possuí tons claros. Geralmente seu bico é escuro.
    Distribuição geográfica: Distribuída ao longo da América Latina, inclusive em território brasileiro.
    Habitat: Embora comumente encontrada em áreas antrópicas, esta espécie também habita áreas abertas como campos.
    Hábitos alimentares: Se alimenta principalmente de formigas e cupins alados.
    Reprodução: Utiliza buracos em barrancos e frestas de telhados para pernoitar e nidificar. Utiliza palha, fezes e pena para construir os ninhos onde depositam até cinco ovos. Por sua vez, a fêmea é quem mantém o ninho enquanto o macho a alimenta. Após a eclosão, o casal reveza na alimentação dos filhotes.
     

  • Andorinha-doméstica-grande (Progne chalybea)
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    Andorinha-doméstica-grande

    Progne chalybea (Gmelin, 1789)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Hirundinidae

    Descrição: Mede cerca de 19 cm de comprimento e pesa em média 41 g. Apresenta a cabeça e o dorso com tons pretos e azul metálico brilhante. O bico curto. As asas são longas e pontiagudas com colorações semelhantes ao dorso. A garganta, peito e flancos são brancos acinzentados sendo marcado com marrom pardacento.
    Distribuição Geográfica: Distribuído por todo território brasileiro.
    Habitat: Habitam fazendas e cidades.
    Hábitos Alimentares:
    Reprodução: Constrói o ninho com palha e fezes secas, forrado com penas na parte interior. Depositam em média quatro ovos brancos. A fêmea a maior parte de incubação e o casal participa do cuidado da prole. Nem sempre constrói os ninhos, podem também reaproveitar ninhos de João-de-barro.

  • Andorinha-morena (Alopochelidon fucata)
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    Andorinha-morena

    Alopochelidon fucata (Temminck, 1822)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Hirundinidae

    Descrição: Possuí cerca de 12 cm de comprimento e pode pesar até pouco mais que 12,8 g. Essa espécie não apresenta dimorfismo sexual e suas penas são marrons na região da cabeça, pescoço e peito, enquanto o restante do seu corpo possuí tons em preto e branco.
    Distribuição geográfica: América do Sul em países como Bolívia, Peru, Argentina , Paraguai, Uruguai e Brasil.
    Habitat: Áreas rurais, pradarias e ambientes abertos. Geralmente, é encontrado no topo das árvores.
    Hábitos Alimentares: Pequenos frutos, sementes e insetos de pequeno porte a quais captura em voo.
    Reprodução: Constrói seu ninho em cavernas ou em árvores, onde deposita até três ovos.

     

  • Anu-branco (Guira guira)
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    Anu-branco
    Anu-branco

    Guira guira (Gmelin, 1788)
    Ordem: Cuculiformes
    Família: Cuculidae

    Descrição: Possui cerca de 41 cm de comprimento corporal, e pode pesar até 168 g. Não apresenta dimorfismo sexual. Sua plumagem varia do amarelo ao laranja, entretanto essa coloração não se aplica para sua característica cauda, esta apresenta três cores, camurça, preto e branco. Uma curiosidade sobre esta ave, é que sua cauda abrange quase a metade de seu comprimento corporal, apresentando cerca de 20 cm de comprimento.
    Distribuição geográfica: Espécie encontrada na América do sul, possui registros em países como Argentina, Bolívia, Brasil e Uruguai.
    Habitat: Possui preferência para ambientes abertos, sendo frequentemente avistados em áreas campestres e lavouras.
    Hábitos alimentares: Ave carnívora, possui cardápio bastante diversificado, podendo se alimentar de artrópodes (percevejos, aranhas, miriápodes, entre outros), anfíbios anuros, pequenos mamíferos e até mesmo filhotes de outras aves.
    Reprodução: Constrói seu ninho com materiais de origem vegetal (folhas e gravetos), porém nem sempre usufrui do próprio ninho para depositar seus ovos. Em geral são depositados de cinco a sete ovos de coloração bastante chamativa (verde-marinho com manchas brancas). Os adultos não apresentam um bom cuidado parental, podendo abandonar os ovos antes mesmo de eclodirem, entretanto, quando isso não acontece, podem alimentar os jovens por algumas semanas. Por sua vez, os jovens tendem a deixar o ninho antes de aprender a voar.

  • Anu-preto (Crotophaga ani)
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    Anu-preto

    Crotophaga ani (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Cuculiformes
    Família: Cuculidae

    Descrição:  Mede entre 35 e 36 cm de comprimento e pesa entre 76 e 222 g. A fêmea pesa menos que o macho, sem dimorfismo sexual, os dois são totalmente pretos. Emite mais de 10 sons diferentes e dois tipos de "alarmes": um que todo o grupo fica a postos visiveis e outro, que parece um grito, que indica a presença de um gavião ou outro predador em potencial, apos estes sinais sonoros o bando se esconde rapidamente.
    Distribuição geográfica: Desde a Flórida, até ao norte do Uruguai, passando pelas ilhas do Caribe, sudeste do México, Costa Rica e Equandor, Arquipélago de Galapagos, norte da Argentina e leste da America do Sul e Guianas. Ocorre em todo Brasil.
    Habitat: Brejos, campos, cerrados, paisagens abertas com moitas, mas também é encontrado nos parques e áreas gramadas de grandes cidades.
    Hábitos Alimentares: Insetos, aranhas e pequenos vertebrados que caçam no chão ou no meio de arbustos.
    Reprodução: A postura de uma fêmea é de 4 a 7 ovos. A incubação é muito curta, dura de 13 a 16 dias; possuí alta taxa de natalidade, em média 5 filhotes vingam. O ovo é de cor azul-esverdeada, coberto por uma crosta calcária. O ninho é comunitário, que é feito com um emaranhado de galhos e folhas, onde todas as fêmeas do bando colocam seus ovos, chocam e cuidam dos filhotes.

  • Araçari-banana (Pteroglossus bailloni)
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    Araçari-banana

    Pteroglossus bailloni (Vieillot, 1819)
    Ordem: Piciformes
    Família: Ramphastidae

    Descrição: Possuí média de 37 cm de comprimento, e pesa entre 156 e 169 g. O bico apresenta vários tons de verde e amarelo. Há uma área vermelha ao redor da parte mediana da maxila. O corpo do araçari-banana é predominantemente amarelo.
    Habitat: Florestas.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de frutos, sendo o palmito seu favorito, também se alimenta de Cecropia, Ficus, Euterpe. Artrópodes, ovos e filhotes de outras aves também estão inclusos no seu cardápio.
    Reprodução: Os ninhos são construídos em cavidades, buracos em árvores e em cupinzeiros. Em média a fêmea deposita de dois a quatro ovos, a quais são incubados por ambos os pais em um período de 16 dias.

  • Araçari-de-bico-branco (Pteroglossus aracari)
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    Araçari-de-bico-branco

    Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Piciformes
    Família: Ramphastidae

    Descrição: Possuí média de 44 cm de comprimento e pesa entre 177 e 325 g. Possuí a maxila branca, enquanto a região inferior do bico é preta. A cabeça possuí coloração negra enquanto o restante do corpo possuí tons de castanho. Com exceção do ventre, onde este é amarelado, transpassado por uma faixa vermelha na região mediana, e coxas verde-oliva.
    Distribuição Geográfica: Encontrados nas Guianas e na Venezuela. Também é amplamente distribuído ao longo do território brasileiro.
    Habitat: Habita a copa de florestas altas de terra firme, várzeas e igapós. Também costuma frequentar plantações de frutos, como de mamão.
    Hábitos Alimentares: Coquinhos e frutos.
    Reprodução: A incubação dos ovos dura 16 dias. Os filhotes crescem devagar, deixando o ninho após 40 dias. Entretanto, auxiliam os pais com a alimentação da próxima geração de filhotes, acontecendo no ano seguinte.

  • Araçari-poca (Selenidera maculirostris)
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    Araçari-poca

    Selenidera maculirostris (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Piciformes
    Família: Ramphastidae

    Descrição: Mede em média 33 cm de comprimento e pesa em torno de 170 g. O dimorfismo sexual é visto na região da cabeça, onde a fêmea possui a cabeça, garganta e peito marrons, locais onde o macho possui em colorações pretas.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Brasil e Paraguai.
    Habitat: Vivem em matas de galeria secundária e matas mesófilas residuais de grande porte. Habita estratos de copa, médio e baixo, de florestas úmidas, em seu interior e nas bordas.
    Hábitos Alimentares: Ave frugívora.
    Reprodução: Constrói seus ninhos em cavidades de árvores, deixadas por pica-paus, depositando de dois a quatro ovos com coloração branca.

  • Aracuã (Ortalis squamata)
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    Aracuã
    Aracuã

    Ortalis squamata (Lesson, 1829)
    Ordem: Galliformes
    Família: Cracidae

    Descrição: Também conhecido como Aracuã-escamoso, esta espécie possui cerca de 50 cm de comprimento e pode pesar até 620 g. Sua plumagem corporal é predominantemente marrom-avermelhada. Apresenta penas negras com bordas brancas na região do peito, tal característica origina um de seus nomes populares. Seu bico é cinza-azulado e seus pés são esverdeados.
    Distribuição geográfica: Espécie encontrada na América do sul, apresenta registros em países como Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Em território brasileiro pode ser encontrada na região Sul.
    Habitat: Florestas secas tropicais ou subtropicais, florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.
    Hábitos alimentares: Espécie onívora, o Aracuã pode se alimentar tanto de matérias de origem animal, quanto vegetal, em seu cardápio pode se encontrar alimentos como frutas, folhas, brotos, grãos e insetos.
    Reprodução: Põe de 2 a 3 ovos, que são incubados de 25 a 30 dias.

  • Arara-canindé (Ara ararauna)
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    Arara-canindé

    Ara ararauna (Linnaeus, 1758)
    Ordem:  Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Mede cerca de 80 cm, pesando em média 1 kg. Possuí cauda grande e longa. As costas são azuis enquanto as colorações do rosto, abdômen e cauda é composta por amarelo dourado, possuí áreas nuas no rosto com linhas de penas pretas. Os jovens têm asas e cauda marrom-acinzentada, seus olhos são castanhos. O bico dessa ave é extremamente forte.
    Distribuição geográfica: No Brasil, é encontrada desde a Amazônia até o Paraná, além do Panamá, Colômbia, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.
    Habitat: É encontrada em florestas de corredor com altura de cerca de 500 m. Habita planícies com palmeiras como buritizais e babaçuais, dentro e nas bordas de florestas altas.
    Hábitos Alimentares: Migra em determinadas épocas do ano em busca de alimento. Durante o dia, viaja para o local de alimentação, comumente localizado longe do local de descanso. Alimenta-se principalmente de sementes e frutas, como nozes.
    Reprodução: Vivem em pares ou em 3 indivíduos formando bandos de até 30 indivíduos sem perder a formação de no máximo 3 indivíduos. A época de cópula é entre dezembro e maio. Geralmente faz o ninho dentro de troncos de palmeiras mortas, colocando 2 ovos que eclodem entre 24 e 26 dias. Os filhotes ficam no ninho por volta de 100 dias, período em que os pais alimentam os filhotes regurgitando o alimento pelo bico.
    Período de vida: Em média 60 anos.

  • Arara-vermelha-grande (Ara chloropterus)
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    Arara-vermelha-grande

    Ara chloropterus (Gray, 1859)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Mede entre 73 cm à 95 cm de comprimento e pesa 1,5 kg. Ave predominantemente vermelha, porém, também possuí penas azuis.
    Distribuição geográfica: Na Amazônia brasileira, seguindo a costa dos rios que fazem fronteira com a floresta no leste do país. Também encontrada no Panamá, Colômbia, Venezuela até a Bolívia e Argentina.
    Habitat: Campos de florestas altas até 1400 m, florestas de galeria, árvores isoladas, buritizais e coqueiros.
    Hábitos Alimentares: Sementes, folhas, frutos, insetos e pequenos vertebrados.
    Reprodução: São mais agressivas na época reprodutiva, que tende a ocorrer de novembro a março. São monogâmicos. Constroem seus ninhos em grutas, penhascos ou em toco de árvores, tendem a fazer vários ninhos confundindo os predadores. Depositam de dois a quatro ovos e a incubação dura cerca de 28 dias.
    Período de vida: Pode viver até 60 anos.

     

  • Araracanga (Ara macao)
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    Araracanga
    Araracanga

    Ara macao  (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Também conhecida como Arara-vermelha, esta ave de grande porte apresenta cerca de 89 cm de comprimento. Sua plumagem é predominantemente vermelha, entretanto apresenta coloração verde, amarela e azul nas asas. Sua face é desprovida de penas, seu bico é creme na região superior e preto na região inferior, e seus pés são negros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se desde o México até a América do Sul, podendo ser encontrada em países como Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
    Habitat: Habitam florestas úmidas, matas de galeria, além de utilizar áreas abertas como as margens de rios e as clareiras com árvores altas.
    Hábitos alimentares: Alimentam-se basicamente de frutos, sementes e flores, complementando sua dieta com minerais e cascas de árvores.
    Reprodução: A estação reprodutiva ocorre entre os meses de dezembro e março. Costumam utilizar árvores com alturas de até 25 m para nidificar. A fêmea deposita de dois a três ovos que serão incubados por cerca de 28 dias.
    Período de vida: Cerca de 40 anos.

  • Ariramba-da-mata (Galbula cyanicollis)
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    Ariramba-da-mata

    Galbula cyanicollis (Cassin, 1851)
    Ordem: Galbuliformes
    Família: Galbulidae

    Descrição: Possui cerca de 20,5 cm de comprimento e pesa até 28 g. Ave com colorações bastante chamativas. Contém face escura, dorso em tons verdes e azul-metálico. O dimorfismo sexual é visível na região inferior, onde o macho possui plumagem castanha e a fêmea ferrugínea. Seu bico é longo e amarelado.
    Distribuição geográfica: Distribui-se na América do Sul em países como Peru, Bolívia e Brasil. Em território brasileiro essa ave é exclusivamente encontrada na região amazônica.
    Habitat: Frequenta o interior de florestas altas, igapós e florestas de várzea.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de insetos, costuma os capturar durante o voo.
    Reprodução: Usufrui de cupinzeiros localizados em altitudes de até 2 m como ninhos. A fêmea deposita até dois ovos, que após incubados eclodem, nascendo os filhotes.

  • Ariramba-do-paraíso (Galbula dea)
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    Ariramba-do-paraíso

    Galbula dea (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Galbuliformes
    Família: Galbulidae

    Descrição: Possui cerca de 30 cm de comprimento e pesa até 33 g. Sua coloração corporal é predominantemente preta, com coroa marrom e garganta branca. O bico e a cauda são longos. A íris é marrom escura e os pés são negros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se na América do Sul em países como Guianas, Colômbia, Bolívia e Brasil. Em território brasileiro essa ave é exclusivamente encontrada na região amazônica.
    Habitat: Frequenta o topo das árvores de florestas de terra firme e de galeria, sendo tanto no interior, quanto na borda.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de insetos, costuma os capturar durante o voo.
    Reprodução: Constrói seu ninho em buracos escavados em cupinzeiros.

  • Atobá-pardo (Sula leucogaster)
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    Atobá-pardo

    Sula leucogaster (Boddaert, 1783)
    Ordem: Suliformes
    Família: Sulidae

    Descrição: Pode chegar até 85 cm de comprimento e detém até 155 cm de envergadura. Contém corpo com plumagem predominantemente escura, com exceção da barriga que é branca, o bico é amarelo-esverdeado enquanto os olhos são azuis. O dimorfismo sexual é levemente visível na coloração dos pés dos indivíduos, onde o macho possuí os pés em tons de amarelo forte contra um amarelo desbotado da fêmea.
    Distribuição geográfica: Mares tropicais e subtropicais ao longo do mundo, incluindo a região costeira brasileira.
    Habitat: Encontrado em regiões costeiras, e também sobrevoando o mar aberto.
    Hábitos Alimentares: Possuí visão muito apurada que o ajuda a realizar pescarias, realiza mergulhos em grande velocidade pescando peixes ou lulas com seu bico altamente adaptado.
    Reprodução: Constrói seus ninhos em locais secos ao nível do solo, utilizam materiais vegetais (folhas e gravetos) e até mesmo materiais de origem animal (ossos de outras aves e penas). Depositam até dois ovos por gestação, entretanto apenas um será criado. A incubação dura cerca de 45 dias e o cuidado parental é realizado por ambos os pais. Após a eclosão, o filhote é cuidado pelos pais por cerca de 120 dias.
     

  • Azulão (Cyanoloxia brissonii)
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    Azulão

    Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Cardinalidae

    Descrição: Possui cerca de 15 cm de comprimento. Espécie com dimorfismo sexual bastante notável, o macho contém plumagens em tons de azul, por sua vez, a fêmea é parda. Em ambos os sexos, o bico contem colorações negras.
    Distribuição geográfica: Encontra-se em países como Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil. Em território brasileiro distribui-se desde a região nordeste até o estado do Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequente em matas secundárias e plantações agrícolas. Também pode ser comum próximo a áreas alagadas como pântanos e banhados.
    Hábitos alimentares: Frutos, sementes e insetos.
    Reprodução: Seu período reprodutivo dura cerca de cinco meses, indo de setembro a fevereiro. Geralmente o Azulão constrói um ninho próximo ao solo, nesse deposita até três ovos por ninhada, sendo que pode realizar até quatro ninhadas por temporada. Os ovos são incubados por cerca de 14 dias, até que finalmente eclodem.

  • Bacurau-tesoura (Hydropsalis torquata )
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    Bacurau-tesoura

    Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789)
    Ordem: Caprimulgiformes
    Família: Caprimulgidae

    Descrição: O dimorfismo sexual dessa ave aparece relacionado ao tamanho dos indivíduos. Os machos apresentam cerca de 40 cm de comprimento enquanto as fêmeas apresentam 27,5 cm. Os adultos apresentam colar nucal de cor ferrugínea e cauda em formato de tesoura, característica que origina seu nome popular.
    Distribuição geográfica: Encontra-se ao longo da América do Sul em países como Argentina, Peru, Paraguai e Uruguai. Possui registros em quase todos os estados brasileiros, incluindo Santa Catarina.
    Habitat: Frequenta as bordas de florestas, campos e cerrados. Também pode ser observado em ambientes antropizados, como em quintais de residências.
    Hábitos alimentares: Ave insetívora, costuma caçar os insetos durante o voo. Tendo grande preferência a mariposas.
    Reprodução: Diferente da maioria das espécies de aves, o Bacurau-tesoura não constrói ninho, depositando seus ovos diretamente na terra. O casal reveza durante a incubação. Após incubados, os ovos eclodem e os filhotes nascem.

     

  • Baiano (Sporophila nigricollis)
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    Baiano

    Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Também conhecido como Papa-capim-capuchinho, essa ave tem cerca de 11 cm de comprimento. Possui dimorfismo sexual, os machos contém um capuz preto na região da cabeça, coloração olivácea na região dorsal e coloração amarelada na região ventral, enquanto as fêmeas e os juvenis são predominantemente pardos.
    Distribuição geográfica: Espécie encontrada ao longo da América do Sul. Possui registros em quase todo território brasileiro, com exceção apenas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    Habitat: Costumam frequentar áreas arbustivas, pastagens ou até mesmo florestas degradadas.
    Hábitos alimentares: Espécie granívora, alimenta-se unicamente de sementes, pode ser avistado em comedouros alimentando-se de quirera de milho.
    Reprodução: Constrói o ninho em pequenas árvores de forma simples e frágil, utilizam material vegetal como gramíneas e o deixam em formato de xícara. No ninho depositam até três ovos, podendo realizar até quatro ninhadas por temporada. Os ovos eclodem e os filhotes nascem após 13 dias de incubação. O juvenis só se tornam aptos para reproduzir após 10 meses de vida.
     

  • Bate-bico (Phleocryptes melanops)
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    Bate-bico

    Phleocryptes melanops (Vieillot, 1817)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Furnariidae

    Descrição: Considerado uma ave de pequeno porte, o Bate-bico possui cerca de 12,5 cm de comprimento e pode atingir até 16 g de peso corporal. Espécie sem dimorfismo sexual. Sua cabeça é marrom com uma característica sobrancelha branca. Traçando alguns riscos na região dorsal predominam as seguintes cores: preto, cinza e marrom. Sua garganta e tórax são amarelados, enquanto suas asas são castanhas. Seus pés são acinzentados.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, como Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia. Em território brasileiro pode ser encontrado desde o estado do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta ambientes alagados, tais como brejos, taboais, pirizais e banhados.
    Hábitos alimentares: Se alimenta de insetos capturados nas proximidades de ambientes alagados.
    Reprodução: Constrói seu ninho no caule de uma taboa, utilizando materiais de origem vegetal (folhas e fibras) entrelaçados, e também lama para solidificar o ninho. É uma ave migratória, costuma voar para o litoral para realizar o acasalamento.

     

  • Batuira-de-coleira (Charadrius collaris)
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    Batuira-de-coleira

    Charadrius collaris (Vieillot, 1818)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Charadriidae

    Descrição: Possui cerca de 15 cm de comprimento. Seu nome popular é oriundo da região mediana de sua plumagem. Sua coloração corporal varia em tons ferrugíneos e branco. Suas pernas são rosadas e seu bico é negro.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo do continente americano, indo desde o México à Bolívia, Argentina, Brasil e Chile. Essa ave possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Pode frequentar ambientes arenosos de grandes rios ou até mesmo em praias. Também pode ser encontrado em campos e lamaçais.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de pequenos invertebrados, tais como insetos, crustáceos e vermes marinhos.
    Reprodução: Diferente da grande maioria das aves, a Batuira-de-coleira não costuma construir um ninho. Geralmente ela deposita seus dois ovos diretamente na areia.
     

  • Bem-te-ví (Pitangus sulphuratus)
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    Bem-te-ví

    Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Tyrannidae

    Descrição: Mede cerca de 23 cm de comprimento e pesa até 68 g. Tem o dorso pardo e o ventre amarelado, possuí cabeça preta com uma listra branca acima dos olhos. A cauda e o bico são pretos. O seu canto característico lembra as sílabas bem-te-vi, originando seu característico nome popular.
    Distribuição geográfica: Ave nativa da América Latina, distribuída desde o sul do México à Argentina. É exótica nas Bermudas, onde foi introduzida em 1957.
    Habitat: Costuma pousar em postes e topos de árvores. Podem ser encontrados em áreas urbanas, matas densas e ambientes aquáticos como lagoas, rios e praias.
    Hábitos alimentares: Ave onívora, com hábitos principalmente insetívoros. Também pode ingerir frutas, ovos e até mesmo filhotes de outras aves, flores de jardins, minhocas, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes, girinos e pequenos roedores.
    Reprodução: É extremamente territorialista, se tornando agressivo com aves que chegam próximas ao seu território. Constrói seu ninho com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores. Em zonas urbanas pode utilizar materiais de origem humana, como papel, plástico e fios. Deposita em média três ovos por ninhada.
     

  • Bem-te-vi-pirata (Legatus leucophaius)
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    Bem-te-vi-pirata

    Legatus leucophaius (Vieillot, 1818)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Tyrannidae

    Descrição: Possui cerca de 16 cm de comprimento e pesa até 26 g. Ave com plumagem bastante discreta, o Bem-te-vi-pirata contém coloração que vai desde o branco para diferentes tons de marrom. Seus olhos e seu bico são negros, por sua vez seus pés e tarsos são acinzentados. Não há dimorfismo sexual para essa espécie.
    Distribuição geográfica: Sua distribuição estende-se desde o México para quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e do Uruguai. Possui registros em todas as regiões do Brasil.
    Habitat: Frequenta árvores altas em zonas arbustivas, interior e bordas de matas e capoeiras.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de frutos e pequenos artrópodes, como grilos e borboletas.
    Reprodução: Costuma usufruir do ninho de outras aves para procriação da espécie, deste modo, a fêmea Bem-te-v-pirata espera os adultos saírem do ninho para poder depositar seus ovos, que posteriormente serão incubados pelos adultos da outra espécie. Em média, a fêmea Bem-te-vi-pirata deposita até três ovos por ninho.

  • Benedito-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons)
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    Benedito-de-testa-amarela

    Melanerpes flavifrons (Vieillot, 1818)
    Ordem: Piciformes
    Família: Picidae

    Descrição: Possui cerca de 19 cm de comprimento. Apresenta diversas cores ao longo de seu corpo, tendo tons amarelados, vermelhos, preto e branco. Suas pernas escuras assim como seu bico.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, tais como Paraguai, Argentina e Brasil. Em território brasileiro, encontra-se desde o estado da Bahia até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Encontra-se em montanhas de Mata Atlântica com até 1800 m de altitude, além de ambientes de restinga, matas secundárias e capoeiras. Pode também se adaptar a áreas antropizadas, frequentando plantações agrícolas.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se principalmente de frutos, tais como o mamão, laranja, abacate e caruru.
    Reprodução: Constrói seu ninho em um buraco a qual ele mesmo escava em árvores mortas ou palmeiras. Com finalidade de evitar predação, molda seu ninho com o formato de seu próprio corpo. Diferente da maioria das outras aves, essa espécie possui hábito de reproduzir em conjunto, abrigando mais de um representante de cada sexo por ninho. Em geral, a fêmea deposita até quatro ovos que serão incubados por cerca de 12 dias. Após a eclosão dos ovos, os filhotes permanecem no ninho por cerca de 40 dias.

  • Bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis)
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    Bentevizinho-de-penacho-vermelho

    Myiozetetes similis (Spix, 1825)
    Ordem:  Passeriformes
    Família: Tyrannidae

    Descrição: Possui cerca de 17 cm de comprimento e pode pesar até 27 g. Em geral, apresentam plumagem corporal em tons de amarelo, branco, marrom e preto, tendo também um marcante topete vermelho, característica que origina seu nome popular. Seu bico é negro e seus olhos são claros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul e da América Central. Possui registros em todas as regiões brasileiras.
    Habitat: Frequenta ambientes florestados próximos a corpos d’agua, como matas e capoeiras bem conservadas.
    Hábitos Alimentares: Usufrui de suas asas para capturar insetos durante o voo, além disso, essa espécie complementa sua alimentação com frutos.
    Reprodução: Constrói seu ninho em forquilhas de árvores utilizando materiais de origem vegetal (folhas, fibras e gravetos). A fêmea deposita cerca de três ovos que serão incubados para posteriormente dar a luz aos filhotes.

  • Bico-de-pimenta (Saltator fuliginosus)
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    Bico-de-pimenta


    Saltator fuliginosus (Daudin, 1800)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 22 cm de comprimento. Espécie sem dimorfismo sexual, apresenta plumagem com coloração negra, tendo também seu bico avermelhado, característica a qual origina seu nome popular “Bico-de-pimenta”.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo de alguns países da América do Sul, tais como Argentina, Brasil e Paraguai. Em território brasileiro, pode ser encontrado desde o estado de Pernambuco até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Costuma habitar o bioma Mata Atlântica, frequentando o interior das matas.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de matérias de origem vegetal, tais como frutas e sementes.
    Reprodução: Costuma depositar três ovos de coloração azul-esverdeado por ninhada, podendo realizar até duas ninhadas por estação.

  • Bicudo (Sporophila maximiliani)
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    Bicudo

    Sporophila maximiliani (Cabanis, 1851)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 15,5 cm de comprimento. A coloração de sua plumagem é predominantemente preta, com pequenas manchas brancas na região das asas. Seu bico é branco contendo manchas claras. O dimorfismo sexual é facilmente identificado, visto que a fêmea possui coloração bastante distinta do macho, sendo parda ao longo do corpo. Até os primeiros 12 meses de vida, os juvenis apresentam a mesma coloração que as fêmeas.
    Distribuição geográfica: Encontrado da Nicarágua ao Panamá e em todos os países amazônicos. Em território brasileiro possui poucos registros.
    Habitat: É uma espécie rara, geralmente encontrada em regiões com temperaturas acima dos 25°.
    Hábitos alimentares: Espécie granívora, possui preferência a sementes de capim-navalha (Hypolytrum pungens).
    Reprodução: A estação reprodutiva ocorre entre outubro e março. O casal constrói o ninho com material de origem vegetal, como raízes delicadas. Depositam até três ovos por ninhada, podendo realizar até três ninhadas por período reprodutivo. Os ovos são incubados em um período de 15 dias.

     

  • Bigodinho (Sporophila lineola)
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    Bigodinho

    Sporophila lineola (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Também conhecido como estrelinha, essa ave possui cerca de 11 cm de comprimento e pesa até 12 g. O macho da espécie contém plumagem dorsal em tons de preto e plumagem ventral em tons de cinza-claro. Na região da cabeça, possui marcas brancas a quais originam seus nomes populares, quando visto de lado, bigodinho e quando visto de frente, estrelinha. O bico, por sua vez é negro e de tamanho pequeno. A cauda é longa e repete a coloração encontrada ao longo do corpo. O dimorfismo sexual é facilmente identificado, visto que a fêmea possui coloração bastante distinta do macho, sendo parda ao longo do corpo, e tendo bico amarelado.
    Distribuição geográfica: Encontrado ao longo da América do Sul, possui registros em todas as regiões do Brasil.
    Habitat: Comum em campos abertos e também áreas de plantações antrópicas, como campos de cultivo. Frequenta clareiras arbustivas, gramíneas altas e bordas de florestas.
    Hábitos alimentares: Espécie granívora, alimenta-se unicamente de sementes.
    Reprodução: A fêmea constrói o ninho em formato de taça, enquanto o macho protege o território. São depositados até três ovos por ninhada, podendo realizar até quatro ninhadas por estação. Os ovos eclodem e os filhotes nascem após 13 dias de incubação. Após 40 dias de vida, os filhotes já se tornam aptos a deixar o ninho.

  • Biguá (Nannopterum brasilianus)
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    Biguá

    Nannopterum brasilianus (Gmelin, 1789)
    Ordem: Suliformes
    Família: Phalacrocoracidae

    Descrição: Mede cerca de 65 cm de comprimento com até 102 cm de envergadura. Pesa até 1,4 kg. Possuí plumagem predominantemente preta com presença de saco gular amarelado. Seu bico é longo e fino, possuindo coloração de amarelo-acinzentado, a região da ponta da maxila detém formato de gancho. Suas pernas e pés são pretos. Deve se realçar que não existe dimorfismo sexual nesta espécie.
    Distribuição geográfica: Desde o Arizona (EUA) à Terra do Fogo. Essa espécie é encontrada em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Ambientes alagados como rios, banhados, açudes, estuários, manguezais, lagoas e até mesmo na orla marítima. Não sobrevoa mar a dentro, entretanto pode voar para ilhas próximas a costa.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta principalmente de peixes e artrópodes aquáticos, entretanto anfíbios anuros também estão inclusos em sua cadeia alimentar. São ótimos nadadores, mergulhando e perseguindo suas presas através do nado.
    Reprodução: Constroem seus ninhos em árvores próximas a corpos de água. Tanto o macho quanto a fêmea participam da construção do ninho, utilizando galhos, gravetos, gramíneas e algas. São depositados até quatro ovos a quais o casal reveza na incubação que dura até 26 dias. Após a eclosão, os pais alimentam seus filhotes por até 11 semanas, sendo que na semana seguinte já se tornam aptos para deixar o ninho.
     

  • Bobo-pequeno (Puffinus puffinus)
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    Bobo-pequeno

    Puffinus puffinus (Brünnich, 1764)
    Ordem: Procellariiformes
    Família: Procellariidae

    Descrição: Possui cerca de 34 cm e detém até 89 cm de envergadura. Em massa corporal, pode pesar até 575 g. Sua plumagem superior é uniformemente negra, por sua vez, a plumagem inferior, a região inferior das asas e a área abaixo dos olhos são brancas. Possui bico afilado com coloração preta, suas pernas e dedos são rosados, outra característica marcante são suas membranas interdigitais com coloração cinza-azulado.
    Distribuição geográfica: Águas do Atlântico Norte e Atlântico Sul. Pode ser encontrado na região costeira brasileira, onde possuí registros desde o Ceará até o Rio Grande do Sul, entretanto é mais comum desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Ave marinha, muito comum ser encontrada sobrevoando mar aberto, entretanto a maior parte do tempo ficam nas regiões costeiras.
    Hábitos Alimentares: Costumam se alimentar em bandos, pescando peixes, lulas e crustáceos.
    Reprodução: Costumar reproduzir e nidificar em ilhas no Atlântico Norte. Utilizam tocas de coelhos abandonadas formando ali o próprio ninho. Depositam apenas um ovo por gestação, a qual é incubado em um período de até 55 dias. Após a eclosão dos ovos, o indivíduo jovem tende a realizar o primeiro voo com cerca de 76 dias de vida. Se torna apto reprodutivamente com cerca de seis anos de vida.

  • Borralhara (Mackenziaena severa)
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    Borralhara

    Mackenziaena severa (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thamnophilidae

    Descrição: Possui cerca de 22 cm de comprimento. É uma ave com dimorfismo sexual bastante característico, o macho apresenta coloração preta, por sua vez, as fêmeas são barradas de ocre e preto, com topo da cabeça avermelhado. Ambos os sexos apresentam íris avermelhada, bico e pés negros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, como Paraguai, Argentina e Brasil. Em território brasileiro encontra-se desde o estado da Bahia até o estado do Rio Grande do Sul.
    Habitat: Com preferência ao bioma Mata Atlântica, essa ave encontra-se em florestas úmidas com até 1400 m de altitude, podendo habitar matas secundárias e bambuzais.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de pequenos artrópodes.

     

  • Borralhara-assobiadora (Mackenziaena leachii)
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    Borralhara-assobiadora

    Mackenziaena leachii (Such, 1825)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thamnophilidae

    Descrição: Possui cerca de 22 cm de comprimento. É uma ave com dimorfismo sexual bastante característico, o macho apresenta coloração preta salpicado com pintas brancas, por sua vez, as fêmeas são marrons. Ambos os sexos apresentam íris avermelhada, bico e pés negros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, como Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil. Em território brasileiro é restritamente encontrado nas regiões Sul e Sudeste.
    Habitat: Encontra-se em florestas úmidas com até 1500 m de altitude, em matas secundárias e bambuzais.
    Hábitos alimentares: Se alimenta de diversos tipos de invertebrados, tais como ortópteros, lepidópteros, caracóis e lesmas.

  • Cabeça-seca (Mycteria americana)
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    Cabeça-seca

    Mycteria americana (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Ciconiiformes
    Família: Ciconiidae

    Descrição: Mede cerca 92 cm de comprimento e possuí média de 2,8 kg. Ave predominantemente branca, com exceção da cauda, com penas negras, o bico, pescoço e as pernas, possuem colorações cinzentas. Os juvenis possuem a cabeça e pescoço emplumados e o bico mais claro.
    Distribuição Geográfica: Ocorre desde o Estados Unidos até a Argentina, é encontrado em quase todo território brasileiro.
    Habitat: Habita manguezais, pantanais e alagados permeados de florestas.
    Hábitos Alimentares: Alimentando-se de peixes, anfíbios, pequenos répteis e grandes invertebrados.
    Reprodução: Constrói ninhos em capões de mata alagada. Depositando de 3 a 5 ovos.

  • Caboclinho-de-peito-castanho (Sporophila castaneiventris)
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    Caboclinho-de-peito-castanho

    Sporophila castaneiventris (Cabanis, 1849)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 10 cm de comprimento. O dimorfismo sexual é claramente visto, a fêmea contém a coloração marrom-olivácea na região dorsal e tons de amarelo na região ventral enquanto o macho é predominante cinza-azulado na região dorsal e castanho na região ventral. Os jovens da espécie possuem plumagem similar as fêmeas.
    Distribuição geográfica: Encontrado em todos os países amazônicos, incluindo o Brasil.
    Habitat: Frequenta capinzais e vegetações arbustivas, áreas alagadas como margens de rios e lagos. Também pode frequentar áreas antrópicas como jardins de residências.
    Hábitos alimentares: Espécie granívora, alimenta-se unicamente de sementes.
    Reprodução: Constrói um pequeno ninho sobre pequenos arbustos, utilizando gramíneas como matéria prima de produção. Depositam até três ovos por ninhada, podendo realizar até quatro ninhadas por temporada. Os ovos eclodem e os filhotes nascem após 13 dias de incubação.

  • Cambacica (Coereba flaveola)
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    Cambacica

    Coereba flaveola (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede cerca de 11 cm de comprimento e pode pesar até 10 g. Sua região ventral é amarela com tons esbranquiçados, enquanto a região dorsal e das asas variam de tons mais claros à tons escuros como marrom e preto. Seu bico é curvado, e possuí tons negros com a base rosada.
    Distribuição geográfica: Desde o México à quase toda a América do Sul, com exceção apenas do Chile e Uruguai.
    Habitat: Frequenta áreas com presenças de flores, variando desde a áreas abertas para áreas fechadas, incluindo até mesmo quintais de residências.
    Hábitos alimentares:  Néctar, frutas e artrópodes.
    Reprodução: Quando o ninho é para finalidade reprodutiva, o casal o constrói com palha, e deixam apenas um pequeno acesso localizado na parte inferior. Quando é com finalidade de descanso o casal deixa a abertura inferior um pouco mais larga. Depositam até três ovos a quais são incubados pela fêmea.
     

  • Canarinho, canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola)
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    Canarinho, canário-da-terra-verdadeiro

    Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 13,5 cm de comprimento e pesa em média 20 g. Tem coloração amarela e possui estrias enegrecidas nas costas e próximo as pernas.
    Distribuição Geográfica: Encontrado em território brasileiro, além de países como as Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.
    Habitat: Frequenta principalmente áreas abertas, podendo habitar inclusive áreas de plantações, além disso também frequenta bordas de matas, áreas de cerrado.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de sementes.
    Reprodução: Seus ninhos são cobertos e possuem formato arredondado, em lugares que variam a caveiras de bois a bambus quebrados, costumam construir seus ninhos em qualquer lugar que os ofereça proteção. Também habitam ninhos de outras aves.

  • Carão (Aramus guarauna)
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    Carão

    Aramus guarauna (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Aramidae

    Descrição: Mede de 54 cm até 71 cm de comprimento e pesa em média um kg. Tem o corpo marrom escuro, pernas pretas e manchas brancas na cabeça e no pescoço. A mandíbula é amarela. Não há dimorfismo sexual, entretanto os machos são maiores que as fêmeas. A vocalização dele vai longe e faz “craaao-craaao” a distância.
    Distribuição geográfica: Vai da Flórida (EUA) e México à Bolívia e Argentina, Uruguai e Brasil.
    Habitat: Pântanos, campos alagados, manguezais e margens com pouca vegetação.
    Hábitos alimentares: Ingerem principalmente gastrópodes (Ao se alimentar de caramujos aquáticos, costuma furá-los com o bico). Também consomem invertebrados, anfíbios e pequenos répteis que ficam presos na lama ou na vegetação submersa.
    Reprodução: Tem um ninho grande, em forma de uma cesta profunda. Geralmente o faz na vegetação alta no pântano. As fêmeas depositam uma média de três a seis ovos que são de cor creme com manchas marrom. Às vezes, juntam-se a grupos maiores em poças de lama. Formam casais no periodo reprodutivo. É ativo à noite e às vezes durante o dia.

     

  • Carcará (Caracara plancus)
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    Carcará

    Caracara plancus (Miller, 1777)
    OrdemFalconiformes
    Família: Falconidae

    Descrição: Mede de 49 a 63 cm e pesa entre 835 e 953 g. Tem o rosto vermelho, pernas compridas e amareladas. Possui um penacho nucal. No solo e no ar são muito ágeis. Considerado um dos mais inteligentes entre as aves de rapina. É considerado um controlador de pragas em plantações.
    Distribuição geográfica: Da Flórida (EUA) à Terra do Fogo. Em todo o Brasil.
    Habitat: Habita floresta, várzea, margem de ambiente aquático, áreas abertas e o interior e margens arbustivas. Após as atividades humanas, expandiu a área de ocorrência. É comum em áreas urbanas, fazendas, ruínas e praias
    Hábitos alimentares: Come animais mortos em geral. Mas também caça serpentes, anfíbios, lagartos e caracóis. E geralmente ataca ninhos (ovos e filhotes) de garças, colhereiros e outras aves.
    Reprodução: Pode viver sozinho, em pares ou em grupo. Na época do acasalamento o rosto fica amarelado. Usa a bainha de folhas de palmeira ou de outras árvores p construir um ninho com galhos. É comum colocar ovos de cores variadas que são encubados entre 28 e 32 dias. O filhote voa a mais ou menos 90 dias.

     

  • Cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata)
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    Cardeal-amarelo

    Gubernatrix cristata (Vieillot, 1817)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Espécie de porte médio, com meados 19 cm de comprimento. Plumagem predominantemente amarela, com uma longa cauda e crista com coloração preta. Seu nome Gubernatrix cristata, é oriundo de sua característica crista.
    Distribuição Geográfica: Ocorre apenas na Argentina, Uruguai e em território brasileiro, no sul do Rio Grande do Sul. No passado foi muito abundante em grandes áreas da Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil, entretanto devido a capturas em massa, obteve uma grande diminuição de suas populações.
    Habitat: Campos sujos ou pequenos com presença de rochas, em beira de córregos.
    Hábitos Alimentares: Granívoro e insetívoro, possuí preferência em alimentar-se em solos úmidos, próximo a córregos. Pode ser considerada oportunista, visto que frequenta parques e estradas a procura por alimento.
    Reprodução: A época reprodutiva se estende por 7 meses, começando em agosto, nesse período se tornam muito territorialistas. Em procura de tranquilidade afastam-se por até 1 km de outro casal. Cada ninhada geralmente tem entre 3 e 5 ovos, tendo até 2 ninhadas por estação. Os ovos contêm coloração esverdeada, são listrados com manchas pretas, e eclodem após um período de 12 dias.

  • Cardeal-de-topete-vermelho (Paroaria coronata)
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    Cardeal-de-topete-vermelho

    Paroaria coronata (Miller, 1776)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupinae

    Descrição: Mede cerca de 18 cm de comprimento. Conforme o nome popular, seu topete é vermelho. Não há dimorfismo sexual, o que difere o adulto do imaturo é a coloração do topete, visto que o imaturo possuí topete de coloração ferrugínea.
    Distribuição Geográfica: Ocorre desde a Argentina até a Bolívia, Paraguai, Uruguai e no Brasil, ocorre nas regiões sul, sudeste e centro-oeste.
    Habitat: Vive em áreas de rizicultura irrigada, campos com vegetação alta e bordas de matas.
    Hábitos Alimentares: Seu hábito alimentar é composto por grãos e invertebrados, como pequenos artrópodes.
    Reprodução: São aves muito territorialistas no período de reprodução. Possuem até quatro ninhadas por temporadas onde depositam até três ovos. Sendo que os filhotes nascem após 13 dias de incubação.

     

  • Cardeal-do-banhado (Amblyramphus holosericeus)
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    Cardeal-do-banhado

    Amblyramphus holosericeus (Scopoli, 1786)
    Ordem:  Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: De 22 a 25 cm de comprimento e pesa de 75 g a 86 g. Possui penas pretas, vermelho vivo na cabeça, no peito e nas calças. O bico é bem afiado, os troncos geralmente podem ser martelados tão facilmente quanto um pica-pau. Não tem muita habilidade para voar. Considerada uma das aves mais bonitas do gênero no Brasil. Não apresenta dimorfismo sexual.
    Distribuição geográfica: No Brasil, ocorre no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Tocantins (Gurupi). A registro também na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
    Habitat: Extremamente paludícola (vive em lagos e lagoas), com vegetação e várzeas.
    Hábitos Alimentares: Artrópodes, como besouros, gafanhotos, aranhas, larvas e lagartas, além de sementes e grãos coletados na vegetação. Geralmente martela taboas (plantas aquáticas) e outras hastes verdes para encontrar larvas.
    Reprodução: O ninho esférico e fechado tem uma entrada lateral. Geralmente é preso a um galho de 1,5 m de altura, acima da água. As fêmeas depositam em média 3 a 4 ovos que eclodem entre 15 e 16 dias de incubação.

  • Cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana)
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    Cardeal-do-nordeste

    Paroaria dominicana (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupinae

    Descrição: Ave com média de 17,2 cm de comprimento. A plumagem da cabeça é vermelha, enquanto a plumagem corporal é cinzenta, com exceção do ventre, que é branco. O dimorfismo sexual aparece na coloração da cabeça, onde o macho possui a coloração vermelha mais escura do que a fêmea.
    Distribuição Geográfica: Regiões Nordeste e Sudeste, assim como em Goiás e Tocantins.
    Habitat: Comum no bioma da Caatinga e Cerrado. Sendo uma das aves mais típicas do interior do Nordeste do Brasil.
    Hábitos Alimentares: Predominantemente granívoro. É adaptado digerir sementes amargas, também se alimenta de bagas e insetos.
    Reprodução: No período de reprodução vive aos casais, onde são fiéis um ao outro. Depositam em média dois ovos por ninhada, e respectivamente realizam até quatro ninhadas por temporada. Os machos são muito territorialistas. Os ovos eclodem após 13 dias de incubação.
     

  • Carqueja-do-bico-manchado (Fulica armillata)
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    Carqueja-do-bico-manchado

    Fulica armillata (Vieillot, 1817)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Mede cerca de 50 cm de comprimento podendo pesar até 1 kg. Sua plumagem é escura variando em tons desde marrom-escuro a preto.
    Distribuição geográfica: Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile, em território brasileiro ocorre no sul e no sudeste.
    Habitat: Comum em áreas alagadas como estuários e manguezais.
    Hábitos Alimentares: Plantas aquáticas.
    Reprodução: Se reproduzem entre novembro e fevereiro, colocando seus ovos em plataformas formadas por vegetação flutuante, nestas depositam de dois a oito ovos, a quais são muito predados por predadores como os gaviões.

  • Catirumbava (Orthogonys chloricterus)
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    Catirumbava

    Orthogonys chloricterus (Vieillot, 1819)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Mitrospingidae

    Descrição: Possui cerca de 18 cm de comprimento. Não apresenta dimorfismo sexual, em geral, tanto os machos quanto as fêmeas possuem a plumagem em tons verde olivácea, olhos acinzentados, bico negro e pernas alaranjadas.
    Distribuição geográfica: É uma espécie endêmica brasileira, sendo exclusiva do bioma Mata Atlântica. Distribui-se desde o estado do Espírito Santo até o estado do Rio Grande do Sul.
    Habitat: Vive tanto no interior quanto nas bordas de florestas montanas em até 1800 m de altitude
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de frutos e pequenos insetos.
    Reprodução: Costuma nidificar em plantas epífitas. Deposita até três ovos por ninhada, podendo realizar até duas ninhadas por estação reprodutiva.

     

  • Caturrita (Myiopsitta monachus)
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    Caturrita

    Myiopsitta monachus (Boddaert, 1783)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Possui cerca de 31 cm de comprimento. Apresenta plumagem corporal em tons verdes com cinza. Suas plumas do peito são escamadas, e sua cauda apresenta coloração azulada.
    Distribuição geográfica: Distribui-se pela América do Sul e países como Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil. Em território brasileiro, pode ser comumente avistada na região sul.
    Habitat: Frequenta ambientes florestados, como matas secas e de galeria. Podendo também habitar ambientes antropizados, como plantações agrícolas e parques de cidades.
    Hábitos Alimentares: Com uma alimentação predominantemente herbívora, a Caturrita ingere desde frutos a sementes, capins, flores e brotos.
    Reprodução: Constrói seu ninho utilizando materiais de origem vegetal (folhas, fibras e gravetos), por sua vez, o ninho apresenta formato cilíndrico sendo construído em diferentes tipos de árvores. A fêmea deposita até 11 ovos por ninhada, entretanto nem todos se desenvolvem, em média, apenas sete dos filhotes se desenvolvem até a idade adulta.

  • Choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens)
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    Choca-da-mata

    Thamnophilus caerulescens (Vieillot, 1816)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thamnophilidae

    Descrição: Possui cerca de 15 cm de comprimento e pesa até 24 g. O dimorfismo sexual é visível na coloração da plumagem, o macho contém plumagem acinzentada com tons mais escuros na cabeça e nas asas, contra a fêmea que é predominantemente parda. Os dois sexos possuem manchas em tons claros na região das asas.
    Distribuição geográfica: Encontrado em território brasileiro desde o Ceará até o Rio Grande do Sul, entretanto é mais abundante nas regiões Sul e Sudeste.
    Habitat: Costuma habitar estratos médios e inferiores de florestas secundárias, nas matas de galeria e bordas de florestas. Além disso também possui registros em ambiente antrópicos, tais como parques e pomares.
    Hábitos alimentares: Frutos e insetos.
    Reprodução: O casal participa da construção do ninho, a qual é feito em forquilhas de árvores utilizando gravetos. Geralmente a fêmea deposita dois ovos.

  • Chocão-carijó (Hypoedaleus guttatus)
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    Chocão-carijó

    Hypoedaleus guttatus (Vieillot, 1816)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thamnophilidae

    Descrição: Possui cerca de 20 cm de comprimento. Apresenta cabeça, costas e asas com pintas brancas com fundo preto. Seu peito é claro, com manchas cinza. Seu bico é cinza, e de coloração igual são suas pernas.
    Distribuição geográfica: Encontra-se na América do Sul em países como Argentina, Brasil e Paraguai. Em território brasileiro possui registros desde a região nordeste até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Encontrado no bioma Mata Atlântica em matas mesófilas e semidecíduas em altitudes de até 1000 m.
    Hábitos alimentares: Geralmente o Chocão-carijó forrageia em alturas de até 10 metros a procura de pequenos invertebrados.

  • Chorão (Sporophila leucoptera)
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    Chorão

    Sporophila leucoptera (Vieillot, 1817)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 13 cm de comprimento e pesa até 16 g. O dimorfismo sexual é facilmente notado na coloração da plumagem dos indivíduos, onde o macho contém plumagem cinza na região dorsal e branca na região ventral enquanto a fêmea é marrom-olivácea na região dorsal e bege-amarronzada na região ventral. Os jovens, por sua vez são pardos.
    Distribuição geográfica: Comum em países da América do Sul, tais como Suriname, Peru, Bolívia, Argentina, Paraguai e Brasil. Possui registros em quase todo o território brasileiro.
    Habitat: Frequente ambientes de gramíneas próximas a áreas alagadas, como margens de pântanos, rios e lagos.
    Hábitos alimentares: Espécie granívora, alimenta-se unicamente de sementes. Pode ser avistado em comedouros, alimentando-se de quirera.
    Reprodução: Se reproduz entre setembro e março. Constrói o ninho em formato de tigela com material vegetal. Depositam até três ovos por ninhada, podendo realizar até três ninhadas por estação. Os ovos eclodem e os filhotes nascem após 13 dias de incubação.
     

  • Chupim (Molothrus bonariensis)
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    Chupim

    Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: Mede cerca de 19 cm de comprimento e possuí média de 52 gr. A coloração da plumagem muda conforme o sexo, o macho possuí tons preto-azulados, enquanto a fêmea detém coloração marrom-escura.
    Distribuição Geográfica: Ocorre em toda América do Sul, com exceção apenas da Cordilheira dos Andes.
    Habitat: Frequenta paisagens abertas como campos, pastos, parques e jardins. Além de área abertas com presença de gado, sítios e em cidades onde as pessoas tratam os pássaros com quererá de milho.
    Hábitos Alimentares: Animal onívoro, se alimenta de insetos, sementes e frutos. Também pode ser encontrado se alimentando de carrapatos em capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris).
    Reprodução: Se reproduz entre julho e dezembro. Esta espécie não constrói o próprio ninho, possuem hábito de depositar seus ovos em ninhos de outras aves, colocam até 5 ovos, sendo um no ninho de cada hospedeiro. É vantajoso para o chupim depositar seu ovo antes, ou no mesmo dia da postagem do primeiro ovo do hospedeiro. O período de incubação dura cerca de 12 dias, geralmente é menor que dos ovos que o acompanham, com isso essa ave tende a nascer antes, podendo eliminar do ninho os outros filhotes, aumentando sua probabilidade de sobrevivência. Quando deixa o ninho, o chupim é alimentado pelos pais adotivos por duas semanas, requisitando alimento no bico através de um chamado característico, onde abaixa o seu corpo e treme as asas.

  • Chupim-azeviche (Molothrus rufoaxillaris)
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    Chupim-azeviche

    Molothrus rufoaxillaris (Cassin, 1866)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: Mede cerca de 20 cm de comprimento, sua cauda é longa enquanto o bico é curto ao comparado com o Chupim (Molothrus bonariensis), essa espécie não possuí dimorfismo sexual.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
    Habitat: Ocorre em áreas abertas, como plantações de cereais, pastagens, terreiros de fazendas e campos com árvores esparsas.
    Hábitos Alimentares:  Alimenta-se de insetos, sementes e frutos.
    Reprodução: O período reprodutivo ocorre de outubro a dezembro. Esta espécie não constrói o próprio ninho, sendo assim possuem hábito de depositar seus ovos em ninhos de outras aves, possuem cerca de 3 ninhadas por estação, depositando 2 ovos em cada uma.

  • Cigarra-bambu (Haplospiza unicolor )
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    Cigarra-bambu

    Haplospiza unicolor (Cabanis, 1851)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 14 cm de comprimento e pesa até 18 g. O macho é predominantemente cinza-azulado enquanto a fêmea é verde-oliva com as regiões inferiores claras. O bico dessa ave é em formato de cone com coloração escura, enquanto seus pés são rosados.
    Distribuição geográfica: Distribui-se na América do Sul em países como, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em território brasileiro encontra-se desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta tanto o sub-bosque quanto o estrato médio da mata rica em taquarais. É oriundo dessa característica de habitat que essa ave recebe seu nome popular, Cigarra-bambu.
    Hábitos alimentares: Alimenta de sementes (como a do próprio bambu) e pequenos invertebrados.
    Reprodução: Deposita até três ovos por ninhada, tendo em média duas ninhadas por estação.

  • Codorna-amarela (Nothura maculosa)
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    Codorna-amarela

    Nothura maculosa (Temminck, 1815)
    Ordem: Tinamiformes
    Família: Tinamidae

    Descrição: Mede cerca de 23 cm e pesa em torno de 300 gr. Possuí coloração marrom-amarelada. O dimorfismo sexual está visível na área da íris, onde o macho possui com coloração amarela enquanto a fêmea possuí com tons pardo-alaranjados.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
    Habitat: Vive em campos rupestres de altitude, campos ralos e baixos, pastos, também ocorre em áreas de cultivo agrícola.
    Hábitos Alimentares: Grãos, artrópodes, moluscos.
    Reprodução: Põe de 7 a 8 ovos no chão de campos ou pastagens. São os machos quem incubam e cuidam dos filhotes.

  • Coleirinho (Sporophila caerulescens)
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    Coleirinho

    Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 12 cm de comprimento. Sua plumagem corporal é predominantemente preta na região dorsal e branca ou amarela na região ventral. Contém uma característica marcante abaixo do bico, sendo um colar branco e preto, por sua vez o bico possui tons de amarelo. As fêmeas e os juvenis da espécie possuem plumagem completamente parda.
    Distribuição geográfica: Embora possuir registros em todo o território brasileiro, são raros os encontros  na região Amazônica e na região Nordeste do país.
    Habitat: Frequentam áreas abertas como campos ou até mesmo capinzais.
    Hábitos alimentares: Principalmente de frutos e sementes, sendo os frutos de Tapiá e as sementes de Milho suas grandes fontes de alimento.
    Reprodução: A espécie se reproduz entre outubro e fevereiro. O macho é responsável pela construção do ninho e o faz a poucos metros do solo com raízes gramíneas e outras fibras vegetais. A fêmea deposita até dois ovos por ninhada, podendo realizar até quatro ninhadas por ano. Os ovos são incubados por 14 dias, e após eclodirem, os jovens tendem a deixar o ninho com cerca de 13 dias de vida. Com um ano de vida, os jovens se tornam aptos a reproduzir.
    Período de vida: Podem viver até 12 anos.
     

  • Coleiro-do-brejo (Sporophila collaris)
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    Coleiro-do-brejo

    Sporophila collaris (Boddaert, 1783)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 12 cm de comprimento e pesa até 14 g. Seu bico é forte e possui coloração negra. O dimorfismo sexual pode ser visto na coloração da plumagem, onde o macho contém tons variantes ao longo do corpo, entre preto, branco, cinza e amarelo-canela, sendo o preto e o amarelo-canela suas colorações mais abundantes. Por sua vez, as fêmeas e os juvenis são pardos.
    Distribuição geográfica: Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil, sendo que em território brasileiro ocorre desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta áreas alagadas como pântanos e costuma descansar em capinzais altos, taboais e até mesmo canaviais.
    Hábitos alimentares: Espécie granívora, alimenta-se unicamente de sementes.
    Reprodução: Constrói um pequeno ninho em formato de taça onde depositam até três ovos por ninhada, podendo realizar até quatro ninhadas por temporada. Os ovos eclodem e os filhotes nascem após 13 dias de incubação.

  • Corocochó (Carpornis cucullata)
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    Corocochó

    Carpornis cucullata (Swainson, 1821)
    Ordem: Passeriformes    
    Família: Cotingidae

    Descrição: Mede cerca de 23 cm. Há dimorfismo sexual. A cabeça, o peito e o pescoço do macho são pretos e na fêmea é verde escuro. É mais fácil ouvir do que observar.
    Distribuição geográfica: Endêmico do Brasil. Encontrado do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul. Principalmente em regiões de Mata Atlântica.
    Habitat: Vive dentro das florestas e palmitais. 
    Hábitos alimentares: Especialmente frutas, mas insetos grandes também fazem parte da sua dieta.
    Reprodução: Pode viver solitário ou em casais.

     

  • Corruíra (Troglodytes musculus)
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    Corruíra

    Troglodytes musculus (Naumann, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Troglodytidae

    Descrição: Possui cerca de 11,5 cm de comprimento e pesa até 12 g. Não possuí dimorfismo sexual. A plumagem dessa espécie contém diversos tons de marrom
    Distribuição geográfica: Espécie distribuída ao longo das Américas, com registros desde o Canadá até a Argentina. Possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Frequenta as bordas de florestas, cerrados, caatingas, campos e ambientes alagados como banhados. Também pode ser encontrada em ambientes antropizados como parques. É uma ave muito curiosa podendo ser facilmente avistada saltitando e caminhando sobre o substrato.
    Hábitos alimentares: Pequenos artrópodes, tais como besouros, formigas, vespas e aranhas.
    Reprodução: Geralmente utilizam materiais de origem vegetal (folhas, raízes e sementes), origem animal (penas e pelos) e de origem industrial (plásticos, metais, papeis e tecidos) para construir seus ninhos, entretanto não tem área específica para construção. Nidificam em qualquer cavidade, desde árvores ocas e telhados de residências à ninhos abandonados por outras aves. Depositam até seis ovos a quais são incubados por cerca de 14 dias. Os dois pais participam dos cuidados dos filhotes. Após o nascimento, os jovens demoram cerca de 30 dias para deixar o ninho.

  • Corrupião (Icterus jamacaii)
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    Corrupião

    Icterus jamacaii (Gmelin, 1788)
    Ordem: Passeriformes    
    Família: Icteridae

    Descrição: Possui cerca de 24,5 cm e pesa em média 63 g. Em geral essa ave possui plumagem em tons laranja e preto. Apresenta olhos claros e bico negro. Seus pés são cinza. O que difere um adulto de um juvenil é a coloração da plumagem, uma vez que os jovens possuem coloração amarelada ao invés de alaranjada.
    Distribuição geográfica: Espécie endêmica do Brasil, o Corrupião ocorre desde toda a região Nordeste até a Região Sudeste.
    Habitat: Frequenta áreas de caatinga e áreas secas abertas, onde costuma pousar sobre cactos. Pode também ser encontrado em bordas de florestas e em clareiras.
    Hábitos alimentares: Espécie onívora, pode se alimentar de pequenos invertebrados, frutos e sementes.
    Reprodução: Constrói seu próprio ninho com materiais de origem vegetal (folhas, fibras e galhos), podendo também utilizar ninhos prontos de outras aves. A fêmea deposita até três ovos por ninhada, podendo realizar até 3 ninhadas por temporada. Após incubados, os ovos eclodem e os filhotes nascem após 14 dias. 

  • Corucão (Chordeiles nacunda)
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    Corucão

    Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817)
    Ordem: Caprimulgiformes
    Família: Caprimulgidae

    Descrição: Possui cerca de 27 cm de comprimento e 70 cm de envergadura. Sua plumagem é predominantemente marrom, tendo tons brancos nas regiões da garganta, ventre e asas.
    Distribuição geográfica: Encontra-se principalmente nas regiões de cerrado da América do Sul. Possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Campos abertos com presença de capins baixos.
    Hábitos alimentares: Alimentação predominantemente composta por insetos.
    Reprodução: Costuma se reproduzir entre junho e outubro. Depositam até dois ovos de coloração marrom-parda no solo.

  • Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
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    Coruja-buraqueira
    Coruja-buraqueira

    Athene cunicularia (Molina, 1782)
    Ordem: Strigiformes
    Família: Strigidae

    Descrição: Considerada uma ave de pequeno porte, esta espécie apresenta características diferentes para espécime de sexos diferentes. Os machos costumam ser maiores que as fêmeas, atingindo cerca de 28 cm de comprimento e pesando até 285 g, por sua vez, as fêmeas atingem até 25 cm de comprimento e podem pesar até 265 g. Além do tamanho dos indivíduos, a coloração também é um ponto chave para diferenciação, os machos costumam apresentar plumagem amarelada, já as fêmeas apresentam uma plumagem mais escura. Seu nome popular “Coruja-buraqueira” é oriundo do seu hábito de viver em buracos.
    Distribuição geográfica: Ocorre do Canadá à Terra do Fogo. Possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Espécie adaptada para os mais diversos tipos de habitats, podendo ser encontrada em campos, cerrados, pastos, restingas e planícies, ou até mesmo em ambientes antropizados, como aeroportos e terrenos baldios.
    Hábitos alimentares: Ave carnívora, alimenta-se de pequenos mamíferos, répteis, anfíbios, artrópodes e até mesmo filhotes de outras aves.
    Reprodução: O período reprodutivo ocorre entre os meses de março e abril. Costuma usufruir de cupinzeiros ou buracos de tatu para construir seus ninhos. Deposita de seis a 11 ovos a quais serão incubados pela fêmea em um período de 28 a 30 dias. Após a eclosão dos ovos, os filhotes permanecem no ninho por cerca de 44 dias.
    Período de vida: Cerca de 15 a 20 anos.

  • Coruja-da-igreja (Tyto furcata)
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    Coruja-da-igreja
    Coruja-da-igreja

    Tyto furcata (Scopoli, 1769)
    Ordem: Strigiformes
    Família: Tytonidae

    Descrição: Em média 36 cm de comprimento e envergadura de 75 a 110 cm, as fêmeas pesam em média 570 g e os machos 470 g. Embora sua plumagem seja predominantemente branca, esta ave também pode apresentar tons castanho-claros em suas asas. Uma curiosidade sobre essas corujas, é que elas apresentam dois discos faciais em suas faces, tal característica funciona como uma parabólica, aumentando gradativamente a sua capacidade auditiva.
    Distribuição geográfica: Pode ser encontrada em todos os continentes, estando amplamente distribuída ao longo deles, todavia, esta ave não é adaptada para regiões frias. Possui registros ao longo de todos os estados brasileiros.
    Habitat: Apresenta hábitos noturnos, sendo assim passa o dia descansando sobre folhas ou galhos. Durante a noite frequenta ambientes abertos, savanas, pastagens e até mesmo zonas agrícolas.
    Hábitos alimentares: Ave carnívora, se alimenta de artrópodes, pequenos mamíferos e até mesmo de outras aves.
    Reprodução: A fêmea deposita de quatro a sete ovos, a quais serão incubados por cerca de 32 dias.
    Período de vida: Cerca de 15 a 20 anos.

  • Coruja-do-mato (Strix virgata)
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    Coruja-do-mato

    Strix virgata (Cassin, 1849)
    Ordem: Strigiformes
    Família: Strigidae

    Descrição: Os machos costumam ser levemente maiores que as fêmeas, tendo em média 37 cm de comprimento contra 36 cm das fêmeas, entretanto são mais leves pesando até 350 g contra 370 g das fêmeas. Não contém tufos (penas similares a orelhas) na região da cabeça. O disco facial possui bordas brancas ou beges que o diferencia do restante do corpo, que por sua vez é predominantemente marrom-escuro. Sua região ventral é de coloração creme com manchas marrons. Ainda no disco facial, possui uma testa em formato de V, característica que é muito marcante para a espécie. Contém olhos escuros.
    Distribuição geográfica: Ocorre desde o México ao sul da América do Sul, tendo registros em todas as regiões brasileiras.
    Habitat: Comum em vegetações de até 800 m de altitude, tendo preferência a florestas úmidas de planície. Também possui registros em áreas antrópicas como fragmentos florestais no centro de cidades.
    Hábitos alimentares: Espécie carnívora, se alimenta de invertebrados, pequenos mamíferos, répteis, anfíbios e até mesmo outras espécies de aves. Contém uma ótima capacidade visual que a torna uma ótima caçadora.
    Reprodução: Costumam construir seus ninhos em buracos ocos de árvores ou ser oportunistas ocupando ninhos abandonados por outras aves. Depositam até dois ovos. Após a eclosão, os filhotes tendem a deixar o ninho com 40 dias de vida, entretanto permanecem próximos a eles, sendo alimentados pelos adultos.

  • Coruja-orelhuda (Asio clamator)
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    Coruja-orelhuda
    Coruja-orelhuda

    Asio clamator (Vieillot, 1807)
    Ordem : Strigiformes
    Família: Strigidae

    Descrição: Possui de 34 a 42 cm de comprimento. O macho pesa entre 335 a 553 g, por sua vez, a fêmea pesa entre 400 a 553 g. Apresenta plumagem corporal em tons bege, marrom e preto. Seu bico tem forma de gancho e apresenta coloração acinzentada. Seus olhos são marrons. Seus pés são cinzentos com garras pretas.
    Distribuição Geográfica: Distribui-se desde o sul do México até a América do Sul. Podendo ser encontrada em países como Argentina, Bolívia, Brasil e Uruguai. Apresenta registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Apresenta hábitos noturnos, geralmente frequenta áreas abertas, campos com árvores e arbustos, cerrados, caatingas, sendo também encontradas em ambientes antropizados como cidades. Durante os dias costumam descansar em árvores, frequentemente utilizam palmeiras.
    Hábitos alimentares: Aves, insetos, roedores, morcegos.
    Reprodução: O período reprodutivo ocorre entre os meses de agosto a março. A espécie constrói seu ninho a nível do solo com materiais de origem vegetal (gramíneas secas). A fêmea deposita de dois a quatro ovos a quais ela mesma irá incubar por cerca de 33 dias. Embora depositem até quatro ovos, geralmente apenas um filhote será criado pelos pais.
    Período de vida: Cerca de 15 a 20 anos.

  • Coruja-preta (Ciccaba huhula)
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    Coruja-preta

    Ciccaba huhula (Daudin, 1800)
    Ordem: Strigiformes
    Família: Strigidae

    Descrição: Possui cerca de 39 cm de comprimento e 26 cm de envergadura, em geral essa ave pode pesar até 400 g. Como próprio nome popular diz, a ‘’Coruja-preta’’ contém plumagem em tons escuros, sendo predominantemente preta com pequenos manchas de branco. As garras e o bico são despidos de penas e possuem coloração amarelada.
    Distribuição geográfica: Encontra-se distribuída ao longo da América do Sul, pode ser encontrada em quase todos os estados do Brasil, inclusive Santa Catarina.
    Habitat: Frequenta ambientes naturais como florestas altas de terra firme e de várzea, bordas de florestas e árvores em clareiras, entretanto também pode se adaptar a ambientes antropizadas, tais como áreas agrícolas próximas a mata, praças e parques de cidades.
    Hábitos alimentares: Sua principal fonte de alimentos são os insetos, entretanto pode também se alimentar de pequenos roedores, répteis, anfíbios e aves.
    Reprodução: Constrói seu ninho em uma forquilha de árvore com média de 15 metros de altura, ali deposita até dois ovos. A coruja-preta pode retornar ao ninho em intervalos de dois anos.

  • Cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata)
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    Cuiú-cuiú

    Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Possui cerca de 22 cm de comprimento. Apresenta coloração corporal em tons predominantemente verdes. Essa ave apresenta dimorfismo sexual, onde os machos possuem a testa, o loro e a coroa em tons vermelhos. Por sua vez a fêmea detém a fonte com uma coloração levemente azulada.
    Distribuição geográfica: Em território brasileiro, pode ser encontrado desde o estado da Bahia até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequentam ambientes florestados, tais como florestas subtropicais, tropicais húmidas de baixa altitude ou alta altitude.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de frutas, como a candeia, goiaba e caqui.
    Reprodução: Após encontrar uma parceira reprodutora, o Cuiú-cuiú a mantém pelo resto de sua vida. Geralmente ambos constroem seus ninhos em ocos de árvores, onde a fêmea deposita até quatro ovos que ela mesmo irá incubar durante um período de 24 dias, enquanto isso o macho se encarrega da proteção do ninho e também da alimentação da fêmea.

  • Curicaca (Theristicus caudatus)
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    Curicaca
    Curicaca

    Theristicus caudatus (Boddaert, 1783)
    Ordem: Pelecaniformes
    Família: Threskiornithidae

    Descrição: Esta ave também pode ser conhecida como Despertador. Pode atingir até 69 cm de comprimento e cerca de 143 cm de envergadura. Em geral apresenta plumagem em tons claros, com asas escuras. Seu bico é longo e curvo, e apresenta coloração negra.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul, podendo ser encontrado em países como Brasil, Colômbia, Venezuela e Guianas. Em território brasileiro pode ser encontrada próxima a vegetações abertas e áreas alagadas.
    Habitat: Frequenta paisagens campestres e campos agropecuários. Também pode frequentar regiões serranas. Em pleno voo, gosta de plainar em grandes altitudes.
    Hábitos alimentares: Ave carnívora, possui o bico altamente adaptado para se alimentar de larvas de insetos encontrados na terra. Seu cardápio em geral é composto por artrópodes, pequenos répteis, pequenos mamíferos, e anfíbios.
    Reprodução: Constrói seu ninho em rochas ou árvores altas. Usufrui de materiais de origem vegetal (folhas, fibras e gravetos) em sua infraestrutura. Deposita de dois a quatro ovos.

  • Curió (Sporophila angolensis )
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    Curió

    Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 11 cm de comprimento e pesa até 14 g. O macho possui coloração corporal predominantemente preta com ventre castanho, enquanto a fêmea a os juvenis apresentam plumagem parda. Seus pés são escuros e seu bico é muito forte.
    Distribuição geográfica: Com exceção do Chile, pode ser encontrado em toda a América do Sul.
    Habitat: Encontra-se em ambientes diversificados tais como pântanos, bordas de florestas, capoeiras arbustivas e clareiras.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se principalmente de insetos e sementes. Seu bico é altamente adaptado para quebrar as sementes encontradas.
    Reprodução: Constrói um ninho frágil e pequeno aonde deposita até dois ovos, por sua vez são incubados em um período de 13 dias. Após a eclosão os filhotes permanecem no ninho por cerca de 30 dias, após esse período já estão aptos a viver sozinhos. Os jovens se tornam sexualmente reprodutivos com cerca de um ano de vida.
     

  • Curriqueiro (Geositta cunicularia )
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    Curriqueiro

    Geositta cunicularia (Vieillot, 1816)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Scleruridae

    Descrição: Possui cerca de 15,5 cm de comprimento. Sua região dorsal possui plumagens em tons de cinza-marrom-oliváceo, enquanto a região ventral é ocre-esbranquiçada, a garganta é branca e as asas são marrom-avermelhadas.
    Distribuição geográfica: Em território brasileiro é exclusivamente encontrado nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    Habitat: Em geral, frequenta ambientes abertos, como dunas e campos com pouca vegetação. Em território catarinense frequenta apenas ambientes litorâneos, tais como as dunas. No Rio Grande do Sul, pode ser encontrado em áreas litorâneas como dunas e banhados, e também nos campos do interior.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de insetos de pequenos invertebrados, como moscas e aranhas.
    Reprodução: Constrói seu ninho com materiais de origem vegetal (palha e folhagem) em galerias escavadas no solo. A fêmea deposita até três ovos, que após incubados eclodem, nascendo os filhotes.

  • Dragão (Pseudoleistes virescens)
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    Dragão

    Pseudoleistes virescens (Vieillot, 1819)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: Possuí cerca de 24 cm de comprimento. Contém o marrom como coloração predominante, seguido pelo amarelo. O bico possuí tons escuros e os olhos são castanho-avermelhados.
    Distribuição geográfica: Pode ser encontrado na Argentina, Uruguai e Brasil. Em território brasileiro sua ocorrência é restrita a região sul, com registros em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta áreas abertas, incluindo ambientes antropizados como áreas agrícolas e pastagens. Também pode ser encontrado em áreas alagadas como brejos.
    Hábitos alimentares: Ave predominantemente vegetariana, se alimenta de pastagem seca, brotos ou folhas de planta.
    Reprodução: Geralmente é a fêmea quem constrói o ninho, utilizam fibras vegetais e barro em taboas com altura de até um metro do chão. Depositam até cinco ovos por ninhada, podendo realizar até duas ninhadas por estação.

  • Faisão-comum (Phasianus colchicus)
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    Faisão-comum

    Phasianus colchicus (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Galliformes
    Família: Phasianidae

    Descrição: Ave com dimorfismo sexual bastante visível, tanto em aparência, quanto em tamanho. Começando pelo tamanho, o macho pode pesar até 2,5 kg, contra 1,8 kg da fêmea. Já em questão de aparência, os machos apresentam cabeça esverdeada, face vermelha, colar branco, dorso castanho e uma longa cauda, por sua vez, predomina a cor castanha na fêmea, e assim como macho, também possui uma longa cauda.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo do continente asiático, entretanto foi introduzido em outros continentes, podendo ser encontrado na Europa, América do Norte e Oceania.
    Habitat: Frequenta ambientes abertos, como campos e ambientes agrícolas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de sementes e pequenos artrópodes. Na ausência de água em seu habitat, pode beber o orvalho para saciar a sede.
    Reprodução: Constrói seu ninho a nível do solo utilizando materiais de origem vegetal, nele a fêmea deposita até 15 ovos que serão incubados por cerca de 24 dias. Após esse período os ovos eclodem e os filhotes nascem.

  • Faisão-de-prata (Lophura nycthemera)
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    Faisão-de-prata

    Lophura nycthemera (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Galliformes
    Família: Phasianidae

    Descrição: Possui cerca de 70 cm de comprimento, podendo ter até 2 kg de peso corporal. É uma ave com dimorfismo sexual bastante característico, o macho apresenta plumagem em tons pretos e brancos, tendo a face avermelhada, por sua vez, as fêmeas são predominantemente pardas.
    Distribuição geográfica: Espécie encontrada quase que exclusivamente na China e em outros países do sudeste asiático. Existem exemplares de Faisão-de-prata no Havaí, estado americano.
    Habitat: Frequentam florestas, tendo preferências a florestas montanhosas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se tanto de frutos e sementes, quanto de pequenos invertebrados.
    Reprodução: A fêmea deposita cerca 12 ovos que serão incubados em um período de até 25 dias.
    Período de vida: Pode chegar até 20 anos em cativeiro.

  • Falcão-caburé (Micrastur ruficollis)
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    Falcão-caburé

    Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817)
    Ordem: Falconiformes
    Família: Falconidae

    Descrição: Mede cerca de 36 cm de comprimento. Os machos pesam em média 164 g enquanto as fêmeas pesam cerca de 262 g. A face é nua com coloração amarelo-vivo. Sua plumagem peitoral é branca com finas listras pretas, as asas e topo da cabeça possuem tons castanhos, enquanto a cauda é preta com pequenas manchas brancas.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Brasil e México.
    Habitat: Florestas densas e capoeiras altas. Vive escondido no sub-bosque e no estrato médio. É mais frequente ser escutado do que observado.
    Hábitos Alimentares: Grandes besouros e outros insetos, aves, pequenos lagartos, cobras e pequenos mamíferos como marsupiais.
    Reprodução: Se reproduz no fim da estação seca. Chocam os ovos por cerca de 34 dias após a postura, onde eclodem de 35 a 44 dias após chocar. Ocupam o local da postura como território por cerca de um ano, os casais são muito fiéis.

  • Falcão-peregrino (Falco peregrinus)
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    Falcão-peregrino
    Falcão-peregrino

    Falco peregrinus (Tunstall, 1771)
    Ordem: Falconiformes
    Família: Falconidae

    Descrição: Comprimento entre 38 e 53 cm, com uma envergadura de asas de 89 a 119 cm e peso de 0,6 a 1,5 kg, sendo as fêmeas maiores e mais pesadas que os machos.
    Distribuição geográfica: Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória, não nidificando aqui.
    Habitat: Zonas montanhosas ou costeiras.
    Hábitos alimentares: Aves, morcegos, pequenos mamíferos e ocasionalmente peixes e insetos.
    Reprodução: reproduz-se no hemisfério norte, colocam no solo sem ninho 3 a 4 ovos. O período de incubação é de um mês.
    Tempo de vida: Em média de 13 anos.

  • Falcão-relógio (Micrastur semitorquatus)
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    Falcão-relógio

    Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817)
    Ordem: Falconiformes
    Família: Falconidae

    Descrição: Canta ao clarear e ao escurecer, seus cantos são bem pontuais. Esse é o motivo de seu nome popular, relacionado a constância do intervalo entre os chamados. Mede cerca de 50 cm de comprimento. Não possuí dimorfismo sexual. Existem várias tonalidades de plumagens para a espécie, entretanto a mais característica é negra nas costas, parte superior do pescoço e alto da cabeça. As partes inferiores são brancas ou avermelhadas, possuem um colar da mesma cor na garganta, onde se estende pela nuca. Logo abaixo dos olhos existe uma área com mesma coloração da garganta. Entre essa região e o colar nucal, existe uma faixa negra ligada ao alto da cabeça. Todas as plumagens compartilham em comum a cauda negra, com 4 listras brancas, muito separadas entre si. As pernas são longas e amarelas. A pele nua das narinas possuí colorações verdes e é conectada à pele nua e proeminente ao redor dos olhos.
    Distribuição Geográfica: Ocorre desde o México a toda a América do Sul.
    Habitat: Ave florestal, habita o interior da mata, pouco visto nas bordas. É mais frequente ser escutado do que observado.
    Hábitos Alimentares: Animal carnívoro, se alimenta de outras aves, pequenos mamíferos, cobras e lagartos.
    Reprodução: Depositam de dois a três ovos, onde incubam por cerca de 46 dias. Geralmente os ninhos são construídos dentro de cavidades como árvores ocas, com múltiplas entradas, em alturas entre 12 e 20 m do nível do solo. A fêmea é territorialistas, protegendo o ninho e seus arredores, impedindo a aproximação de outras aves ou primatas. Os filhotes deixam o ninho com cerca de 48 dias.

  • Ferro-velho (Euphonia pectoralis)
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    Ferro-velho

    Euphonia pectoralis (Latham, 1801)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Fringillidae

    Descrição: Possui cerca de 11 cm de comprimento e pesa até 17 g. O ferro-velho apresenta dimorfismo sexual com plumagens bastante chamativas, o macho possui as regiões superiores, garganta e peito em tons de azul-metálico, com barriga castanha. Por sua vez, a fêmea apresenta tons oliváceos na regiões superiores e cinzentos nas inferiores.
    Distribuição geográfica: Distribui-se na Argentina, Paraguai e Brasil. Em território brasileiro possui registros desde a região Nordeste até o Rio Grande do Sul, sendo bastante abundante nas regiões Sul e Sudeste.
    Habitat: Frequenta tanto o interior quanto as bordas de florestas.
    Hábitos alimentares: Frutos e insetos.
    Reprodução: Constrói o ninho em formato esférico em penachos de coqueiros, ou folhas de árvores. Depositam até cinco ovos por ninhada podendo ter até três ninhadas por temporada. Os pais incubam seus filhotes por cerca de 15 dias, após esse período os ovos eclodem e os filhotes nascem. Os jovens ficam aptos para reproduzir com cerca de 12 meses de vida

  • Flamingo (Phoenicopterus ruber)
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    Flamingo

    Phoenicopterus ruber (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Phoenicopteriforme
    Família: Phoenicopteridae

    Descrição: Mede cerca de 1 m de comprimento e 90cm de altura. As asas são grandes, a cauda é curta, as pernas e o pescoço são longos, a coloração de sua plumagem é vermelho-rosada, enquanto as pernas e os pés são vermelhos. A plumagem do indivíduo imatura é acinzentada.
    Distribuição Geográfica: Desde o Estados Unidos até o estuário do Rio Amazonas, no estado do Amapá.
    Habitat: Habita lagoas salobras rasas sem vegetação, próximas ao mar.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de plâncton, algas, insetos, larvas, crustáceos e pequenos moluscos. A coloração avermelhada de suas plumas deve-se à ingestão de alimentos ricos em carotenóides.
    Reprodução: Deposita apenas um ovo em um ninho construído de lama. Onde este eclode após 28 dias de incubação. O filhote só atinge a maturidade com três anos de idade.
    Período de Vida: Cerca de 40 anos.
     

  • Frango-d’aguá-azul (Porphyrio martinicus)
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    Frango-d’aguá-azul

     Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766)

    Ordem: Gluiformes

    Família: Rallidae               

    Descrição: Possui em média de 35 cm de comprimento, com envergadura média de 53 cm.        

    Distribuição geográfica: Comum em todo território brasileiro, também é encontrado do sudeste dos Estados Unidos e México até o norte da Argentina.            

    Habitat: Áreas pantanosas, lagos e campos de arroz inundados.          

    Hábitos alimentares: Se alimenta principalmente de materiais de origem vegetal, como folhas, sementes ou flores. Complementam com pequenos vertebrados e, ocasionalmente, ovos e outras aves pequenas.  

    Reprodução: Fazem ninhos terrenos pantanosos, construído com ramos de gramíneas ou de pés de arroz, pouco acima da água. Deposita em média seis ovos.

     

  • Frango-d’água-comum (Gallinula galeata)
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    Frango-d’água-comum

    Gallinula galeata (Lichtenstei, 1818)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Apresenta cerca de 37 cm de comprimento, possuí plumagem em coloração cinza escuro, contendo linhas brancas e largas, abaixo da asa quando fechada. Possuí um grande escudo frontal avermelhado na região da cabeça o qual se une à pele nua e vermelha da base do bico, cujo esse é amarelado.
    Distribuição geográfica:
    Habitat: Lagos com vegetação aquática e margens pantanosas
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se principalmente de materiais vegetais, entretanto pode ingerir invertebrados e pequenos vertebrados.
    Reprodução: Constroem seus ninhos com uma velocidade de aproximadamente 7 dias e são localizados próximos a áreas alagadas. Esta espécie pode tanto cuidar dos seus filhotes como também depositar os ovos em ninhos de outras aves, tornando-as pais adotivos. Costumam depositar até nove ovos a quais são incubados por até 22 dias. Após a eclosão os filhotes permanecem nos ninhos por até dois dias.

  • Gaivota (Larus dominicanus)
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    Gaivota
    Gaivota

    Larus dominicanus (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Laridae

    Descrição: Possuí cerca de 58 cm de comprimento e pode pesar até 1 kg. Quando adulta, essa ave detém a região dorsal e superior das asas em tons negros, já a cabeça e a região inferior das asas são brancas. Por sua vez, o bico é amarelo manchado de vermelho na maxila, seus olhos são claros, e suas pernas são amarelas.
    Distribuição geográfica: Espécie distribuída ao longo das ilhas Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul, Orcadas do Sul e Shetland do Sul, também presente no litoral pacífico da América do Sul, África e Nova Zelândia. Encontrada nas regiões costeiras brasileiras, com registros desde o Pará até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Comum em ambientes costeiros e também sobrevoando mar aberto.
    Hábitos Alimentares: Detém dieta generalista, de tal modo se alimenta de diversas presas, tais como pequenos invertebrados e vertebrados marinhos, ovos de outras aves, e até mesmo restos de animais marinhos mortos.
    Reprodução: Entre março e julho se deslocam até as ilhas onde serão construídos os ninhos a partir de material vegetal (gramíneas) e material animal (penas e ossos). Durante um período de quatro mêses, que ocorre até setembro, depositam até três ovos nos ninhos. Após a eclosão dos ovos, e taxa de desenvolvimento dos filhotes é muito rápida, ficando aptos para voar e deixar o ninho com apenas 30 dias de vida.
     

  • Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipenni)
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    Gaivota-maria-velha

    Chroicocephalus maculipennis (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Laridae

    Descrição: Mede cerca de 53 cm de comprimento. Sua plumagem corporal é predominantemente branca, com exceção da cabeça, que é preta. Seu bico e seus pés são avermelhados.
    Distribuição geográfica: Espécie endêmica da América do Sul, encontrada em países como Uruguai, Brasil e Argentina.
    Habitat: Comumente encontrados próximos a áreas alagadas como rios, lagos e até praias. Também frequenta campos arados e pastagens.
    Hábitos Alimentares: Peixes e insetos (incluindo suas larvas).
    Reprodução: Constrói seu ninho durante o verão, a qual deposita até três ovos que são incubados por cerca de quatro semanas.

     

  • Garça-branca-grande (Ardea alba)
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    Garça-branca-grande
    Garça-branca-grande

    Ardea alba (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Pelecaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Mede cerca de 90 centímetros.
    Distribuição geográfica: No Brasil é encontrada principalmente no Pantanal, costas do sudeste, nordeste, norte e rios de todo o território. Ocorre da América do Norte ao estreito de Magalhães, em todo o Brasil, e também no Velho Mundo.
    Habitat: Beira de rios, lagos e banhados.
    Hábitos alimentares: Peixes, pequenos roedores, anfíbios, répteis e insetos.
    Reprodução: Coloca de 2 a 3 ovos.

  • Garça-branca-pequena (Egretta thula)
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    Garça-branca-pequena

    Egretta thula (Molina, 1782)
    Ordem:  Pelecaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Possuí em média 56 cm de comprimento. Penas brancas, bico e tarso pretos e os pés amarelos.
    Distribuição geográfica: Do sul dos Estados Unidos e das Antilhas a quase toda américa do Sul. Pode ser visto em quase todo o Brasil.
    Habitat: As margens de lagos, pântanos e beira-mar. Também pode ser vista em mangues, estuários e áreas lamacentas.
    Hábitos Alimentares: Peixes, anfíbios, pequenos répteis e artrópodes.
    Reprodução: O ninho é construído pelo casal, acima das árvores do qual faz uma plataforma com galhos. Durante o período de reprodução, se formam grandes ninhais. Geralmente os ninhos estão perto da água, possuindo de três a sete ovos azul-esverdeado.

     

  • Garça-moura (Ardea cocoi)
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    Garça-moura

    Ardea cocoi (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Pelecaniformes  
    Família: Ardeidae

    Descrição:  Possuí envergadura de 180 cm, altura de 125 cm pesando cerca de 3,2 kg. Ave cinzenta com pescoço branco, detalhes pretos na parte superior da cabeça e na parte inferior do corpo, bico amarelo e pernas pretas. Seu voo é solitário batendo as asas lentamente, característico da espécie.
    Distribuição geográfica: Ocorre em todo território nacional brasileiro, podendo também ser encontrada no Panamá ao Chile e Argentina e nas Ilhas Malvinas.
    Habitat: Vive em ambiente aquático, de preferência com água parada, como lagos e lagoas cercado por vegetação, porém em contra partida também pode ser avistada em praias. Geralmente vive solitária fora da estação reprodutiva.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de peixes, anfíbios, caranguejos, moluscos e pequenos répteis. Devido seu tamanho, tem aptidão para capturar presas em uma profundidade maior ao comparada com outras espécies brasileiras.
    Reprodução:  Durante o período reprodutivo, são encontradas em ninhais, construindo seu ninho na parte superior de árvores, geralmente põem 3 ovos e são chocados pelo casal, que também compartilha outras atividades relacionadas à criação das gerações futuras.

  • Garibaldi (Chrysomus ruficapillus)
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    Garibaldi

    Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: Mede cerca de 18 cm de comprimento pesando até 42 g. O macho possuí plumagem predominantemente preta com tons vermelhos na coroa, pescoço e ventre. Enquanto a fêmea possuí plumagem em tons pardos com amarelo.
    Distribuição geográfica: Ocorre em todo território brasileiro, com exceção da região amazônica.
    Habitat: Vivem próximos a áreas alagadas, como brejos e banhados.
    Hábitos alimentares: Frutas, grãos, sementes e pequenos artrópodes.
    Reprodução: Seu ninho é construído em forma de tigela utilizando folhas secas, se localiza em meio a taboais, e nele são depositados até três ovos.

  • Gaturamo-rei (Euphonia cyanocephala)
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    Gaturamo-rei

    Euphonia cyanocephala (Vieillot, 1818)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Fringillidae

    Descrição: Possui cerca de 11 cm de comprimento. O gaturamo-rei apresenta dimorfismo sexual com plumagens bastante chamativas, o macho apresenta a garganta e dorso em tons negros com ventre amarelo, por sua vez a fêmea é quase toda verde, com exceção de um boné azul na região da cabeça.
    Distribuição geográfica: Distribui-se na região Oeste da América do Sul. Em território brasileiro, encontra-se desde a região Nordeste até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta ambientes abertos, como campos e bordas de florestas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de frutos e insetos.
    Reprodução: Constrói seu ninho utilizando materiais de origem vegetal (fibras e musgos).

  • Gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea)
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    Gaturamo-verdadeiro

    Euphonia violacea (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Fringillidae

    Descrição: Possui cerca de 11,5 cm de comprimento e pesa até 15 g. O gaturamo-verdadeiro apresenta dimorfismo sexual com plumagens bastante chamativas, o macho possui as regiões superiores em tons de azul-metálico, testa e regiões inferiores com tons amarelos. Por sua vez, a fêmea apresenta tons verde-oliváceos na regiões superiores e amarelo-oliváceos nas inferiores.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em países como Guianas, Venezuela, Paraguai, Argentina e Brasil.
    Habitat: Frequenta ambientes naturais tais como interior e bordas de florestas, e ambientes antropizados, como jardins e plantações agrícolas.
    Hábitos alimentares: Se alimenta principalmente de frutos, podendo complementar sua alimentação com insetos.
    Reprodução: Constrói seu ninho em um buraco no tronco de alguma árvore. Em média deposita até quatro ovos por ninhada, tendo até três ninhadas por temporada. Os ovos são incubados pela fêmea em um período de até 15 dias, após esse período os ovos eclodem e os filhotes nascem.

  • Gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis)
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    Gavião-caramujeiro

    Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae

    Descrição: Mede em média 44 cm de comprimento. O macho pesa média de 340 g e a fêmea, pesa cerca de 400 g. Sua envergadura varia entre 99 e 115 cm. A plumagem do macho é predominante na coloração cinza azulado escuro, enquanto da fêmea é marrom escura.
    Distribuição Geográfica: Encontrado dos Estados Unidos (Flórida) e México até a Argentina e Uruguai.
    Habitat: Vive em grupos em brejos, lagoas e pastos alagados. Movimentos migratório
    Hábitos Alimentares: Se alimenta quase exclusivamente de grandes caramujos aquáticos chamados aruás.
    Reprodução: Seus ninhos são feitos em plataformas frágeis em arbustos ou árvores sobre a água, localizados entre um e quatro metros de altura, chamados de colônias.
     

  • Gavião-Carijó (Rupornis magnirostris)
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    Gavião-Carijó

    Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae

    Descrição:  Geralmente a fêmea é maior e mais pesada que o macho, podendo chegar até 36 cm de comprimento e 300 g. Possuí a ponta do bico escura com a base amarelada, sua cabeça e parte superior das asas possuí coloração variante em tons de marrom, tornando-se cinza a medida em que a ave amadurece.
    Distribuição Geográfica: É uma das espécies mais comuns do Brasil, também vivendo no México até a Argentina.
    Habitat: Adapta-se em regiões urbanizadas.
    Hábitos Alimentares: Consome desde insetos até aves e lagartos..
    Reprodução: Vivem em casais que constroem ninho com gravetos e folhas com cerca de meio diâmetro, normalmente no topo de uma arvore grande. 

  • Gavião-carrapateiro (Milvago chimachima)
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    Gavião-carrapateiro

    Milvago chimachima (Vieillot, 1816)
    Ordem: Falconiformes
    Família: Falconidae

    Descrição: Mede cerca de 41 cm de comprimento, os machos pesam em média 300 g enquanto as fêmeas possuem média de 337 g. Pode atingir 74 cm de envergadura. A cabeça e corpo são branco-amarelados, as costas são marrom-escuro, possuí asas longas e marrons com manchas brancas. A cauda é longa com coloração marrom escura.
    Distribuição Geográfica: Desde a América Central, até América do Sul, ocorre em todo o território brasileiro.
    Habitat: Frequentemente encontrado em fazendas de gado, retirando carrapatos destes. Também é encontrado removendo carrapatos de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris). Habita pastagens, campos com árvores esparsas, vizinhanças de cidades e margens de rodovias.
    Hábitos Alimentares: Os carrapatos são seu principal alimento, na ausência destes, alimenta-se de lagartas e cupins, frutas, saqueia ninhos e outras opções, alimentando-se até mesmo de carniça.
    Reprodução: Constrói ninhos, de ramos secos em árvores. Colocam de 5 a 7 ovos. A fêmea cuida da incubação por cerca de 22 dias, enquanto o macho saí para obter alimentos. Após os ovos eclodirem o macho continua alimentando a família.

  • Gavião-chimango (Milvago chimango)
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    Gavião-chimango

    Milvago chimango (Vieillot, 1816)
    Ordem: Falconiformes
    Família: Falconidae

    Descrição: Mede cerca de 40 cm de comprimento e pesa cerca de 295 gr, sendo que as fêmeas são em média mais pesadas que os machos. Sua envergadura pode chegar a 99 cm de comprimento. É uma ave com coloração parda com a cabeça e partes inferiores providas de desenho claro. As penas superiores da cauda e algumas áreas das asas são brancas.
    Distribuição Geográfica: Ocorre da Terra do Fogo, ao Paraguai, Região sul e sudeste do Brasil.
    Habitat: Costuma frequentar áreas abertas como regiões campestres, campos de cultura, beira do mar e praias. Vive em bandos e beneficia-se pela expansão de áreas agropecuárias
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se preferencialmente de carniça, também pode atacar animais feridos ou doentes, incluindo ovelhas e cavalos. Em geral, possuí capacidade de se adaptar a diversos tipos de alimentos, como parasitas do gado, ovos de tartaruga, entre outros.
    Reprodução: Tanto o macho quanto a fêmea participam da construção do ninho, localizado de preferência sobre a vegetação, entretanto também podem ocupar ninhos construídos por outras aves. Geralmente depositam 2 ou 3 ovos, entretanto podem depositar até 5, com um período de incubação de cerca de 26 a 27 dias. Após os ovos eclodirem, os filhotes tendem a deixar o ninho com 5 semanas de vida. O cuidado parental é constante, uma vez que os pais dividem todas as funções, desde a construção do ninho a até mesmo a alimentação do filhote.

  • Gavião-de-cabeça-cinza (Leptodon cayanensis)
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    Gavião-de-cabeça-cinza

    Leptodon cayanensis (Latham, 1790)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae

    Descrição: Mede cerca de 50 cm de comprimento. O macho possuí média de 435 g enquanto a fêmea possuí média de 445 g. Sua envergadura varia em torno de 100 cm de comprimento.
    A cabeça cinza destaca-se, a barriga e peito são brancos, enquanto as costas são negras. A cauda, negra, possui três faixas brancas. As asas, são negras, com as penas listradas de cinza claro O juvenil difere do adulto, possuí o alto da cabeça escuro, com a cabeça, pescoço e barriga brancos. O dorso, é negro, porém não é uniforme e possui áreas mais claras. A pele nua ao redor das narinas, da cara e as pernas são amarelas.
    Distribuição Geográfica: Possui distribuição neotropical, sendo encontrado do México até o Paraguai e norte da Argentina. Em território brasileiro, encontra-se em áreas florestadas.
    Habitat: Florestas e matas abertas, matas ribeirinhas, mata seca e cerradões. Voa por dentro da mata, e em grandes alturas. Embora seja grande, movimenta-se facilmente pela vegetação sendo difícil localizá-lo.
    Hábitos Alimentares: Ave carnívora, alimenta-se de artrópodes, pequenos vertebrados e ovos de aves. Possuí capacidade de capturar com agilidade insetos em voo, até cobras e pequenos lagartos.
    Reprodução: O ninho é constituído com ramos em árvores. Botam 1 ou 2 ovos brancos manchados de marrom, ambos os pais participam da incubação. O cuidado parental é presente, e ambos os adultos levam alimento aos filhotes. Em média construção do ninho começa em setembro, incubação em outubro e os jovens ficaram totalmente emplumados em novembro/dezembro do mesmo ano.

  • Gavião-de-cauda-curta (Buteo brachyurus)
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    Gavião-de-cauda-curta

    Buteo brachyurus (Vieillot, 1816)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae

    Descrição: Possuem em média 40 cm de comprimento sendo que as fêmeas são maiores que os machos. Sua envergadura chega até 103 cm e pesam entre 450 e 530 g. Os adultos têm duas formas de plumagem, uma é clara e a outra é escura, quase preta.
    Distribuição geográfica: Esta espécie é encontrada do sul dos Estados Unidos e México até o Paraguai e Argentina. Realçando que também é encontrada em todo território brasileiro. 
    Habitat: Bordas de florestas e centros urbanos arborizados.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se especialmente de pássaros, porém também pode ingerir invertebrados e pequenos vertebrados como répteis e anfíbios.
    Reprodução: Constroem os ninhos em árvores altas, que vão de 12 a 30 m de altura. A fêmea deposita dois ovos, porém na maioria dos casos, apenas um ovo eclode após um período de até 39 dias de incubação. Após a eclosão os filhotes permanecem no ninho por até 37 dias, onde são sustentados pelo pai.

     

  • Gavião-miudinho (Accipiter superciliosus)
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    Gavião-miudinho

    Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Accipitriformes
    Família:  Accipitridae (Vigors, 1824)

    Descrição: Mede de 24 a 27 cm de comprimento e peso médio de 75 g (macho) e 115-134 g (fêmea).
    Distribuição geográfica: Neotropical, ocorre desde a América Central até o norte da Argentina, incluindo grande parte do Brasil.
    Habitat: Habita o estrato médio de florestas primárias e secundárias, mas é observado sobrevoando clareiras e plantações. Tem comportamento solitário, mas os casais podem permanecer juntos durante o ano todo. Devido ao pequeno tamanho, hábitos estritamente florestais e comportamento tímido, evadindo-se rapidamente entre a vegetação, conta escassos e pontuais registros no país, sugerindo ser um gavião raro ou subamostrado.
    Hábitos Alimentares: Caça pequenas aves, como pica-paus (Piculus), beija-flores (Trochilidae) e chocas (Thamnophilidae). Em menor frequência caça insetos, roedores e pequenos lagartos. Sua estratégia de caça principal consiste em aguardar a presa a partir de um poleiro, oculto no meio da vegetação, lançando-se rapidamente em perseguição.
    Reprodução: Coloca de 1 a 3 ovos.

  • Gavião-miúdo (Accipiter striatus)
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    Gavião-miúdo

    Accipiter striatus (Vieillot,1808)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae (Vigors, 1824)              

    Descrição: Ave de rapina de pequeno porte, medindo entre 24 e 35 cm de comprimento e pesando de 145 a 215 g.
    Distribuição geográfica: Encontrado da América do Norte até a Argentina.
    Habitat: Florestas e até na beira de matos, pode ser encontrada em altitudes médias e grandes, de 300 a 3.000 metros, e até mesmo a nível do mar.
    Hábitos alimentares: Aves menores, mas também não hesita ao capturar presas maiores. Seus métodos de caça são diversos; o mais comum deles é se esconder entre as folhagens e ramos de árvores e arbustos. O gavião-miúdo também captura suas presas durante o voo.
    Reprodução: A nidificação ocorre no alto das árvores, geralmente em uma grande conífera. As fêmeas botam de 2 a 5 ovos durante o período de reprodução, a incubação dura de 30 a 35 dias e é feita tanto pelo macho quanto pela fêmea. Após a eclosão dos ovos, os filhotes ficam sob o cuidado da mãe de 16 a 23 dias, essa dependência dos recém-nascidos se estende por até quatro semanas.

  • Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus)
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    Gavião-pega-macaco

    Spizaetus tyrannus (Wied, 1820)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae

    Descrição: Mede cerca de 62 cm de altura. Pesando entre 900 g (peso médio do espécime masculino) e 1,1 kg (peso médio do espécime feminino).
    Distribuição Geográfica: Encontrados desde o sul do México à América do Sul.
    Habitat: É uma espécie rapineira florestal e habita áreas extensas.
    Hábitos Alimentares: Ave carnívora, alimenta-se de mamíferos, aves e repteis.
    Reprodução: Fazem ninhos no alto das árvores com gravetos. A fêmea deposita dois ovos a quais eclodem após 40 dias.
     

  • Gavião-peneira (Elanus leucurus)
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    Gavião-peneira

    Elanus leucurus (Vieillot, 1818)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae

    Descrição: Mede cerca de 38 cm de comprimento e pode pesar até 375 g. Sua envergadura varia em torno de 88 e 102 cm. Tem asas e cauda longas e sua plumagem varia em tons de branco, preto e cinza. Seus olhos são vermelhos, circundados por uma orbita negra. O bico é curto, negro. O indivíduo imaturo não apresenta olhos avermelhados, e possuí uma coloração mais castanha em sua plumagem corporal.
    Distribuição geográfica: Desde a América do Norte até a Argentina e o Chile. Também pode ser encontrado em todo território brasileiro.
    Habitat: Campos com árvores ou áreas florestadas, permeadas de vegetação aberta.
    Hábitos Alimentares: Pequenos roedores, lagartos, aves e insetos.
    Reprodução: Os casais costumam nidificar sozinhos, utilizando ninhos abandonados de outras espécies de aves a quais são localizados no topo de grandes arvores. A fêmea deposita até cinco ovos a quais são incubados em um período de 32 dias. O macho é o responsável pela alimentação dos filhotes. Com tudo, após 45 dias de nascimento, os filhotes aprendem a voar e podem deixar o ninho.

  • Gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus)
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    Gavião-pombo-pequeno

    Amadonastur lacernulatus (Temminck, 1827)
    Ordem: Accipitriformes
    Família: Accipitridae

    Descrição: Mede de 43 a 52 cm de comprimento, suas penas são cinza escuro, quase preto nas costas e nas asas. A cabeça, pescoço, peito e abdômen são brancos, a cauda é branca e curta possuí base estreita.
    Distribuição geográfica: Ocorre apenas na Mata Atlântica, do sul da Bahia a Santa Catarina, Principalmente na Serra do Mar.
    Habitat: É uma espécie endêmica da Mata Atlântica, que habita a costa do Brasil, especialmente florestas densas de coníferas, do nível do mar a 900 m, com recorde acima dos 2800 m acima do nível do mar em MG. Existem registros em parques em áreas urbanas, como São Paulo, SP e Blumenau, SC.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de répteis, pequenos mamíferos e pássaros.
    Reprodução: Ao procriar, faz seu ninho com galhos secos no alto das árvores.

  • Gavião-tesoura (Elanoides forficatus)
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    Gavião-tesoura

    Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Accipitriforme
    Família: Accipitridae (Vigors, 1824)

    Descrição: Mede entre 52 cm e 66 cm, as fêmeas são maiores que os machos. O peso máximo nos machos é de 407 g e nas fêmeas de 435 g. São facilmente identificados pela cauda escura terminada em “v”. Entre as aves de rapina é uma das mais sociáveis, vivem em pequenos grupos que podem chegar até 30 indivíduos. No ar é muito ágil.
    Distribuição geográfica: Ocorre em todo o Brasil. Existem duas populações de gavião-tesoura, uma que se reproduz no sul do Brasil e a outra, ameaçada de extinção, na América Central e sul dos EUA. Ambas passam o inverno na floresta amazônica.
    Habitat: Ocorre em florestas, bordas de matas e campos. Entre abril a julho estão no Norte do País. No final de julho e início de agosto, migram para o Sul e Sudeste do Brasil.
    Hábitos Alimentares: Pequenos répteis e invertebrados que captura e come em voo. Ambos os pais alimentam e cuidam dos filhotes.
    Reprodução: Vive em bandos de 5 a 10 indivíduos costumam ficar juntos por toda a vida. O macho oferece alimento à fêmea durante a corte e se reproduz em colônias, onde forma dormitórios coletivos. Nidifica no alto das árvores e constrói o ninho com gravetos, musgos e ramos. Para proteger o ninho eles se juntam e dão um mergulho rápido seguido de vocalização. Botam de 2 a 3 ovos que são incubados entre 24 e 28 dias, em conjunto pelo casal (que também se responsabiliza pela alimentação e cuidado aos filhotes). As crias costumam deixar o ninho com 6 ou 7 semanas, mas continuam perto dos pais por um longo tempo.

  • Golinho (Sporophila albogularis)
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    Golinho

    Sporophila albogularis (Spix, 1825)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Ave de pequeno porte, possuí cerca de 10 cm de comprimento. A coloração de sua plumagem varia em tons de cinza, preto e branco. Seu bico é alaranjado e seus pés são negros.
    Distribuição geográfica: Espécie endêmica brasileira, encontrada em quase todo o território nacional, com exceção apenas das regiões Sul e Amazônica.
    Habitat: Comumente encontrado sobre a vegetação arbustiva.
    Hábitos alimentares: Ave granívora.
    Reprodução: Depositam até três ovos por ninhada, por sua vez podem realizar até quatro ninhadas por temporada. Os ovos eclodem após 13 dias de incubação.

  • Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus)
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    Gralha-azul

    Cyanocorax caeruleus (Vieillot,1818)
    Ordem: Passeriformes 
    Família: Corvidae

    Descrição: Mede cerca de 40 cm de comprimento, as fêmeas normalmente sao menores, não há dimorfismo sexual. Em sua plumagem predomina a cor azul brilhante, salvo a cabeça, a parte frontal do pescoço e a superior do peito com coloração preta. É característico da espécie a vivência em grandes bandos, onde os indivíduos defendem-se uns aos outros. Formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados. Esta organização social baseada em bandos familiares, permite que os filhotes da ninhada anterior fiquem com os pais, auxiliando na criação dos novos filhotes.
    Distribuição geográfica: No Brasil, desde o sul do Estado do Rio de Janeiro até o Estado do Rio Grande do Sul. Encontramos também no leste do Paraguai e nordeste da Argentina.
    Habitat: Seu habitat natural é a floresta de araucárias do sul do Brasil, mas, para conseguir suprir a escassez de alimento, a ave se distribuiu para a mata atlântica da serra do mar também. Ela prefere as bordas de florestas e capoeiras arbóreas, principalmente em pinheirais. Também está presente nas planícies litorâneas.
    Hábitos Alimentares:  Insetos, anfíbios, lagartos, ovos e filhotes de outras aves, frutos, pinhão, bagas, restos de alimentos humanos, como pão, biscoito e arroz. É de grande importância para dispersão de sementes de Araucária, onde possuí hábitos de enterrar o pinhão com finalidade de guarda-lo, propiciando o crescimento de novas árvores.
    Reprodução: O período reprodutivo, se inicia em outubro e vai até março, todos os indivíduos colaboram na construção dos ninhos, estes são feitos no alto das árvores. O ninho é confeccionado de gravetos, fica com cerca de 50 cm de diâmetro e tem a forma de xícara. A uma postura de ovos por ano e geração de três a cinco ovos de cor azul com branco.
    Período de vida: 12 a 15 anos.

  • Gralha-picaça (Cyanocorax chrysops)
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    Gralha-picaça

    Cyanocorax chrysops (Vieillot, 1818)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Corvidae

    Descrição: Possui cerca de 35 cm de comprimento e média de 270 g de peso corporal.  O pescoço anterior e a garganta são negros; já o peito, a barriga e a ponta da cauda possuem coloração esbranquiçada. No alto da cabeça, penas negras formam uma almofada de pelúcia, bem característica na espécie.
    Distribuição geográfica: No Brasil, ocorre nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul. Também é encontrada na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
    Habitat: Presente em matas de araucárias, subtropicais, de galeria e cerradões, Mata Atlântica Montana, pinheirais e eucaliptais. Têm preferência por locais altos da floresta. Raramente descem ao chão (exceto quando derrubam um alimento, que buscam prontamente) pois tem uma excelente visão.
    Hábitos alimentares: Consome pinhões, usa os dedos para segurar o pinhão, enfia o bico pontiagudo fechado numa fenda, que forçam abrindo as mandíbulas e estouram a casca. Complementa sua alimentação com insetos, frutos e, até mesmo, ovos de outras aves.
    Reprodução: Põe de 6 a 7 ovos grandes, de cor azul-celeste com detalhes brancos. Na época reprodutiva deixa os bandos, geralmente de 10 a 20 indivíduos, para viver a 2. O ninho é feito em árvores altas e espinhentas, para evitar predadores.

  • Graúna (Gnorimopsar chopi)
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    Graúna

    Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: Mede cerca de 23 cm de comprimento e pode pesar até 90,3 g. É uma ave com coloração negra em quase todas as regiões do seu corpo. Filhotes e jovens não possuem penas ao redor dos olhos.
    Distribuição geográfica: Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai e em território brasileiro, só não é encontrado na região amazônica.
    Habitat: Áreas agrícolas, buritizais, pinheirais, pastagens e áreas pantanosas, plantações com árvores isoladas, mortas, remanescentes da mata
    Hábitos Alimentares: Frutos, sementes e invertebrados como aranhas e insetos.
    Reprodução: Atinge a maturidade sexual aos 18 meses. Faz ninho em árvores ocas, troncos de palmeiras, podendo também ocupar ninhos de pica-pau e joão-de-barro. Podem realizar três ninhadas por temporada, depositando cerca de 4 ovos a quais são incubados por cerca de 14 dias. Os filhotes permanecem no ninho até os 18 dias de vida.

  • Guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster)
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    Guaracava-de-barriga-amarela

    Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Tyrannidae

    Descrição: Possuí em média 16 cm de comprimento. Contém faixas brancas na asa. Sua cabeça é acinzentada onde detém um anel esbranquiçado em torno dos olhos. Possuí a garganta branca com um tom acinzentado nos lados e no peito. Sua barriga é amarelada.
    Distribuição geográfica: Desde o México a Argentina. É encontrado em todo o território brasileiro.
    Habitat: Passa a maior parte do tempo nas copas das árvores, e é levemente adaptado ao meio urbano. Onde reside em árvores localizadas próximas a ruas movimentadas.
    Hábitos Alimentares: Frutos e Insetos.
    Reprodução: Se reproduz entre julho e novembro. Costuma construir o ninho em formato de tigela com fibras vegetais e raízes finas, comumente fixado a um galho. No ninho a fêmea depositada cerca de dois ovos onde são incubados por cerca de 16 dias. Após o nascimento, a plumagem dos filhotes só vem a se desenvolver depois de 16 dias.

  • Guaxe (Cacicus haemorrhous)
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    Guaxe

    Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes 
    Família: Icteridae

    Descrição: O comprimento médio do macho é de 28 cm enquanto a fêmea possuí 23 cm. É predominantemente preto, com bico pontudo de coloração amarela, possuí olhos azuis. O imaturo tem cor de fuligem. A voz é rouca, misturada com assovios o canto é bem barulhento.
    Distribuição geográfica: No brasil está localizado de Pernambuco ao Rio grande do Sul, avançando para pequenas regiões de Goiás e Mato Grosso do Sul. Totalizando toda a Amazônia, aparece também nos países que compõem a região amazônica. Também na Argentina e Paraguai.
    Habitat: Periferia de florestas úmidas, matas de galeria, capoeiras e florestas de mata mais seca.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de insetos e outros artrópodes, além de frutas.
    Reprodução: O ninho é construído pela fêmea, em forma de saco, pendurado em um galho, geralmente próximo ao corpo d’água. Pode levar 3 anos para atingir a maturidade sexual. Normalmente ocorrem duas posturas por ano e no máximo 3 ovos brancos pintados em vermelho e roxo. Para confundir o predador, ele pode construir mais de um ninho, porém apenas um é usado.

  • Inhambuguaçu (Crypturellus obsoletus)
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    Inhambuguaçu

    Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815)
    Ordem: Tinamiformes
    Família: Tinamidae

    Descrição: Possui cerca de 30 cm de comprimento, sendo que as fêmeas são levemente maiores que os machos. Essa ave contem plumagem em tons escuros, sendo que a plumagem das fêmeas é levemente avermelhada.
    Distribuição geográfica: Encontra-se na América do Sul, inclusive no Brasil. Em território brasileiro, o Inhambuguaçu se distribui desde a Bahia até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Endêmico de Mata Atlântica, costuma forragear sobre o solo na mata primária nos trechos de vegetação densa e sub-bosque, e em matas secundárias.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de insetos como as formigas, e também de sementes.
    Reprodução: Seu período reprodutivo ocorre de agosto a setembro. O Inhambuguaçu escava um buraco no solo e o tapa com material de origem vegetal (folhas secas), sendo esse denominado seu ninho. Deposita até três ovos que são incubados pelo macho por cerca de 19 dias. Após a eclosão o macho é responsável pela criação dos filhotes.

  • Iraúna-grande (Molothrus oryzivorus)
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    Iraúna-grande

    Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: O macho costuma ser pouco maior que a fêmea, mede cerca de  36 cm de comprimento, enquanto a fêmea possuí média de 32 cm, pesam em média 153 gramas. Possuí dimorfismo sexual na região do pescoço, onde apenas o macho apresenta um prolongamento das penas.
    Distribuição Geográfica: Ocorre desde o México, a toda América do Sul.
    Habitat: Frequenta áreas com campos e pastos, relacionados a bovinos, suínos e equinos, donde retira carrapatos. Descansa em praias e rochas nos rios ou em árvores altas isoladas. Vive sozinha ou em pequenos bandos.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de grãos e pequenos invertebrados. Retira carrapatos de bovinos, suínos, equinos e capivaras.
    Reprodução: Não constrói ninho, costuma ocupar ninhos de outras espécies, como japus (Psarocolius decumanus) e japiins (Cacicus cela). Possuí em média 2 ninhadas por estação, onde deposita 2 ovos em cada uma.

  • Irerê (Dendrocygna viduata)
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    Irerê

    Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Anseriformes
    Família: Anatidae, Leach, 1820

    Descrição: Espécie de médio a grande porte, com cerca de 440 mm de comprimento. Macho e fêmea são semelhantes, possuindo flancos listrados, asas pretas e bicos e pés cinza-escuro; quando adultos, possuem uma máscara branca. Para escapar de um possível predador, defendem-se mergulhando, sobretudo quando a água está crispada pelo vento; assim os predadores não conseguem ver onde as aves afloram para respirar. Espécie crepuscular e aquática. É sociável, podendo ocorrer em grandes concentrações.
    Distribuição geográfica: Da Argentina até a América Central, e curiosamente também ocorre na África Ocidental. Chega a formar bandos de várias dezenas de indivíduos, principalmente durante as migrações sazonais que realiza no sul do país.
    Habitat: Beira de lagoas, campos inundáveis, brejos e pântanos.
    Hábitos Alimentares: Herbívora, alimentando-se de plantas submersas gramíneas.
    Reprodução: Deposita seus ovos em ninho construído no chão, em pequenas moitas de capim. A fêmea bota de 8 a 14 ovos, sendo que o macho pode ajudar a chocar. Ambos cuidam dos filhotes.

  • Jaçanã (Jacana jacana)
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    Jaçanã

    Jacana jacana (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Jacanidae

    Descrição: Possui cerca de 23 cm de comprimento. Sua plumagem é predominantemente negra, com tons castanhos nas asas e regiões inferiores. Seu bico é comprido e amarelado, além disso apresenta escudo frontal vermelho. Seus pés e suas unhas são bastante grandes ao comparados com seu tamanho corporal.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo do continente americano. Apresenta registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Frequenta ambientes alagados, como margens de rios e brejos.
    Hábitos Alimentares: Costuma forragear no substrato, vegetação rasteira e vegetação aquática flutuante, alimentando-se de pequenos invertebrados. Também pode se alimentar de matérias de origem vegetal, como sementes.
    Reprodução: Esta ave costuma construir seus ninhos sobre vegetações aquáticas flutuantes. A fêmea deposita até quatro ovos, a quais serão incubados pelo macho em um período de 28 dias. O macho também é responsável pela criação dos juvenis após a eclosão dos ovos.

  • Jacuaçu (Penelope obscura)
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    Jacuaçu

    Penelope obscura (Temminck, 1815)
    Ordem: Galliformes
    Família: Cracidae

    Descrição: É uma ave grande, possuí em média 71 cm de comprimento, e pesa até 1,2 kg. Sua plumagem corporal é escura, com coloração verde-bronze, entretanto possuí estrias brancas ao longo do corpo. Seus pés são pretos.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai,
    Habitat: Costumam viver em bandos de 6 a 10 indivíduos, em matas subtropicais, matas de araucária, matas primárias e secundárias, plantações e bordas de matas.
    Hábitos Alimentares: Predominantemente frugívoro, todavia também se alimenta de folhas, brotos, grãos e pequenos invertebrados.
    Reprodução: O casal constrói o ninho em diversos locais, como cipoais, alto de árvores, ramos sobre a água ou em troncos caídos, podendo inclusive reutilizar ninhos deixados por outras aves. Depositam em média três ovos por ninhada, são grande e brancos, e eclodem após um período de 28 dias de incubação.
     

  • Jacupemba (Penelope superciliaris)
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    Jacupemba

    Penelope superciliaris (Temminck, 1815)
    Ordem: Galliformes
    Família: Cracidae

    Descrição: Mede cerca de 55 cm de comprimento e pesa 850 gr. Possuí barbela nua e vermelha, tal característica é mais visível no macho, a plumagem é escura, e as asas possuem bordas ferrugíneas.
    Distribuição Geográfica: Ocorre em quase todo território nacional brasileiro, sendo encontrado também no Paraguai.
    Habitat: Habita a copa e o estrato médio nas bordas de florestas densas, capoeiras, caatingas e beiras de rios e lagos.
    Hábitos Alimentares: Predominantemente frugívoro, também pode se alimentar de flores, folhas e brotos.
    Reprodução: Constrói seus ninhos em cipoais, alto de árvores, em ramos ou galhos sobre a água. Seus ovos são de coloração branca, e levam cerca de um mês para eclodirem.

  • Jacutinga (Aburria jacutinga)
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    Jacutinga

    Aburria jacutinga (Spix, 1825)
    Ordem: Galliformes
    Família: Cracidae

    Descrição: Mede entre 64 e 74 cm de comprimento.
    Distribuição geográfica: Em território brasileiro, seus registros são predominantes nos estados de Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Pode também ser encontradas em países vizinhos, como Argentina e Paraguai.
    Habitat: Florestas primárias úmidas densas, áreas montanhosas até 900 metros.
    Hábitos alimentares: Principalmente polpa de frutos carnosos. também costuma ingerir pequenos invertebrados, botões florais e sementes. Costuma forragear no alto das árvores, entretanto pode descer ao solo para coletar frutos caídos ou ciscar.
    Reprodução: Se reproduz durante 6 meses, sendo esses de agosto a janeiro, colocam de 2 a 4 ovos, os quais eclodem em 28 dias. Filhotes, levam cerca de 1 mês para aprender a voar.

  • João-bobo (Nystalus chacuru)
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    João-bobo

    Nystalus chacuru (Vieillot, 1816)
    Ordem: Galbuliformes
    Família: Bucconidae

    Descrição: Mede cerca de 22 cm de comprimento e pesa média 56 gr. A cabeça é maior que o corpo, seus pés são pequenos, ficando quase ocultos no ato de pousar.
    Distribuição geográfica: Ocorre do alto rio ao Rio Grande do Sul, Paraguai, Bolívia e Argentina (Missiones).
    Habitat: Frequenta bordas de florestas, capoeiras, matas de galeria, campos semeados de árvores, cerrado, caatinga e campos de cultura.
    Hábitos Alimentares: Alimentam-se de artrópodes e pequenos vertebrados, como répteis e anfíbios.
    Reprodução: Cava buracos profundos e constrói seu ninho em barrancos ou terrenos planos, onde deposita cerca de três ovos esbranquiçados.

     

  • João-de-barro (Furnarius rufus)
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    João-de-barro

    Furnarius rufus (Gmelin,1788)
    Ordem: Passeriformes    
    Família: Furnariidae

    Descrição: Mede entre 16 e 23 cm e pesa em torno de 31 e 65 g. O marrom predomina sua coloração, com peito e garganta com tons mais claros. Muito inteligente e trabalhador, o casal emite um canto alegre que parece uma risada.
    Distribuição geográfica: Nas regiões centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, assim como nos estados de Goiás, Piauí e Alagoas. Bolívia , Paraguai e Argentina.
    Habitat: Campos, savanas e pastagens, são abundantes em fazendas, cidades, parques e Jardins.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de pequenos artrópodes como cupins, formigas ou iças, inclusive migalhas de pão que encontra pelo chão, por isso é comum encontrá-lo andando no chão à procura de comida.
    Reprodução: O casal constrói o ninho em forma de forno e faz uma vez por ano. Utiliza argila úmida e e fezes (vaca, cavalo, cabrito, ovelha) misturado com palha. As paredes têm de três a quatro cm de espessura. O ninho pesa cerca de quatro kg. A fêmea coloca de três a quatro ovos no mês de setembro. Geralmente vive com casais.
     

  • Juriti-pupu (Leptotila verreauxi)
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    Juriti-pupu

    Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855)
    Ordem: Columbiformes
    Família: Columbidae

    Descrição: Possui cerca de 29 cm de comprimento e pode pesar até 215 g. Apresenta o marrom como coloração principal, tendo o peito em tons claros e a cabeça acinzentada. Em torno dos seus olhos, apresenta uma coloração azulada.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo do continente americano, podendo ser encontrada desde o Estados Unidos até a Argentina. Possui registros em quase todos os estados brasileiros.
    Habitat: Vive árvores em matas preservadas, tendo hábitos constantes de forragear a serapilheira em procura de alimento.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se principalmente de grãos e frutos. Podendo complementar sua alimentação com pequenos invertebrados, como os insetos.
    Reprodução: Constrói seu ninho utilizando materiais de origem vegetal (fibras e gravetos) em altitudes de até 5 m do nível do solo. Onde depositam até dois ovos que serão incubados pelos dois pais por cerca de 14 dias. Após esse período os ovos eclodem e os filhotes nascem.

  • Juruva-verde (Baryphthengus ruficapillus)
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    Juruva-verde

    Baryphthengus ruficapillus (Vieillot, 1818)
    Ordem: Coraciiformes 
    Família: Momotidae

    Descrição: Mede cerca de 12 cm de comprimento, possui a coloração negra entorno dos seus olhos, assim como manchas negras no peito. Seu bico forte é preto. Em sua plumagem variam tons de azul, verde, laranja e cinza.

    Distribuição geográfica: Brasil, Paraguai e Argentina.
    Habitat: Vive em planícies costeiras e montanhas com até 1.200 metros de altura, habita florestas virgens e de bambus, em encostas ou florestas secundárias.
    Hábitos Alimentares: Moluscos, pequenos répteis, muitos insetos e poucos frutos.
    Reprodução: Utiliza buracos de tatu no solo, cava nos formigueiros da saúva e até constrói ninhos nos barrancos da floresta. As fêmeas depositam dois a três ovos brancos por ninhada.

  • Maçarico-grande-de-perna-amarela (Tringa melanoleuca)
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    Maçarico-grande-de-perna-amarela

    Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Scolopacidae

    Descrição: Possui cerca de 30 cm de comprimento. Apresenta longas pernas de coloração amarelada. Seu bico é escuro e bastante longo, sendo maior que a própria cabeça. Sua plumagem é predominantemente preta e branca.
    Distribuição geográfica: Embora apresente registros em todas as regiões brasileiras, esta ave costuma migrar do Norte, vindo do Canadá, país a qual costuma passar a época reprodutiva.
    Habitat: É encontrado com maior frequência em ambientes alagados e áreas litorâneas.
    Hábitos Alimentares: Costuma forragear em água rasa, alimentando-se de pequenos artrópodes, tais como moluscos e crustáceos.
    Reprodução: Em época de reprodução, migra para áreas pantanosas no Canadá. Constrói seu ninho a nível do solo em locais próximos a água. A fêmea deposita até quatro ovos, a quais serão incubados por cerca de 23 dias. Após a eclosão dos ovos, os jovens tendem a deixar o ninho com cerca de 24 horas de vida.

  • Maçarico-pintado (Actitis macularius)
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    Maçarico-pintado

    Actitis macularius (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Charadriiformes 
    Família: Scolopacidae

    Descrição: Mede cerca de 19 cm e pesa até 50 g. Seu bico é preto e suas pernas são amarelo-claras. A plumagem da sobrancelha é branca enquanto das asas é bege. Sua região dorsal é marrom porém seus ombros são brancos
    Distribuição geográfica: Sudeste dos Estados Unidos à Argentina e Brasil.
    Habitat: Próximo a ambientes alagados, como rios, lagos, brejos entre outros.
    Hábitos Alimentares: Pequenos crustáceos, ovos e invertebrados aquáticos.
    Reprodução: O período reprodutivo ocorre entre maio e agosto. O ninho é construído no solo e consiste em ervas daninhas ou caules localizados próximos a fontes de água. Em média, a fêmea pode realizar até cinco ninhadas por ano, onde deposita cerca de quatro ovos que serão incubados por 21 das. Após 18 dias da eclosão dos ovos, os filhotes já se tornam aptos a voar, e se tornam adultos com 1 ano de vida.

     

  • Macuco (Tinamus solitarius)
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    Macuco

    Tinamus solitarius (Vieillot, 1819)
    Ordem: Tinamiformes
    Família: Tinamidae

    Descrição: Pode atingir até 52 cm de comprimento e pesar até 2 kg. As fêmeas possuem porte e peso maior que os machos. Sua coloração é predominantemente acinzentada.
    Distribuição Geográfica: Ocorre em áreas litorâneas de Mata Atlântica no Brasil.
    Habitat: Habita sempre próximo de riachos e áreas acidentadas, grotas pedregosas, locais que dificultam a ação de predadores.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de sementes, bagas, frutas, insetos e vermes.
    Reprodução: O ninho é normalmente localizado entre raízes de grandes árvores ou ao lado de troncos caídos. São depositados de três a cinco ovos, a quais são incubados pelo macho por cerca de 20 dias.

  • Maria-faceira (Syrigma sibilatrix)
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    Maria-faceira

    Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824)
    Ordem: Pelecaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Em sua cabeça é predomina a cor azul-claro, com a coroa e crista acinzentadas, bico rosa com macha azul-violeta na ponta. A penas da garganta, pescoço e partes inferiores é amarelada, enquanto o dorso é cinza-claro.
    Distribuição Geográfica: Ocorre da Venezuela e Colômbia ao Paraguai, Bolívia e Argentina.
    Habitat: Ao fim da tarde, dormem em árvores altas, geralmente em terrenos secos. Ao amanhecer vai em busca de alimentos e permanece quase o dia todo no solo.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de artrópodes e pequenos vertebrados.
    Reprodução: Apesar de passarem boa parte no solo, essas aves constroem seus ninhos em árvores, usam gravetos como material de construção.

     

  • Marreca-caneleira (Dendrocygna bicolor)
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    Marreca-caneleira

    Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816)
    Ordem: Anseriformes
    Família: Anatidae

    Descrição: Mede cerca de 48 cm. Possuí coloração variando em tons de marrom-acanelado. Suas asas são escuras e o bicos e as pernas tem coloração cinza azulada.
    Distribuição geográfica: Encontrada em áreas alagadas no território brasileiro, principalmente no Rio Grande do Sul.
    Habitat: Banhados e regiões alagadas aberta, além de áreas de rizicultura irrigada.
    Hábitos Alimentares: Plantas aquáticas, pequenos artrópodes aquáticos, peixes e girinos.
    Reprodução: Constroem seus ninhos ocos de árvores e sobre a vegetação paludícola. A deposita de oito a 14 ovos a quais são incubados pelo casal por cerca de 30 dias. Após 55 dias da eclosão dos ovos os filhotes já se tornam aptos a voar.

     

  • Marreca-cricri (Anas versicolor)
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    Marreca-cricri

    Anas versicolor (Vieillot, 1816)
    Ordem: Anseriformes
    Família: Anatidae

    Descrição: Mede 40 cm de comprimento e pesa mais ou menos 400 g. Possui penas marrons, e seu bico é azul.
    Distribuição geográfica: Argentina, Uruguai e Paraguai. No Brasil, vive na região sul no verão e no inverno, migra para a região sudeste como o Rio de Janeiro.
    Habitat: Vive em lagoas, banhados e pântanos. Geralmente não ocorre em águas abertas e facilmente passa despercebida.
    Hábitos Alimentares: Alimentam-se de pequenas sementes, folhas, insetos, larvas e crustáceos.
    Reprodução: Vivem em pares ou em grupos. Seu ninho é construído com palha em locais secos próximo a água, coloca em média 10 ovos e os filhotes nascem cerca de 25 dias após a postura.
     

  • Marreca-de-pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis )
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    Marreca-de-pé-vermelho

    Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789)
    Ordem: Anseriformes
    Família: Anatidae

    Descrição:  Espécie com cerca de 40 cm de altura e pesa em média 500 g. A diferença de penas entre macho e fêmea é bem nítida. Os machos tem o bico vermelho e há muitas penas verdes nas asas. As fêmeas possuem, o bico é azulado com manchas brancas no rosto e garganta, mas o fato é que os dois ficam muito bem camuflados na natureza. Outra diferença é a vocalização. O macho faz um assobio agudo, a fêmea grasna. De um modo geral são bem sociais.
    Distribuição geográfica: Há registro em todas as regiões do Brasil. Também ocorre na Guiana e Venezuela até a Argentina.
    Habitat: Vive em pântanos e lagos, lagoas e rios.
    Hábitos Alimentares: Pequenas sementes, folhas, insetos, larvas, pequenos crustáceos e peixes.
    Reprodução: Os ninhos são construídos em aglomerados perto de pântanos. A reprodução geralmente ocorre do final do verão ao início do inverno. A fêmea deposita de 6 a 9 ovos. Os filhotes permanecerão com a mãe até aprenderem a voar. A fêmea puxa as penas do peito para cobrir o ninho e os ovos, quando sai do ninho, ela a cobre com folhas e grama seca, o macho fica perto do ninho para defender o território.

  • Marreca-parda (Anas georgica)
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    Marreca-parda

    Anas georgica (Gmelin, 1789)
    Ordem: Anseriformes   
    Família: Anatidae

    Descrição: Mede 60 cm de comprimento e 550 g de peso. Sua cor é marrom com manchas pretas, com listras brancas e espaçadas no fundo preto e verde na parte inferior da asa, um bico verde amarelo, uma faixa preta no meio e pés cinzentos. Também são acostumas a andar em bandos. Ele lembra a marreca-pardinha (Anas flavirostris) em sua plumagem, mas difere de sua cauda longa, pontiaguda e maior.
    Distribuição geográfica: Ocorre desde a Terra do Fogo ao estado de São Paulo. Também é frquente desde a Cordilheira dos Andes, até a Colômbia. 
    Habitat: Frequenta lagos, açudes e banhados em todo o litoral.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de folhas, pequenos frutos, sementes, crustáceos, moluscos e insetos aquáticos apanhados em águas rasas.
    Reprodução: O ninho é construído no chão, na vegetação próxima a água, é uma plataforma com caules rasos e grama embaixo. As fêmeas depositam de quatro a 10 ovos. Os ovos são creme rosa claro. A incubação dura cerca de 26 dias.
     

  • Marreca-toicinho (Anas bahamensis)
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    Marreca-toicinho

    Anas bahamensis, Linnaeus, 1758
    Ordem: Anseriformes  
    Família: Anatidae

    Descrição: Mede cerca de 38,5 cm. Pesa entre 370 a 500 g e possui um bico preto na parte superior e um fundo vermelho. O topo da cabeça é marrom e a garganta e branca. Possuí manchas marrons com manchas pretas. O dimorfismo sexual é visto no bico, onde a cor vermelha do bico dos machos é mais deslumbrante.
    Distribuição geográfica: No brasil ocorre em grande parte do nordeste, sudeste e sul. O centro-oeste tem muito poucos registros. Ocorre Também das Antilhas ao Chile e Argentina.
    Habitat: Pequenos lagos, manguezais, pântanos e lagoas de água salgada.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta principalmente de folhas e sementes pequenas. Mas também come minhocas, pequenos insetos e larvas encontradas principalmente em lagoas.
    Reprodução: O ninho é feito de grama perto da água. Coloca de seis a nove ovos, que eclodem após 25 dias aproximadamente. Sempre aparecem em pares, são muito fiéis aos seus parceiros e permanecem juntos após o acasalamento, nascimento e crescimento dos filhotes.

     

  • Martim-pescador-grande (Megaceryle torquata)
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    Martim-pescador-grande

    Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Coraciiformes
    Família: Alcedinidae

    Descrição: Mede cerca de 42 cm e pesa em torno de 323 g, seu bico é considerado grande, chegando à 8 cm, podendo possuir matizes encarnadas. Sua garganta e pescoço são brancos. É uma ave com dimorfismo sexual, o macho apresenta o peito e o ventre ferrugíneos, região do crisso branca, e coberteiras inferiores das asas esbranquiçadas. A fêmea por sua vez, apresenta uma faixa branca abaixo do peito, sendo o mesmo cinza azulado, a coloração ferrugínea está presente no crisso e nas coberteiras inferiores das asas.
    Distribuição Geográfica: Ocorre no México, passa pela América Central e por toda América do Sul.
    Habitat: Frequenta ambientes aquáticos como rios, córregos, lagunas, lagoas, açudes, manguezais e orla marítima.
    Hábitos Alimentares: Alimenta principalmente de peixes, entretanto pode também se alimentar de insetos, pequenos répteis, batráquios e caranguejos
    Reprodução: Constroem os ninhos em barrancos ou rochas. Vivem em casais durante a época de reprodução. Depositam de dois a seis ovos, direto ao substrato. O casal reveza durante a incubação. Os ovos eclodem com cerca de 22 dias. Os filhotes nascem nus e cegos e deixam o ninho após 35 dias de idade.

  • Martim-pescador-pequeno (Chloroceryle americana)
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    Martim-pescador-pequeno

    Chloroceryle americana (Gmelin, 1788)
    Ordem: Coraciiformes
    Família: Alcedinidae

    Descrição: Mede cerca de 19 cm de comprimento. Contém plumagem dorsal em tons de verde escuro, a qual diferencia da faixa branca localizada entre o bico e a nuca. Suas asas possuem três linhas brancas. O macho contém as partes inferiores brancas e peito castanho e a fêmea tem peito amarelado ou branco manchado de verde. Seu bico é comprido e adaptado para pesca, o que origina seu nome popular.
    Distribuição geográfica: Ocorre desde o México a Argentina e Brasil.
    Habitat: Lagos com vasta vegetação aquática, margem de rios e manguezais.
    Hábitos alimentares: Possuí bico adaptado para pesca, com isso se alimenta de peixes e crustáceos.
    Reprodução: O ninho é construído pelo casal em beiras de rios, em barrancos onde escavam por até 80 cm. Depositam até cinco ovos no fundo do túnel, onde são incubados por ambos os pais em um período de até 21 dias.
     

  • Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona)
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    Martim-pescador-verde

    Chloroceryle amazona (Latham, 1790)
    Ordem: Coraciiformes
    Família: Alcedinidae

    Descrição: Mede cerca de 30 cm de comprimento e possuí plumagem com uma coloração verde metálica a qual se distribui desde sua cabeça até a cauda. O dimorfismo sexual é visível na região do peito onde no macho predomina uma coloração ferrugínea, enquanto na fêmea o peito é verde com uma faixa branca na região central.
    Distribuição geográfica: Ocorre desde o México a Argentina e Brasil.
    Habitat: Frequenta ambientes alagados, como águas interiores, rios e lagos grandes.
    Hábitos alimentares: Peixes e crustáceos, como camarões de água doce.
    Reprodução: O ninho é construído pelo casal em beiras de rios, em barrancos onde escavam por até 2 m. No fim do túnel escavado são depositados os ovos, a fêmea é a maior responsável pela incubação, enquanto o macho só ajuda durante o período diurno.
     

  • Matracão (Batara cinerea)
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    Matracão

    Batara cinerea (Vieillot, 1819)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thamnophilidae

    Descrição: Com tamanho bastante avantajado, o Matracão pode medir até 35 cm de comprimento. Possui dimorfismo sexual, tendo o macho um longo topete negro, com dorso listrado de branco, e a fêmea por sua vez, dorso pardo com listras negras.
    Distribuição geográfica: Encontra-se na América do Sul, em países como Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil.
    Habitat: Frequenta ambientes de baixa altitude, tais como emaranhados de bambu. O Matracão pode também ser encontrado em samambaias localizadas em solo ácido.
    Hábitos alimentares: Carnívoro com alimentação bastante diversificado, alimenta-se desde pequenos invertebrados como artrópodes e caracóis terrestres, a pequenos vertebrados como anuros, lagartos, cobras e até mesmo outras aves.
    Reprodução: Constrói o ninho em alturas de um a três metros em meio a vegetação.

  • Mergulhão-caçador (Podilymbus podiceps)
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    Mergulhão-caçador

    Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Podicipediformes
    Família: Podicipedidae

    Descrição: Mede cerca de 35 cm e pesa em média 450 g. Ave cinza-amarronzada, com asas e dorso de tons mais escuros e abdômen e píleo esbranquiçados, seu bico é grosso.
    Distribuição geográfica: Ocorre da América do Norte ao Chile, Argentina e Brasil.
    Habitat: Vive em lagos e lagoas com vegetação aquática flutuante próxima às margens.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de pequenos peixes, serpentes aquáticas, crustáceos e anfíbios.
    Reprodução: O ninho é flutuante, construído com capim e juncos, ancorado na vegetação aquática. A fêmea deposita de quatro a seis ovos brancos, onde são incubados por 22 a 24 dias.

  • Mergulhão-grande (Podicephorus major)
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    Mergulhão-grande

    Podicephorus major (Boddaert, 1783)
    Ordem: Podicipediformes
    Família: Podicipedidae


    Descrição: Mede cerca de 72 cm de comprimento e pesa cerca de 1,5 kg. O adulto possuí as partes superiores de coloração cinzenta escura, incluindo a face, nuca, dorso e asas. O bico é longo, afilado e acinzentado, com a porção proximal clara. Os olhos possuem tons vermelho-escuros ou marrom escuro. Os dedos dos pés são equipados com uma membrana carnuda facilitando o nado. As pernas são curtas. Pernas e pés são escuros. Não possuí dimorfismo sexual, embora a fêmea seja levemente maior que o macho.
    Distribuição geográfica: Uruguai, Paraguai, Brasil, Peru e Chile.
    Habitat: Vive em lagos grandes de áreas abertas, estuários de rios e orla marítima.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se principalmente de peixes. Também se alimenta de alevinos, pequenos anfíbios, plantas aquáticas e insetos.
    Reprodução: Os ninhos podem ser construídos isolados ou em colônias. São plataformas flutuantes, onde o casal elabora com plantas aquáticas. A fêmea deposita de três a seis ovos. A incubação é realizada pelo casal durante 26 e 30 dias. Quando os adultos saem em busca de alimento, cobrem os ovos com algas. Os filhotes são alimentados pelos pais, todavia aprendem rapidamente a alimentar-se sozinhos. Com cerca de 50 dias de vida, os filhotes adquirem a capacidade de voar.

  • Mocho-diabo (Asio stygius)
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    Mocho-diabo
    Mocho-diabo

    Asio stygius (Wagler, 1832)
    Ordem: Strigiformes
    Família: Strigidae

    Descrição: Comprimento total de 38 a 46 cm e 591 a 675 g de peso.
    Distribuição geográfica: No Brasil, ocorre nos estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. Do noroeste do México até a América Central e Caribe, e América do Sul. Faixa entre a Colômbia e o Equador até o norte e nordeste da Argentina.
    Hábitos alimentares: Pequenos mamíferos, pequenos vertebrados, insetos e aves.
    Reprodução: Gestação de 23 a 28 dias, com 2 filhotes.
    Período de vida: Cerca de 20 anos.

  • Mocho-orelhudo (Bubo virginianus)
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    Mocho-orelhudo
    Mocho-orelhudo

    Bubo virginianus (Gmelin, 1788)
    Ordem: Strigiformes
    Família: Strigidae

    Descrição: Comprimento total de 45 a 60 cm, machos com peso de 985 a 1585 g e fêmeas de 1417 a 2503 g.
    Distribuição geográfica: Ocorre em todo o continente americano.
    Habitat: Áreas semi-abertas com árvores, ravinas, cerrado. Áreas com escarpas rochosas com árvores e arbustos, mesmo em áreas antrópicas ou grandes parques.
    Hábitos alimentares: Lebres, ratões e gambás, patos, gansos, garças e aves de rapina, répteis, sapos, aranhas e grandes insetos.
    Reprodução: Põe 2 ovos (às vezes até seis), que são incubados por 28 a 35 dias.
    Período de vida: Cerca de 13 anos.

  • Narceja (Gallinago paraguaiae)
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    Narceja

    Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816)
    Ordem: Charadriiformes  
    Família: Scolopacidae

    Descrição: Mede cerca de 28 cm de comprimento e pesa em média 110 g. Possuí pernas curtas e cinza-esverdeadas. O bico é longo e reto, dorso escuro com faixas amareladas. Há uma listra escura através dos olhos, com listras claras acima e abaixo dele.
    Distribuição geográfica: Encontrado em todo território brasileiro.
    Habitat: Ambientes húmidos e pantanosos.
    Hábitos Alimentares: Insetos, minhocas e materiais vegetais.
    Reprodução: O ninho é elaborado em uma depressão escondida no chão, sendo protegido pelos pais, os ovos são incubados por um período de 19 dias, após a eclosão os filhotes deixam o ninho.

  • Narcejão (Gallinago undulata)
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    Narcejão

    Gallinago undulata (Boddaert, 1783)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Scolopacidae

    Descrição: Possuí em média 45 cm de comprimento. Seu bico é grosso na base e muito comprido. Sua cabeça e corpo são branco-amarelados com manchas escuras. Sua cabeça também contém duas grandes listras negras.
    Distribuição geográfica: Espécie endêmica da América do Sul, ocorre em países como Guiana Francesa, Colômbia, Argentina e Brasil.
    Habitat: Frequenta a vegetação alta em pântanos e campos inundados, também pode frequentar o cerrado seco.
    Hábitos Alimentares: Insetos, minhocas e materiais vegetais.
    Reprodução: Costuma depositar dois ovos em ninhos construídos na vegetação do solo.

  • Noivinha (Xolmis irupero)
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    Noivinha

    Xolmis irupero (Vieillot, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Tyrannidae

    Descrição: Possui cerca de 17,5 cm de comprimento. Sua coloração é predominantemente branca, com apenas as penas da ponta das asas, a cauda, o bico e as pernas com colorações escuras.
    Distribuição Geográfica: Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai.
    Habitat: Caatinga, campos com arbustos e árvores esparsas e na beira de brejos.
    Hábitos Alimentares: Pratica piruetas e apanha insetos em voo.
    Reprodução: Constrói seu ninho em árvores ocas e dentro de ninhos abandonados de João-de-Barro. Deposita até três ovos a quais são incubados pela fêmea por cerca de 14 dias. Ambos os pais participam da alimentação do filhote.

  • Papa-formiga-de-grota (Myrmoderus squamosus)
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    Papa-formiga-de-grota

    Myrmoderus squamosus (Pelzeln, 1868)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thamnophilidae

    Descrição: Possui cerca de 15 cm de comprimento e pode pesar até 20 g. Apresenta plumagem corporal em tons preto, branco e marrom. Seus pés são brancos e seu bico é negro. Em geral, o macho apresenta plumagem mais negra, por sua vez, a fêmea é predominantemente marrom.
    Distribuição geográfica: Ave endêmica brasileira, distribui-se desde o estado do Rio de Janeiro até o estado do Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta desde ambientes de restinga de nível do mar, até áreas com cerca de 1000 metros de altitude. Costuma ser encontrado em florestas altas e úmidas, e em grotas escuras.
    Hábitos Alimentares: Como seu próprio nome já diz, essa ave tem preferência a alimentar-se de formigas.
    Reprodução: Constrói seu ninho em formato de tigela utilizando materiais de origem vegetal (folhas e galhos). A fêmea deposita dois ovos que serão incubados por ambos os pais. Após a incubação os ovos eclodem, e os filhotes nascem.

  • Papa-lagarta-acanelado (Coccyzus melacoryphus)
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    Papa-lagarta-acanelado

    Coccyzus melacoryphus (Vieillot, 1817)
    Ordem: Cuculiformes
    Família: Cuculidae

    Descrição: Mede cerca de 30 cm de comprimento, possuí a coloração do ventre branco-alaranjada enquanto a região dorsal e das asas é marrom. Sua cauda é preta com manchas brancas.
    Distribuição geográfica: Ocorre na América do Sul em países como Argentina, Bolívia e Brasil.
    Habitat: Estrato médio de florestas altas, várzeas, capoeiras e florestas de galeria, também podem frequentar fios em áreas urbanas e emaranhados de vegetação em bordas de florestas.
    Hábitos alimentares:  Artrópodes e pequenos roedores.
    Reprodução: A reprodução ocorre no sul do Brasil, onde o casal constrói um pequeno ninho onde são depositados até cinco ovos.

  • Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea)
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    Papagaio-de-peito-roxo

    Amazona vinacea (Kuhl, 1820)
    Ordem: Pcittasciformes
    Família: Pcittacidae

    Descrição: Possui cerca de 35 cm de comprimento. Considera-se uma espécie bonita por ter no peito um padrão de uva vermelho-púrpura escamoso, que lembra o anacã. A diferença é que ele tem um colar de penas delgado que muitas vezes se arrepia. A testa, a base do bico e os recessos externos são vermelhos.
    Distribuição geográfica: Em território brasileiro, se distribui desde o sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, também é encontrado em outros países da América do Sul como Paraguai e Argentina.
    Habitat: Florestas secas entre campos, florestas de pinheiros e bordas de capões.
    Hábitos Alimentares: Frutas, folhas e flores, entretanto seu pra favorito são as sementes da araucária (pinhão).
    Reprodução: Ocorre de agosto a dezembro. O casal constrói um ninho em um tronco oco de árvore, onde a fêmea deposita dois ovos a quais são incubados por cerca de 30 dias. Com dois anos de vida, os jovens se tornam aptos para reproduzir.
    Período de vida: Até 30 anos.

     

  • Papagaio-do-mangue (Amazona amazonica)
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    Papagaio-do-mangue

    Amazona amazonica (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Também conhecido como Curica, essa ave possui cerca de 32,5 cm de comprimento e pesa até 470 g. Com coloração corporal predominantemente esverdeada, o Papagaio-do-mangue tem a coloração da marca da cauda em cor laranja. Seu bico tem a base amarelada com o restante em tons cinza-escuros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul, podendo ser encontrado em países como Chile, Colômbia, Equador, Peru e Brasil. O Papagaio-do-mangue já foi registrado em quase todos os estados brasileiros.
    Habitat: Encontra-se em florestas de galeria, várzeas, alagados com árvores e manguezais (devido esse habitat que esta espécie recebeu seu nome popular).
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de sementes, frutos e flores.
    Reprodução: Após encontrar uma parceira reprodutora, o papagaio-do-mangue a mantém pelo resto de sua vida. Geralmente ambos constroem seus ninhos em ocos de árvores e cupinzeiros, onde a fêmea deposita até quatro ovos, também é a fêmea quem fica responsável pela incubação dos ovos. Após incubados, os ovos eclodem, nascendo os filhotes, por sua vez, os filhotes tendem a deixar o ninho com cerca de dois meses de vida.
    Período de vida: Cerca de 55 anos.

  • Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva)
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    Papagaio-verdadeiro
    Papagaio-verdadeiro

    Amazona aestiva (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Pisittacidae

    Descrição: Comprimento de 35 a 37 cm e cerca de 400g de peso.
    Distribuição geográfica: No Brasil, Piauí, Pernambuco, Bahia , Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina (inclusive litoral) e Rio Grande do Sul.  Leste da Bolívia, Paraguai, até o norte de Argentina.
    Habitat: Florestas úmidas, savanas, floresta de galeria, áreas cultivadas com árvores e matas com palmeiras. Comum em casais ou bandos.
    Hábitos alimentares: Sementes e frutos nativos.
    Reprodução: O período de reprodução é de setembro a março, colocando de 3 a 4 ovos, incubados de 24 a 29 dias. Demora 5 anos pra chegar a idade adulta.
    Período de vida: Cerca de 80 anos.

  • Pardelão-prateado (Fulmarus glacialoides)
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    Pardelão-prateado

    Fulmarus glacialoides (Smith, 1840)
    Ordem: Procellariiformes
    Família: Procellariidae

    Descrição: Pesa em média 1 kg e possuí cerca de 48 cm de comprimento com envergadura de até 120 cm. Sua plumagem corporal é predominantemente branca, possuindo o manto com coloração cinza-claro, seu bico é rosa, e suas pernas são azuis.
    Distribuição geográfica: Continente Antártico, e nos oceanos circumpolares antárticos, entretanto pode ser encontrado em menor quantidade em países da América do Sul como Brasil, Equador e Peru, e também nas regiões costeiras da Austrália e da África.
    Habitat: Comumente encontrada sobrevoando mar aberto.
    Hábitos Alimentares: Crustáceos, peixes e cefalópodes.
    Reprodução: Nidifica no continente antártico até os 55 graus sul. São altamente colonial. Os adultos retornam às suas colônias em outubro, sendo que a postura de um único ovo branco é feita em novembro e dezembro. Os ninhos são construídos em fendas nas rochas. Os ovos eclodem em março e abril após um período de incubação de aproximadamente 50 dias. Os jovens deixam o ninho em torno de 48 a 56 dias.
    Período de vida: 13 anos.
     

  • Pavó (Pyroderus scutatus)
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    Pavó

    Pyroderus scutatus (Shaw, 1792)
    Ordem: Passeriformes    
    Família: Cotingidae

    Descrição: O macho mede cerca de 46 cm de comprimento e a fêmea 39 cm. O macho tem o bico de cor azul claro. A fêmea tem o bico mais escuro, cinza roxeado.
    Distribuição Geográfica: Distribuído ao longo do território brasileiro.
    Habitat: Habita o interior e as bordas de florestas altas, especialmente em regiões montanhosas.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de frutos, como Açaí, Jussara e da Embaúva.
    Reprodução: Constrói o ninho em formato de uma pequena e frágil plataforma de gravetos. Deposita até dois ovos.

     

  • Perdiz (Rhynchotus rufescens)
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    Perdiz

    Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815)
    Ordem: Tinamiformes
    Família: Tinamidae

    Descrição: Mede em média 40 cm de comprimento. O macho pesa cerca de 800 g enquanto a fêmea, por sua vez pesa cerca de 910 g. Não possui o hábito de voar, entretanto ao se sentir ameaçada por possíveis predadores acaba voando, que por sua vez tende a ser curto e barulhento.
    Distribuição Geográfica: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
    Habitat: Vive nos campos sujos, cerrados, buritizais e caatingas.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta ciscando o chão com suas pernas fortes e cavando com seu bico para pegar o alimento. Alimenta-se principalmente por cupins, gafanhotos e outros insetos, além de sementes, raízes e outros tubérculos.
    Reprodução:ninho da perdiz é um buraco pequeno na terra, formado de palhas secas, capim e até penas, feito pelo macho. É o macho também que choca as ninhadas de 3 a 9 ovos e cuida dos filhotes que nascem após cerca de 21 dias (em média).

  • Perdiz-da-Virgínia (Colinus virginianus)
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    Perdiz-da-Virgínia

    Colinus virginianus (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Galliformes
    Família: Odontophoridae

    Descrição: Também conhecido como codorna americana, possui coloração bastante chamativa, sendo que o macho contem gravata branca e riscos brancos na cabeça, enquanto as fêmeas tem tons amarelados. Em geral, o restante do corpo de ambos é bastante camuflado, sendo altamente adaptados ao seu habitat natural.
    Distribuição geográfica: Ave nativa dos seguintes países: Estados Unidos da América, México e Caribes.
    Hábitos alimentares: Se alimenta de sementes, insetos, moluscos e outros invertebrados.
    Reprodução: Em geral, a fêmea dessa espécie pode depositar até 200 ovos brancos na época reprodutiva (ocorre de outubro a março), a quais são incubados por cerca de 22 dias. Após o nascimento, os jovens atingem maturidade sexual por volta dos 4 meses de vida (fêmeas) e 5 meses (machos).

  • Periquito-de-asa-dourada (Brotogeris chrysoptera)
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    Periquito-de-asa-dourada

    Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Possui cerca de 17,5 cm de comprimento. Seu corpo é predominantemente esverdeado, com asa laranja ou dourada (característica que origina seu nome popular). Dave de rabo curto e bico claro.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em países da América do Sul, como Venezuela, Guianas e Brasil. Em território brasileiro habita a região Amazônica.
    Habitat: Frequenta matas de terra firme, várzea e caatingas amazônicas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de brotos, sementes e frutos.
    Reprodução: Constrói seu ninho em ocos de árvores como palmeiras ou em cupinzeiros arbóreos.
     

  • Periquito-maracanã (Psittacara leucophthalmus)
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    Periquito-maracanã

     Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Embora o tráfico de animais silvestres afete essa espécie, o Periquito-maracanã não é ameaçado. Essa ave possuí cerca de 32 cm de comprimento e pesa em média 156 g. Sua plumagem corporal é predominantemente verde, contendo penas vermelhas nos lados da cabeça e pescoço. A coloração das coberteiras inferiores das asas variam, onde as pequenas são vermelhas, e as grandes são amarelas. Seus pés são acinzentados e por sua vez, o bico possuí tons claros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se desde os Andes para toda a América do Sul, inclusive pode ser encontrado em todas as regiões brasileiras.
    Habitat: Florestas úmidas, semiúmidas, florestas de galeria e palmares; podendo também se encontrar em áreas alagadas como pântanos. Essa espécie dificilmente é encontrada em ambientes acima dos 2500 m de altura.
    Hábitos alimentares: Frutos e sementes.
    Reprodução: Costuma nidificar em madeiras ocas, paredões de pedra e até mesmo em áreas antropizadas, como telhados de residências, entretanto não constrói o ninho, deposita seus ovos diretamente no substrato do local de nidificação. 

  • Periquito-rei (Eupsittula aurea)
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    Periquito-rei

    Eupsittula aurea (Gmelin, 1788)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Possui cerca de 27 cm de comprimento e pesa até 90 g. Sua cabeça é verde contendo uma faixa na região frontal amarelada, a face é azulada e o ventre é verde-amarelado. O periquito-rei não possui dimorfismo sexual. Os adultos detêm a região ao redor dos olhos amareladas enquanto nos jovens essa região é cinzenta.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul, em países como Bolívia, Peru, Argentina e Brasil.
    Habitat: Frequentam diversos habitats, como cerrados, matas secundárias, manguezais. Também pode ser encontrado em ambientes agrícolas, como campos de cultura.
    Hábitos alimentares: Sementes, frutos e botões florais.
    Reprodução: O periquito-rei costuma nidificar em cupinzeiros, posteriormente escava um túnel vertical, abrindo uma câmara onde serão depositados os ovos. Em média, a fêmea deposita até três ovos que após incubados nascem os filhotes. Por sua vez, os filhotes são alimentados pelos pais com frutos e sementes.

  • Periquito-rico (Brotogeris tirica)
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    Periquito-rico

    Brotogeris tirica (Gmelin, 1788)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Possui cerca de 21 cm de comprimento. Sua coloração corporal é predominantemente verde. As partes inferiores e lateral da cabeça são amareladas. A base das asas é marrom oliváceo. Seu bico é amarronzado com tons claros no topo, por sua vez, seus pés são semelhantes ao bico, porém em tons mais escuros.
    Distribuição geográfica: Em território brasileiro, pode ser encontrado desde os estados de Alagoas e Bahia até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta ambientes naturais, como áreas florestadas e áreas abertas, e também ambientes antropizados como parques e jardins localizados em cidades.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de frutos, sementes, flores e néctar.
    Reprodução: Após encontrar uma parceira reprodutora, o periquito-rico a mantém pelo resto de sua vida. Constrói seu ninho em cavidades de árvores. A fêmea deposita até quatro ovos que são incubados em um período de até 26 dias. Após os ovos eclodirem, os filhotes deixam os ninhos com cerca de duas semanas de vida. Os jovens atingem maturidade sexual entre um e dois anos de vida.

  • Pernilongo-de-costas-brancas (Himantopus melanurus)
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    Pernilongo-de-costas-brancas

    Himantopus melanurus (Vieillot, 1817)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Recurvirostridae

    Descrição: Possuí em média 38 cm de comprimento. Seu nome popular é oriundo do formato de seu corpo, cujo esse possuí longas pernas e bico grande e afilado, de forma semelhante a um mosquito (Diptera). Detém uma plumagem preta em volta da cabeça semelhante a uma coroa, seu rosto e sua região ventral são brancos, enquanto o topo de sua cabeça, suas asas e região dorsal são escuros. Seu bico é acinzentado já suas pernas e pés são rosa-avermelhados. O dimorfismo sexual é visível na coloração escura de sua plumagem, onde as fêmeas detêm colorações próximas ao marrom enquanto os machos detêm em tons preto brilhantes.
    Distribuição geográfica: Espécie encontrada no continente americano em países como Peru, Bolívia, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai. Em território brasileiro só não está presente na região norte da Amazônia.
    Habitat: Comumente encontrado próximo a planícies alagadas, tais como lagoas, estuários, manguezais, banhados e até mesmo áreas de rizicultura irrigada.
    Hábitos Alimentares: Utiliza seu bico afilada para procurar por pequenos insetos em águas profundas.
    Reprodução: Costuma nidificar em colônias, constrói seu ninho com gravetos e folhas em terrenos secos, aonde deposita em média quatro ovos.
     

  • Petrel-gigante (Macronectes giganteus)
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    Petrel-gigante

    Macronectes giganteus (Gmelin, 1789)
    Ordem: Procellariiformes
    Família: Procellariidae

    Descrição: Os machos costumam ser maiores que as fêmeas, contendo até 2,4 m de envergadura, enquanto as fêmeas possuem em média 1,82 m, por sua vez os machos pesam até 5 kg contra 3,8 kg pesados pelas fêmeas. Possuem diversas colorações de plumagens, a quais variam ao longo do ciclo de vida, entretanto a coloração principal da espécie (fase adulta) contém cabeça, pescoço, e peito superior esbranquiçados, enquanto o restante da plumagem corporal é marrom-acinzentado. A íris de seus olhos pode ser cinza pálida ou branca, o bico é amarelado contendo a ponta verde.
    Distribuição geográfica: Espécie encontrada na região circumpolar antártica. É encontrada no litoral brasileiro durante o inverno austral, distribuindo desde as praias da região sudeste até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta as águas frias do hemisfério sul, onde sobrevoa em mar aberto.
    Hábitos Alimentares: Costuma predar vertebrados e invertebrados marinhos, entretanto também pode ser necrófaga, se alimentando de restos de animais.
    Reprodução: Constroem seus ninhos em ilhas e arquipélagos austrais em colônias com até 300 espécimes. Depositam apenas um ovo que é incubado entre 55 a 66 dias. Após a eclosão dos ovos, tendem a deixar o ninho depois dos 104 dias de idade. O jovem atinge a maturidade sexual com cerca de seis a sete anos de idade.
    Período de Vida: Cerca de 9,5 anos.

     

  • Pica-pau-anão-de-coleira (Picumnus temminckii)
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    Pica-pau-anão-de-coleira

    Picumnus temminckii (Lafresnaye, 1845)
    Ordem: Piciformes
    Família: Picidae

    Descrição: Considerado uma ave de pequeno porte, esse Pica-pau possui cerca de 9 cm de comprimento. Apresenta região ventral em tons preto e brancos, região dorsal e asas pardo-amareladas. Sua testa é preta. O que difere o macho da fêmea são as manchas presentes no topo da cabeça, o macho apresenta manchas vermelhas, contra as manchas brancas apresentas pelas fêmeas.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, como Paraguai, Argentina, e Brasil. Em território brasileiro pode ser encontrado nas regiões Sudeste e Sul.
    Habitat: Frequenta diversos tipos de habitats, desde que nesses existam árvores. Entretanto esse Pica-pau não gosta de ambientes fechados, como grandes florestas.
    Hábitos alimentares: Usufrui de seu pequeno tamanho para alcançar insetos e larvas escondidos nos ramos em árvores que outras aves não alcançariam.
    Reprodução: Constrói seu ninho com materiais de origem vegetal em buracos feitos em árvores mortas. A fêmea deposita os ovos e os incuba, enquanto o macho a alimenta. Após a eclosão dos ovos, o casal reveza na alimentação dos filhotes.

  • Pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus)
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    Pica-pau-de-banda-branca

    Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Piciformes
    Família: Picidae

    Descrição: Possui cerca de 35 cm de comprimento. Ave com plumagens em tons de preto e branco, detém um topete bastante característico em tons vermelhos. O dimorfismo sexual pode ser notado na região da cabeça, onde o macho possui região anterior em cor vermelha, enquanto a fêmea contém a região anterior em coloração preta.
    Distribuição geográfica: Distribui-se desde o México até a Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil. Possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Frequenta tanto o interior quanto as bordas de florestas, além de outros ambientes como capoeiras, cerrados, campos e áreas agrícolas com árvores esparsas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se principalmente de brocas de madeiras (insetos) localizadas no interior das árvores. Em geral, pode ingerir insetos e suas larvas, sementes e frutos como o abacate.
    Reprodução: Seu ninho é construído em um buraco escavado pela próprio pica-pau no tronco de uma árvore. A fêmea deposita até três ovos que serão cuidados com auxílio do macho.

     

  • Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris)
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    Pica-pau-do-campo

    Colaptes campestris (Vieillot,1818).
    Ordem: Piciformes
    Família: Picidae

    Descrição: Ave com cerca de 32cm de comprimento, é facilmente identificada por conta da sua cor. O pescoço e os lados da cabeça, e do peito são amarelos, a nuca e o alto da cabeça possuem coloração preta. O macho apresenta nos 2 lados da cabeça 2 faixas avermelhadas. O som emitido forte e variado é utilizado para marcar seu terrritorio e comunicação entre macho e fêmea. Vive aos pares ou em pequenos grupos.
    Distribuição geográfica: É encontrado vindo do Sul da Amazonia, (baixo amazonas) e do Nordeste Brasileiro até o Uruguai, tem registro ainda no Paraguai, Argentina, Bolivia e no Suriname.
    Habitat: Em regiões campestres, pastagens, alto das serras e nas caatingas. Campos abertos, fazendas e sítios.
    Hábitos Alimentares: Basicamente insetívoro (formigas, cupins e vespas). Procura por pastos abandonados, com desbarrancos, onde há cupinzeros em fartura.

    Reprodução:  O ninho é bem elaborado. Prefere cavar a frente dos barrancos que se inclina para o solo, aumentando a proteção contra a chuva. A entrada condiz ao tamanho do corpo desta espécie, para dificultar a entrada de outras aves (maiores) e/ou predadores. A postura é de 4 a 5 ovos brancos, límpidos e bem brilhantes.

  • Pica-pau-rei (Campephilus robustus)
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    Pica-pau-rei

    Campephilus robustus (Lichtenstein, 1818)
    Ordem: Piciformes
    Família: Picidae

    Descrição: É o maior pica-pau do Brasil, possuí até 40 cm de comprimento e pesa em média 200 g. O bico é comprido e resistente, altamente adaptado a fazer buracos na madeira. Possuí a cabeça e o pescoço em tons de vermelho, as asas e a cauda são negras enquanto o peito e o ventre são brancos.
    Distribuição geográfica: Amplamente distribuído nas regiões sul e sudeste do Brasil. Também encontrado em outros países da América do Sul, como no Paraguai e Argentina.
    Habitat: Florestas montanhas, nos pinheirais, nas margens de rios e do mar.
    Hábitos Alimentares: A sua língua é muito comprida e muito indicada para lamber sumos macios. Captura suas presas (larvas e insetos) utilizando a língua altamente adaptada.
    Reprodução: O casal faz um buraco na madeira. Utilizando árvores mortas, principalmente palmeiras e embaúbas. Depositam até quatro ovos. No ninho, eles são cobertos por pequenas lascas de madeira, que sobraram da estrutura do buraco. O casal se reveza na incubação dos ovos.

  • Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros)
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    Pica-pau-verde-barrado

    Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788)
    Ordem: Piciformes
    Família: Picidae

    Descrição: Mede 28 cm de comprimento. Sua característica mais marcante é a divisão entre preto e vermelho presente em sua cabeça, acentuando a região branca na área dos olhos. Possui plumagem de tom esverdeado com manchas pretas. Os machos apresentam pequenos bigodes vermelhos na base do bico.
    Distribuição geográfica: Desde o Rio Amazonas (Ilha de Marajó) até o Rio Grande do Sul. É encontrado também no Mato Grosso, Paraguai, Uruguai e Argentina.
    Habitat: Encontrado em matas de galeria, cerrados, cerradões, caatingas, campos com árvores e em bordas florestais. Pode ser visto também em áreas urbanas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de formigas, larvas e besouros. Também pode se alimentar de frutos carnosos quando a quantidade de insetos está baixa. Os filhotes são alimentados por uma massa de inseto regurgitada pelos pais.
    Reprodução: Constrói o ninho em troncos de árvores mortas, palmeiras e embaúbas. Deposita de 2 a 4 ovos e ocorre cuidado parental de ambos os pais. Para atrair uma fêmea, o macho pode cantar por dias ou até mesmo semanas sem sair do lugar.

  • Picapauzinho-verde-carijó (Veniliornis spilogaster)
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    Picapauzinho-verde-carijó

    Veniliornis spilogaster (Wagler, 1827)
    Ordem: Piciformes
    Família: Picidae

    Descrição: Possui cerca de 18 cm de comprimento e pesa até 45 g. Sua cabeça é pardo-escuro, tendo vértice avermelhado, e duas linhas brancas na região lateral. Seu corpo é predominantemente marrom com manchas amareladas.
    Distribuição geográfica: Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. Em território brasileiro sua presença é exclusiva nas regiões Sul e Sudeste.
    Habitat: Espécie comumente encontrada em ambientes de Mata Atlântica, pode facilmente habitar centros urbanos, zonas rurais, pastos sujos e matas secas.
    Hábitos alimentares: Sua alimentação é composta principalmente por invertebrados, tais como Insetos e suas larvas, entretanto também pode se alimentar de frutos.
    Reprodução: Constrói seu ninho em regiões ocas ou em galhos secos, de árvores localizas a alguns metros do nível do solo, ali depositam seus ovos. Após a eclosão dos ovos, os pais os alimentam com larvas.

  • Pimentão (Saltator fuliginosus)
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    Pimentão

    Saltator fuliginosus (Daudin, 1800)

    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Medindo 22 cm de comprimento, seu nome popular é oriundo do seu bico vermelho semelhante a uma pimenta. O indivíduo adulto possui o pescoço anterior negro, formando o chamado babador mais escuro que o restante do corpo.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Brasil e Paraguai.
    Habitat: Interior da mata primária ou em matas secundárias altas.
    Hábitos Alimentares: Frutos e sementes.
    Reprodução: Depositam em média três ovos por ninhada, sendo que realizam cerca de duas ninhadas por estação.
     

  • Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus)
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    Pinguim-de-Magalhães
    Pinguim-de-Magalhães

    Spheniscus magellanicus (Forster, 1781)
    Ordem: Sphenisciformes
    Família: Spheniscidae

    Descrição: Considerado como uma ave de médio porte, esta espécie apresenta cerca de 70 cm de comprimento e pode pesar até 6 kg de massa corporal. De forma geral, apresenta plumagem em coloração preta na região dorsal, e branca na região ventral. Uma característica marcante do pinguim-de-Magalhães são os “colares” bem definidos encontrados na região do pescoço, tal característica só é visível em indivíduos adultos, por sua vez, os jovens apresentam plumagem acinzentadas sem desenho definido. De forma geral, todos os espécimes apresentam olhos, pés e bicos negros.
    Distribuição geográfica: Esta espécie habita as águas dos oceanos Atlântico e Pacífico Sul, mais precisamente nas regiões costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas, entretanto, em movimentos de migração podem atingir outros países do continente, como Brasil e Peru. Devido a pouca experiencia, os indivíduos imaturos são os mais comuns a sofrer encalhes no litoral brasileiro, podendo ser encontrados desde o Pernambuco, até o Rio Grande do Sul.
    Hábitos alimentares: Sendo um ótimo nadador, o pinguim-de-Magalhães pode nadar por até 90 m de profundidade para buscar por alimento. Em seu cardápio, podem ser encontrados diversos frutos do mar, tais como peixes, lulas, krill e outros crustáceos.
    Reprodução: Seu período de reprodução ocorre de setembro a fevereiro, nessa época, costuma nidificar em colônias. O casal constrói o próprio ninho com materiais de origem vegetal no chão, a fêmea costuma depositar até dois ovos que são protegidos e incubados por ambos os pais por um período de 36 a 44 dias. Após a eclosão dos ovos, os pais alimentam seus filhotes por cerca de dois meses.
    Período de vida: Em média, de 25 a 32 anos.
     

     

  • Pintassilgo (Sporagra magellanica)
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    Pintassilgo

    Sporagra magellanica (Vieillot, 1805)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Fringillidae

    Descrição: Ave de pequeno porte, possuí cerca de 11 cm de comprimento. Seu corpo é predominantemente amarelo com manchas pretas. O dimorfismo sexual é visível na região da face, onde o macho possuí coloração preta enquanto a fêmea mantém o amarelo presente no restante do corpo.
    Distribuição geográfica: Ocorre em quase todo território brasileiro, com exceção apenas da Região Amazônica e do nordeste.
    Habitat: Matas secundárias abertas, pinhais e cerrados, além de áreas antropizadas como quintais de residências e árvores em meio a plantações agrícolas.
    Hábitos alimentares: Frutos e sementes.
    Reprodução: Costuma nidificar na copa de árvores como Araucárias e Cafeeiros. Geralmente a fêmea constrói o ninho utilizando raízes, penas e crinas, em árvores ou arbustos com cerca de três a quatro metros do nível do solo. Depositam até cinco ovos por ninhada, por sua vez podem realizar até quatro ninhadas por temporada. Os ovos eclodem após 13 dias de incubação, e os jovens só atingem a maturidade sexual com cerca de 10 meses de vida.
     

  • Pintassilgo-do-Nordeste (Sporagra yarrellii)
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    Pintassilgo-do-Nordeste

    Sporagra yarrellii (Audubon, 1839)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Fringillidae

    Descrição: Ave de pequeno porte, possuí cerca de 11 cm de comprimento. Seu corpo é predominantemente amarelo com manchas pretas. O dimorfismo sexual é visível na região da cabeça, onde o macho possuí coloração preta apenas no topo, de forma similar a um boné, já a fêmea mantém o amarelo presente no restante do corpo. O boné presente na cabeça do macho lhe diferencia do Pintassilgo-comum (Sporagra magellanica), cujo este possuí uma máscara preta localizada na face e não um boné no topo da cabeça.
    Distribuição geográfica: Pode ser encontrado na Venezuela e na região Nordeste do Brasil.
    Habitat: Matas secundárias abertas, pinhais e cerrados, além de áreas antropizadas como quintais de residências e árvores em meio a plantações agrícolas.
    Hábitos alimentares: Ave granívora, possuí preferência por sementes de mussambê (Cleome sp.).
    Reprodução: Depositam até cinco ovos por ninhada, por sua vez podem realizar até quatro ninhadas por temporada. Os ovos eclodem após 13 dias de incubação, e os jovens só atingem a maturidade sexual com cerca de 10 meses de vida. Devido a semelhança com o Pintassilgo-comum (Sporagra magellanica) é comum encontrar híbridos entre essas duas espécies no sul da Bahia e do Piauí.
     

  • Polícia-inglesa-do-sul (Sturnella superciliaris)
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    Polícia-inglesa-do-sul

    Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: Possui cerca de 17,5 cm de comprimento. O dimorfismo sexual é bastante evidente nessas aves, o macho possui o peito com coloração vermelho-escuro, e estria branca na parte do olho ao pescoço, enquanto a fêmea possui várias tonalidades de marrom como cor dominante e um vermelho leve no peito.
    Distribuição Geográfica: Quase todo o Brasil extra-amazônico
    Habitat: Preferem zonas úmidas, são facilmente encontrados em plantações de arroz.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta com larvas, insetos e várias sementes.
    Reprodução: Constrói seu ninho no chão, principalmente nos campos em moitas de capim, depositam de três a cinco ovos.
     

  • Pomba-do-cabo (Daption capense)
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    Pomba-do-cabo

    Daption capense (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Procellariiformes
    Família: Procellariidae

    Descrição: Possuí cerca de 38 cm de comprimento com média de 86 cm de envergadura. Pode pesar até 480 g. A plumagem de sua cabeça, nuca e pescoço são pretos. A coloração branca predomina na região ventral. Seu bico e seus pés são escuros.
    Distribuição geográfica: Oceanos circumpolares austrais, Antártica e sua ilhas e em ilhas ao redor da Nova Zelândia. Por migração pode chegar até países como Angola, Austrália e Brasil.
    Habitat: Costuma voar em mar aberto, comumente encontrada seguindo navios e baleias.
    Hábitos Alimentares: Crustáceos, tendo o Krill como seu prato favorito, complementa sua alimentação com peixes e restos de animais marinhos mortos.
    Reprodução: O período de reprodução dura por cinco meses, ocorrendo de novembro a março. Constroem seus ninhos entre rochas na região costeira da região Antártica. Apenas um ovo é depositado no ninho a qual será incubado por cerca de 45 dias. Após a eclosão dos ovos, os filhotes tendem a deixar o ninho com cerca de 45 dias de vida.

  • Príncipe (Pyrocephalus rubinus )
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    Príncipe

    Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Tyrannidae

    Descrição: Ave de pequeno porte, possuí até 14 cm e pesa cerca de 12 g. A coloração vermelha na plumagem é o que destaca essa espécie no período reprodutivo, entretanto, fora dessa época, a coloração da plumagem do Príncipe é predominantemente cinza, contendo uma faixa preta que sai desde a região dos olhos se expandindo por todo o dorso.
    Distribuição geográfica: Espécie distribuída ao longo da América do Sul, podendo ser encontrada em todas as regiões do Brasil.
    Habitat: Frequenta áreas abertas como campos e até mesmo regiões de cerrado.
    Hábitos alimentares: Costuma caçar insetos durante o ato de voar. Por sua vez, os insetos são sua principal fonte de alimento.
    Reprodução: A espécie costuma construir o ninho com raízes, musgos, painas e até mesmo lã. Onde depositam até cinco ovos de coloração bege com pequenas manchas marrons.

  • Quem-te-vestiu (Poospiza nigrorufa)
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    Quem-te-vestiu

    Poospiza nigrorufa (d'Orbigny e Lafresnaye, 1837)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 15 cm de comprimento, sendo assim considerado uma ave de pequeno porte. Seu dorso é negro e sua região ventral, bem como peito são rajados. Apresenta uma pequena faixa branca que atravessa os olhos. Sua íris é negra, e de cor igual são seus pés. Possui bico preto e mandíbula cinza.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul em países como Argentina, Bolívia e Brasil. Em território brasileiro, essa ave é quase que exclusiva da região sul.
    Habitat: Ave ribeirinha, frequenta ambientes de mata ciliar e áreas alagadas, bem como banhados. Costuma pousar sobre galhos de árvores secas.
    Reprodução: Constrói seu ninho em formato de tigela sobre a vegetação arbustiva utilizando materiais de origem vegetal (folhas, galhos e fibras) onde deposita até dois ovos.
     

  • Quero-quero (Vanellus chilensis)
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    Quero-quero

    Vanellus chilensis (Molina, 1782)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Charadriidae

    Descrição: Possui cerca de 37 cm de comprimento e pesa até 280 g. Sua plumagem é predominantemente acinzentada, contém uma faixa preta que vai desde o pescoço ao peito. A íris e suas pernas são avermelhados. O Quero-quero contém um esporão muito característico, tendo aproximadamente 1 cm de comprimento.
    Distribuição geográfica: Espécie amplamente encontrada na América do Sul, sendo facilmente encontrada em todo território brasileiro.
    Habitat: Frequente em áreas abertas como campos e banhados.
    Hábitos alimentares: Alimentação baseada em invertebrados terrestres e aquáticos, podendo também ingerir peixes.
    Reprodução: O quero-quero costuma construir seus ninhos em cavidades localizadas no solo, onde em média, a fêmea deposita até quatro ovos. O macho é extremamente territorialista, atacando todos que se aproximam do ninho. Após os ovos eclodirem, os filhotes deixam o ninho.

  • Quiriquiri (Falco sparverius)
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    Quiriquiri

    Falco sparverius (Linnaeus, 1758) 
    Ordem: Falconiformes     
    Família: Falconidae          

    Descrição: Mede cerca de 25 cm. Sua cabeça tem um design com duas faixas laterais verticais e duas manchas pretas, semelhante aos olhos. A função desses pontos é suprimir inimigos naturais. Eles gostam de se banhar na chuva e banho de pó em estradas de terra.
    Distribuição geográfica:  Do norte do Alasca até a Terra do Fogo (Argentina), povoa todo o Brasil, a não ser em florestas.
    Habitat: Regiões de campo e também quase desérticas, preferem ambientes com pouca vegetação.        
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de insetos grandes, pequenas serpentes, pequenos lacertílios, como lagartixas e pequenos roedores.             
    Reprodução: Normalmente fazem seus ninhos em buracos de árvores, incluindo buracos de pica-pau. Ainda na cavidade de postes e edificios. Normalmente a fêmea deposita três ovos, onde são incubados de 29 a 30 dias. Os filhotes conseguem voar entre 29 e 31 dias após o nascimento e já apresentam dimorfismo sexual.

  • Rendeira (Manacus manacus)
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    Rendeira

    Manacus manacus (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Pipridae

    Descrição: Possui cerca de 10,5 cm de comprimento. O dimorfismo sexual é bastante visível nessa espécie, sendo que o macho apresenta plumagem em tons de preto e branco e pernas alaranjadas, por sua vez, a fêmea é predominantemente esverdeada contendo as pernas em coloração amarela.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul, podendo ser encontrada em todos os países amazônicos, além da Argentina, Paraguai e algumas ilhas do Caribe.
    Habitat: Frequenta diferentes tipos de habitats, desde áreas florestadas, capoeiras, campinas arbustivas e ambientes de restingas.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de frutos e pequenos invertebrados, como insetos.
    Reprodução: Constrói seu ninho sobre galho de árvores utilizando materiais de origem vegetal (folhas, fibras e gravetos). Após reproduzir, o macho deixa a fêmea solitária para cuidar tanto dos ovos, quanto dos filhotes. Em geral a fêmea deposita cerca de dois ovos.

  • Rolinha-de-asa-canela (Columbina minuta)
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    Rolinha-de-asa-canela

    Columbina minuta (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Columbiformes
    Família: Columbidae

    Descrição: Possui cerca de 15 cm de comprimento e pode pesar até 43 g. O dimorfismo sexual aparece na coloração de sua plumagem, o macho possui colorações escuras, tendo cabeça cinza-azulada e peito avermelhado, contra uma fêmea com tons mais claros. As penas encontradas na região superior das asas são acaneladas, característica que origina seu nome popular “Rolinha-de-asa-canela”.
    Distribuição geográfica: Encontra-se ao longo da América do Sul, e possui registros em quase todo o território brasileiro, com exceção apenas da região Sul.
    Habitat: Pode frequentar diferentes habitats, tais como savanas, campos húmidos ou inundados, florestas secundárias e florestas degradadas.
    Hábitos alimentares: Se alimentam de sementes.
    Reprodução: Constrói seu ninho no nível do solo onde utiliza materiais de origem vegetal tais como folhas e gravetos caídos. A fêmea deposita até dois ovos a quais são incubados e cuidados por ambos os pais.

  • Rolinha-picui (Columbina picui)
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    Rolinha-picui

    Columbina picui (Temminck, 1813)
    Ordem: Columbiformes
    Família: Columbidae

    Descrição: Possui cerca de 16,5 cm de comprimento e pesa 47 g. A rolinha-picui detém tons de plumagem que variam desde o branco ao pardo-amarronzado. Sua íris é roxa, e segue com uma fina listra negra que desce até o bico.
    Distribuição geográfica: Encontra-se ao longo da América do Sul, em países como Argentina, Bolívia, Brasil e Chile. Em território brasileiro é bastante avistado nas regiões litorâneas.
    Habitat: Frequenta áreas semiabertas, capoeiras, bordas de florestas, matas secas, cerrados, plantações, campos e pastos sujos. Sendo bastante comum em ambientes costeiros, como campos litorâneos. Também pode se adaptar a ambientes antropizados, como cidades.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de grãos, podendo se adaptar aos seres humanos frequentando áreas agrícolas em busca de alimentos.
    Reprodução: Constrói seu ninho em formato de plataforma utilizando materiais de origem vegetal, como galhos secos. Depositam até dois ovos a quais são incubados por ambos os pais. Após a eclosão dos ovos, os filhotes permanecem sendo alimentados até que deixam o ninho.

  • Rolinha-roxa (Columbina talpacoti)
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    Rolinha-roxa
    Rolinha-roxa

    Columbina talpacoti (Temminck, 1809)
    Ordem: Columbiformes
    Família: Columbidae

    Descrição: Mede 17 cm de comprimento e 47 gramas de peso.
    Distribuição geográfica: Residente em regiões desde o México, Peru, Brasil e Paraguai.
    Habitat: Ocorre em todo Brasil em campos abertos, áreas agrícolas e urbanas.
    Hábitos alimentares: Grãos e sementes.
    Reprodução: Postura de 2 ovos, chocados pelo casal entre 11 e 13 dias.

  • Sabiá-coleira (Turdus albicollis)
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    Sabiá-coleira

    Turdus albicollis (Vieillot, 1818)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Turdidae

    Descrição: Possui cerca de 22 cm de comprimento. Contém a região dorsal em tons escuros, garganta negra, abdômen branco e asas ferrugíneas. Por sua vez, as pálpebras e mandíbulas são amarelas. O dimorfismo sexual ocorre na diferença entre tamanhos, onde a fêmea adulta tende a ser maior que o macho adulto.
    Distribuição geográfica: Espécie distribuída em quase toda a América do Sul, com exceção apenas do Chile. Embora detenha registros em quase todo o território brasileiro, o Sabiá-coleira é mais abundante nas regiões Sul e Sudeste.
    Habitat: Encontra-se em florestas úmidas e capoeiras altas, em vários tipos de altitudes, desde baixadas a montanhas. Essa espécie está se adaptando ao meio antrópico, sendo frequentemente encontrada em parques de cidades.
    Hábitos alimentares: Frutos (principalmente banana e mamão) e invertebrados.
    Reprodução: Costumam construir seus ninhos e depositar cerca de três ovos por ninhada, podendo ter até quatro ninhadas por estação. Os ovos eclodem e os filhotes nascem após 13 dias de incubação. Os jovens tendem a atingir maturidade.

  • Sabiá-do-banhado (Embernagra platensis)
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    Sabiá-do-banhado

    Embernagra platensis (Gmelin, 1789)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Com até 21,5 cm de comprimento. Tem cauda longa, larga e arredondada, plumagem cheia e macia, alaranjado vivo, asas de cor verde intensa, abdômen esbranquiçado e peito com manchas negras. Distribuição geográfica: Encontrado na América do Sul, como Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil, encontra-se no sul e sudeste.
    Habitat:  Vive em pântanos, campos desasseados e úmidos e campos de altitude.
    Hábitos alimentares: Pequenos insetos e sementes.
    Reprodução: Os ninhos são construídos a partir de folhas e fibras vegetais em árvores ou pastagens. Normalmente, deposita três ovos brancos com manchas marrons escuras, com média de duas ninhadas por estação.
     

  • Sabiá-do-campo (Mimus saturninus)
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    Sabiá-do-campo

    Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Mimidae

    Descrição: Possui cerca de 24 cm de comprimento e pesa até 65 g. Sua plumagem é bastante elegante, variando em tons de preto, branco, cinza e castanho. Apresenta olhos amarelados quando adultos, por sua vez, os jovens apresentam olhos marrom escuro. Seu bico e suas pernas são negros.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, tais como Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia e Brasil. É abundante em quase todas as regiões brasileiras, com exceção apenas da região Norte, que embora possua registros dessa ave lá, esses são bastante escassos.
    Habitat: Frequenta ambientes campestres e cerrados, podendo também habitar áreas antropizadas, tais como parques ou terrenos baldios em cidades.
    Hábitos Alimentares: Espécie onívora, come de tudo um pouco, entretanto alimenta-se principalmente de frutos e invertebrados.
    Reprodução: Constrói seu ninho em formato de tigela utilizando materiais de origem vegetal (gravetos, folhas e algodão) em árvores. A fêmea deposita até quatro ovos de coloração chamativa, a quais são incubados por cerca de 13 dias. Após a eclosão dos ovos, os filhotes tendem a deixar o ninho com cerca de 14 dias de vida.

  • Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)
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    Sabiá-laranjeira

    Turdus rufiventris (Vieillot, 1818)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Turdidae

    Descrição: Mede entre 20 a 25 cm de comprimento. Possui ventre vermelho-ferrugem e restante do corpo pardo. Apresenta bico amarelo-escuro, anel ocular amarelo vivo, tarsos e pés rosa-cinzento e garganta estriada. Os machos cantam para atrair as fêmeas e demarcar território. Seu canto lembra o som de uma flauta.
    Distribuição geográfica: Encontrada do Maranhão ao Rio Grande do Sul. É mais abundante no Sudeste do que no Nordeste. Também pode ser encontrado na Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. No inverno migra para locais mais quentes.
    Habitat: Vive em bordas florestais, parques, quintais e áreas urbanas arborizadas, sempre próximo de áreas com água. É territorial e de hábito solitário ou aos pares.
    Hábitos alimentaresInsetos, larvas, minhocas e frutas maduras.
    Reprodução: Constrói ninhos em arbustos ou árvores utilizando fibras e gravetos unidos com um pouco de lama, por dentro são mais macios. A fêmea deposita de 3 a 4 ovos de coloração verde-azulado com manchas cor de ferrugem. Os ovos são incubados por cerca de 13 dias e ambos os pais cuidam do filhote

  • Sabiá-poca, Sabiá-bico-amarelo, Sabiá-do-peito-branco (Turdus amaurochalinus)
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    Sabiá-poca, Sabiá-bico-amarelo, Sabiá-do-peito-branco

    Turdus amaurochalinus (Cabanis, 1850)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Turdidae

    Descrição: Apresenta tamanho médio em torno de 21 cm de comprimento, olhos grandes com uma marca escura no loro, bico longo, forte, pernas cor-de-avelã. A cabeça dessa espécie é mais achatada, dando a impressão que o bico está junto da testa. O papo branco e os riscos costumam mudar conforme o indivíduo. São aves que só cantam na época de reprodução.
    Distribuição Geográfica: Brasil e Argentina.
    Habitat: Florestas e áreas urbanizadas, porém, precisam ser muito arborizadas. Também podem ser encontrados em bordas de matas e clareiras.
    Hábitos Alimentares: Pequenos artrópodes e frutos.
    Reprodução: Seu ninho tem formato de tigela e é feito de raízes e fibras com acabamento de barro, o que dá mais solidez, dentro do ninho tem um acolchoado de raízes finas e macias sem o barro. Depositam de três a quatro ovos a quais são incubados pelo casal.

  • Saci (Tapera naevia)
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    Saci

    Tapera naevia (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Cuculiformes
    Família: Cuculidae

    Descrição: Mede cerca de 28 cm de comprimento, e pesam até 59 gramas. É uma espécie sem dimorfismo sexual.
    Distribuição Geográfica: Ocorre no Brasil todo
    Habitat: Áreas abertas próximas a capões de mata, cordilheiras ou árvores esparsas. Se esconde entre o capinzal e arbustos.
    Hábitos Alimentares: Insetos adultos e lagartas.
    Reprodução: Procuram por aves que façam ninhos grandes e fechados. Os ovos possuem tamanhos semelhantes aos da espécie hospedeira. Após o nascimento, o filhote de Saci elimina os filhotes das outras aves, mantendo pra si só os recursos alimentícios.

  • Saí-andorinha (Tersina viridis)
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    Saí-andorinha

    Tersina viridis (Illiger, 1811)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 14 cm de comprimento e em média 30 g de peso corporal. O dimorfismo sexual é bem visível, o macho contém plumagem em tons de azul brilhante com face negra, contra a fêmea que detém tons esverdeados. O bico dessa espécie é curto e a boca é larga.
    Distribuição geográfica: Pode ser encontrado no Panamá, Equador, Peru, Chile, Argentina e no Brasil. Possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Habitam bordas de florestas, florestas de galeria, mata ciliares ao longo de rios, procurando sempre permanecer no topo das árvores.
    Hábitos alimentares: Frutos e insetos.
    Reprodução: O macho constrói o ninho com fibras vegetais em túneis com até 2 m de profundidade localizados em barrancos. Após isso a fêmea deposita até três ovos que são incubados por cerca de 17 dias. Durante o período de procriação, o macho protege a fêmea e seus filhotes.
     

  • Saí-azul (Dacnis cayana)
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    Saí-azul

    Dacnis cayana (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 13 cm de comprimento e pesa até 20 g. Espécie com dimorfismo sexual bastante notável, o macho contém plumagens em tons de azul e negro, e pernas rosadas, por sua vez a fêmea é verde, com cabeça azulada e pernas em tons de laranja.
    Distribuição geográfica: Distribui-se desde Honduras ao Panamá, além de grande parte da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai. Possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Encontra-se em diferentes tipos de vegetações, tais como bordas de florestas, florestas secas e florestas de galeria.
    Hábitos alimentares: Néctar, insetos e frutos, tais como tapiá ou iricuruna.
    Reprodução: Enquanto a fêmea constrói o ninho, o macho fica totalmente responsável pela proteção. O ninho é construído em formato de taça utilizando materiais de origem vegetal (folhas e fibras), em altitudes de até sete metros do nível do solo. A fêmea deposita até três ovos por ninhada, podendo ter até quatro ninhadas por temporada. Em geral, a fêmea é quem incuba os ovos. Após a eclosão dos ovos, os filhotes permanecem no ninho por até 14 dias. Em média, os jovens ficam aptos para reproduzir com cerca de 12 meses de vida.

  • Saí-verde (Chlorophanes spiza)
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    Saí-verde

    Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 14 cm de comprimento e pode pesar até 19 g. Ave bastante atrativa pela coloração de sua plumagem, o macho contém tons em verde-azulado enquanto a fêmea é verde opaca. O bico é largo ao comparado com o corpo e a mandíbula é amarelada.
    Distribuição geográfica: Encontra-se nos países amazônicos. Possui registros em todas as regiões do Brasil.
    Habitat: Frequenta copa de árvores, borda de florestas, capoeiras arbóreas e clareiras.
    Hábitos alimentares: Frutos, pequenos invertebrados e néctar de flores.
    Reprodução: Constrói seu ninho em forquilhas de arvores utilizando teias de aranha. Deposita até três ovos por ninhada, podendo realizar três ninhadas por estação. Após 13 dias de incubação os ovos eclodem e os filhotes nascem. Em geral, os jovens atingem maturidade sexual após 12 meses de vida.

  • Saíra-beija-flor (Cyanerpes cyaneus)
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    Saíra-beija-flor

    Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 12 cm de comprimento e pesa até 15 g. O dimorfismo sexual é visível na coloração de suas plumagens, o macho adulto apresenta tons azuis ao longo do corpo, já a fêmea possui coloração corporal em tons verdes. O juvenis, por sua vez são similares as fêmeas.
    Distribuição geográfica: Distribui-se por todo o território Brasileiro.
    Habitat: Frequenta florestas de diversos tipos, habitando copas de árvores de grande porte.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de insetos (como cupins), frutas (como laranjas e caquis) e néctar das flores.
    Reprodução: Constrói seu ninho com formato de tigela em forquilhas de arvores, onde utiliza teias de aranha para fixação. Deposita até três ovos por ninhada, podendo realizar três ninhadas por estação. Após 13 dias de incubação os ovos eclodem e os filhotes nascem. O macho alimenta os filhotes por cerca de 14 dias, até que deixem o ninho. Em geral, os jovens atingem maturidade sexual após 12 meses de vida. 

  • Saíra-lagarta (Tangara desmaresti)
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    Saíra-lagarta

    Tangara desmaresti (Vieillot, 1819)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede em torno de 13,5 cm de comprimento. Não apresenta dimorfismo sexual.
    Distribuição Geográfica: Encontrada nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe
    Habitat: Habita pontos elevados da Serra do Mar, da Mantiqueira, do Caparaó, de Ibitipoca e do Caraça.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de frutas, folhas, larvas e insetos.
    Reprodução: Seu ninho possui formato de tigela. Cada ninhada tem de dois a três ovos, podendo ter até três ninhadas por temporada.

  • Saíra-militar (Tangara cyanocephala)
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    Saíra-militar

    Tangara cyanocephala (Statius Muller, 1776)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede cerca de 11,5 cm de comprimento e possuí peso corporal em torno de 18,5 g. Apresenta uma inconfundível mancha vermelha no pescoço e uma coroa tom azul metálico no alto da cabeça. Nas fêmeas, a mancha vermelha tende a um tom canela, por ser mais apagada. Possuem o corpo verde com dorso negro e faixa amarela sobre as penas verdes nas asas.
    Distribuição Geográfica: Ocorre em território brasileiro.
    Habitat: Bastante vistas em bandos mistos, costumam habitar plantas epífitas como bromélias.
    Hábitos Alimentares: Se alimentam com frutas, insetos, larvas e néctar de flores.
    Reprodução: Normalmente se reproduzem de setembro a novembro. Fazem ninhos em formatos de taças, geralmente feito em bromélias e emaranhados de epífitas, à média e elevada altura.

  • Saíra-negaça (Tangara punctata)
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    Saíra-negaça

    Tangara punctata (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 12 cm de comprimento. Ave muito bela, tendo tons de branco no centro e amarelo nas laterais da região ventral, cinza-esverdeado na região dorsal. Também possui pequenas manchas pretas ao longo de todo o corpo, dando uma aparência escamosa. Seu bico e seus olhos são negros enquanto as pernas são acinzentadas.
    Distribuição geográfica: Espécie encontrada nos países da região Amazônica.
    Habitat: Frequenta as copas das árvores.
    Hábitos alimentares: Pólen, sementes, frutos e pequenos insetos.
    Reprodução: O casal constrói o ninho em formato de taça, onde depositam até três ovos por ninhada, tendo em média até três ninhadas por temporada. Os ovos eclodem e os filhotes nascem após 17 dias de incubação.

  • Saíra-preciosa (Tangara preciosa)
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    Saíra-preciosa

    Tangara preciosa (Cabanis, 1850)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Também conhecida como saíra-de-cara-suja, essa ave possui cerca de 15 cm de comprimento. O macho contém a parte superior da região dorsal em tons de marrom-claro, região ventral com coloração verde-água, asas brancas com azul e cauda azul. Seu bico é preto, tendo uma faixa negra que saí do bico e para em volta de região ocular, possui pernas cinzas. O dimorfismo sexual é facilmente identificado, visto que a fêmea possui coloração marrom claro na região da cabeça e tons verdes no restante do corpo. Por sua vez os filhotes são pardos com cauda e asas em tons de verde.
    Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Em território brasileiro é exclusiva da região sul e sudeste.
    Habitat: Espécie encontrada nas Matas de Araucária e Mata Atlântica, podendo estar tanto no interior, quanto nas bordas das florestas.
    Hábitos alimentares: Frutos, sementes e pequenos artrópodes. Assim como outras aves, também pode ser avistada se alimentando em comedouros.
    Reprodução: Constrói seu ninho em formato de tigela, utilizando materiais tanto de origem vegetal (cipós e gramíneas) quanto de origem animal (pelos de animais), onde depositam até três ovos por ninhada, podendo realizar até três ninhadas por estação.
     

  • Saíra-sete-cores (Tangara seledon)
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    Saíra-sete-cores

    Tangara seledon (Statius Muller, 1776)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Tem em média 13,5 cm de comprimento e pesa cerca de 18 gramas. Como o próprio nome diz, essa espécie possuí uma combinação de várias cores para definir sua plumagem, possuindo tons de azul, amarelo, verde e preto. O dimorfismo sexual é visto na coloração entre os membros, onde a plumagem do macho é mais brilhante enquanto a da fêmea é mais apagada.
    Distribuição Geográfica: É uma espécie bastante comum no sudeste brasileiro. Ocorre da Bahia e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, também ocorre no Paraguai e na Argentina.
    Habitat: Encontrada em todos os estratos da floresta atlântica e nas matas baixas do litoral.
    Hábitos Alimentares: é uma ave predominantemente frugívora, alimenta-se de frutos de palmeira, goiaba, mamão, ameixa. Entretanto também pode se alimentar de insetos.
    Reprodução: Constrói o ninho com folhas e grama. Deixando-o escondido na vegetação. A fêmea deposita de dois a quatro ovos que são incubados por cerca de 16 dias. Após 16 da eclosão dos ovos, os filhotes tendem a deixar o ninho, entretanto continuam dependentes dos pais.

  • Saíra-viúva (Pipraeidea melanonota)
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    Saíra-viúva

    Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede cerca de 14,5 cm e pesa em média de 22 g. O macho apresenta coloração azul-claro da cabeça até a nuca. O manto é preto, uropígio azul claro e retrizes centrais negras, as retrizes laterais são azuis. As asas apresentam álula na cor azul claro. O bico é preto e os tarsos e pés são escuros. A fêmea é semelhante ao macho, todavia apresenta a coloração do alto da cabeça que se estende até o manto na coloração azul esverdeado, e as coberteiras e rêmiges são escuras com bordas de coloração azul esverdeada diferente do macho, que possuí coloração azul cobalto.
    Distribuição geográfica: Ocorre na Argentina, Paraguai, Venezuela e Uruguai. No Brasil ocorre do estado Pernambuco ao Rio Grande do Sul.
    Habitat: Habita florestas, restingas e às vezes em paisagens semiabertas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de frutos, insetos e sementes de alguns tipos de ervas daninhas.
    Reprodução: O ninho é elaborado com musgos, a cerca de 17,5 m de altura, escondido entre plantas epífitas, sobre as árvores.
     

  • Sanã-carijó (Mustelirallus albicollis)
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    Sanã-carijó

    Mustelirallus albicollis (Vieillot, 1819)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Mede cerca de 22 cm de comprimento e possuí peso médio de 106 gr. A região superior é malhada de negro, as pernas por sua vez, são pardacentas ou esverdeadas e o bico possuí tons amarelos.
    Distribuição Geográfica: Ampla distribuição na América do Sul, ocorrendo nas Guianas, Venezuela, Peru, Colômbia, Bolívia, Paraguai, Argentina, e em território brasileiro ocorre desde o Pará até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Comum em áreas alagadas, tais como pântanos, lagos com gramíneas e campos de rizicultura irrigada.
    Hábitos Alimentares: Onívoro, alimenta-se capim, brotos de milho e pequenas cobras-d´água. Retira e alimenta-se de insetos e larvas das fezes do gado.
    Reprodução: Constrói seu ninho com gramíneas trançadas no solo. Depositando cerca de 2 ou 3 ovos.

  • Sanã-parda (Laterallus melanophaius)
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    Sanã-parda

    Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Mede cerca de 16 cm de comprimento e pesa entre 53 e 60 g.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
    Habitat: Frequenta pântanos, banhados, brejos, taboais e pirizais.
    Hábitos Alimentares: Sementes e pequenos artrópodes.
    Reprodução: Costuma elaborar o ninho em formato globular com entrada lateral, fixo em arbustos com altura média de 1 m acima da água. Põe cerca de 4 ou 5 ovos brancos, com colorações diversas, podendo ser cor creme, salpicados de marrom, castanho ou violeta.

  • Sanã-vermelha (Laterallus leucopyrrhus)
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    Sanã-vermelha

    Laterallus leucopyrrhus (Vieillot, 1819)
    Ordem:  Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Mede cerca de 17 cm. Conforme o nome descreve, é uma ave com coloração avermelhada, possuí o peito branco enquanto a região inferior é listrada em preto e branco, sua íris é vermelha, por sua vez, o bico é preto manchado de amarelo. Não possuí dimorfismo sexual.
    Distribuição geográfica: Em países da América do Sul, tais como, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em território brasileiro, encontra-se nas regiões sul e sudeste.
    Habitat:  Frequenta áreas pantanosas, brejos e taboais da orla marítima e nas serras adjacentes.
     

  • Sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata)
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    Sanhaçu-de-encontro-amarelo

    Tangara ornata (Sparrman, 1789)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede em torno de 18 cm e pesa 43 gramas. Essa espécie não contém dimorfismo sexual. Possuí coloração azul-acinzentada, com as coberteiras superiores das asas em tons amarelos. No inverno são comumente encontrados em bandos, onde se unem com finalidade de proteção contra inimigos.
    Distribuição Geográfica:  Encontrado do Rio Grande do Sul até a Bahia.
    Habitat: Frequente em beira de matas e capoeiras.
    Hábitos Alimentares: Pequenos frutos, botões e néctar, conseguem caçar insetos em voos, como cupins e borboletas.
    Reprodução: Geralmente o casal constrói o ninho em formato de cesto aberto, às vezes entre grandes bromélias.

  • Sanhaçu-de-encontro-azul (Tangara cyanoptera)
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    Sanhaçu-de-encontro-azul

    Tangara cyanoptera (Vieillot, 1817)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: O macho mede 13 cm de comprimento e pesa 43 gramas. Possui corpo cheio, bico forte com ponta fina, pernas curtas e grossas. Macho e fêmea possuem a coloração em tons de azul.
    Distribuição Geográfica: Ocorre na Mata Atlântica, da Bahia ao Rio Grande do Sul.
    Habitat: Florestas virgens, secundárias e capoeiras, pomares e jardins de áreas urbanas e rurais.
    Hábitos Alimentares: Se alimentam com frutas, folhas de chuchu e de pitombeira, sementes, insetos, larvas, vermes e aranhas de pequeno porte.
    Reprodução: Se reproduz entre a primavera e o verão. Constroem o ninho numa forquilha a uma altura que varia de dois a 15 metros de altura, com o formato de uma tigela.

  • Sanhaçu-de-fogo (Piranga flava)
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    Sanhaçu-de-fogo

    Piranga flava (Vieillot, 1822)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Cardinalidae

    Descrição: Possui cerca de 18 cm de comprimento e pode pesar até 40 g. O dimorfismo sexual é bastante notável nesta espécie, uma vez que o macho contém plumagem cor fortes colorações carmim, face, garganta, peito e ventre em tons vermelho-alaranjados. Por sua vez, as fêmeas são diferentes, apresentam a mesma distribuição de cores, porém as regiões vermelho alaranjadas são substituídas por um forte amarelo esverdeado. Os jovens são semelhantes aos adultos, entretanto possuem tons mais pálidos.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em países litorâneos da América do Sul, como as Guianas e o Brasil. Em território brasileiro, essa ave possui registros desde o Nordeste até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta o topo das árvores de matas ralas e decíduas, cerrados e capões de eucalipto.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de pequenos invertebrados, frutas, folhas, botões e também néctar. Podem se adaptar a ambientes antropizados frequentando comedouros de frutas.
    Reprodução: Constrói seu ninho em formato de tigela com materiais de origem vegetal (folhas, fibras e gravetos). A fêmea deposita de dois a cinco ovos a quais ela mesmo incuba em um período de 14 dias. Após a incubação os ovos eclodem e os filhotes nascem.

  • Sanhaçu-do-coqueiro (Tangara palmarum)
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    Sanhaçu-do-coqueiro

    Tangara palmarum (Wied, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede cerca de 17,5 centímetros e pesa em torno de 37,5 gramas. Costumam pousar no topo das árvores e muitas vezes são vistos contra o céu. Possui coloração esverdeada, diferenciando-o das outras espécies de Sanhaçus. O fato de frequentar palmeiras origina seu nome popular, Sanhaçu-do-coqueiro.
    Distribuição Geográfica: Espécie bem distribuída em todos os continentes, com exceção dos mais frios como a Antártida.
    Habitat: Ambientes florestados, capões de cerrado, pode se adaptar a pomares e ambientes urbanos bem arborizado. Costuma habitar as partes baixas da vegetação.
    Hábitos Alimentares: Néctar e frutas e também insetos como cupins e formigas aladas.
    Reprodução: Constrói o ninho em meio a folhagens densas ou então nas bainhas foliares das palmeiras. Costumam o revestir com fibras vegetais. Os ovos são incubados pela fêmea durante 14 dias. Após isso eclodem, e só deixam o ninho após 21 dias.

  • Sanhaçu-frade (Stephanophorus diadematus)
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    Sanhaçu-frade

    Stephanophorus diadematus (Temminck, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede cerca de 19 cm de comprimento e pesa em torno de 41,5 g. O macho possui sua coloração mais brilhosa que a fêmea, já o imaturo possui cor de fuligem.
    Distribuição Geográfica: Presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    Habitat: Habita desde mata densa baixa à cumes das serras.
    Hábitos Alimentares: Ave frugívora. Aprecia pétalas das flores de goiaba serrana
    Reprodução: Fazem ninho tipo taças. Depositam até quatro ovos por ninhada, tendo em média duas ninhadas por ano.
     

  • Sanhaçu-papa-laranja (Pipraeidea bonariensis)
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    Sanhaçu-papa-laranja

    Pipraeidea bonariensis (Gmelin, 1789)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidade

    Descrição: Mede cerca de 17 cm de comprimento e pesa em média 37 gr. Espécie com dimorfismo sexual, o macho apresenta plumagem com fortes tons entre azul, preto e amarelo, enquanto as fêmeas são pardo-esverdeadas.
    Distribuição Geográfica: Encontrado na Argentina e no Brasil, em território nacional aparece nas regiões Centro-oeste, sudeste e sul.
    Habitat: Habita matas de galeria e capões.
    Hábitos Alimentares: Predominantemente frugívoro.
    Reprodução: Depositam em média três ovos por ninhada, e respectivamente possuí até 3 ninhadas por temporada. Os ovos eclodem após um período de 13 dias de incubação, e os filhotes só atingem maturidade sexual com um ano de vida.

  • Saracura-carijó (Pardirallus maculatus)
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    Saracura-carijó

    Pardirallus maculatus (Boddaert, 1783)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Mede 26 cm de comprimento. Também conhecida como Saracura-pintada devido sua plumagem de coloração preta com pequenas manchas brancas.
    Distribuição Geográfica: Ocorre desde os Estados Unidos até a América do Sul.
    Habitat: Frequentas áreas alagadas como brejos, taboais e capinzais alagados.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de minhocas, gastrópodes, artrópodes e peixes.
    Reprodução: Constrói o ninho na vegetação que cresce na borda de coleções de água, encontra-se a poucos centímetros acima do nível da água. Deposita até sete ovos a quais são incubados pelo casal. O macho é responsável pela alimentação do ninho durante o período de incubação.  
     

  • Saracura-do-banhado (Pardirallus sanguinolentus)
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    Saracura-do-banhado

    Pardirallus sanguinolentus (Swainson, 1838)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Mede cerca de 32 cm de comprimento. A coloração de sua plumagem varia do marrom ao preto, a parte superior de sua maxila é azulada enquanto a inferior é vermelha. Suas pernas são castanho-avermelhadas
    Distribuição Geográfica: Amplamente distribuída na América do Sul, além de também ocorrer nas Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul.
    Habitat: Vive em áreas alagadas, como brejos e banhados extensos.
    Hábitos Alimentares: Consome invertebrados e vegetação.
    Reprodução: Constrói seus ninhos sobre o capim, taboas ou sobre a vegetação à beira d'água. Deposita em média cinco ovos.
     

  • Saracura-do-mato (Aramides saracura)
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    Saracura-do-mato

    Aramides saracura (Spix, 1825)
    Ordem: Gruiforme
    Família: Ralidae

    Descrição: Mede 34 cm de comprimento e pesa cerca de 540 g. Possui os olhos vermelhos, penas marrons e azuis, e bico verde esmeralda. Tem um canto forte e o faz ao entardecer. Se esconde ao menor sinal de perigo.
    Distribuição geográfica: É encontrada no sul e sudeste do Brasil e também na Argentina e Paraguai.
    Habitat: Zonas temperadas, florestas e rios de altas e baixas altitudes. Preferem áreas pantanosas a que áreas abertas.
    Hábitos alimentares: Espécie onívora, se alimenta de grama, broto de milho, insetos, larvas, ovos de outras aves aquáticas e ovos de anfíbios.
    Reprodução: Constrói seus ninhos no mato, dois metros acima do solo. Geralmente colocam de quatro a cinco ovos que são tingidos de marrom.
     

  • Saracura-matraca (Rallus longirostris)
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    Saracura-matraca

    Rallus longirostris (Boddaert, 1783)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Possuí em média 30 cm e apresenta coloração geral marrom com o lado do corpo riscado de negro e com um bico amarelado.
    Distribuição Geográfica: Encontrado em todo o litoral brasileiro.
    Habitat: Habita áreas de transição na região costeira, entre eles o manguezal e marismas.
    Hábitos Alimentares: Os ninhos são construídos em árvores de média altura, são depositados de um a 14 ovos, onde estes são incubados por ambos os pais em um período de 15 a 30 dias. Os filhotes se tornam independentes após 8 semanas.

  • Saracura-sanã (Pardirallus nigricans)
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    Saracura-sanã

    Pardirallus nigricans (Rafinesque, 1815)
    Ordem: Gruiformes
    Família: Rallidae

    Descrição: Possui cerca de 30 cm de comprimento. Não apresenta dimorfismo sexual, em geral, tanto os machos quanto as fêmeas possuem o dorso em coloração marrom, garganta branca e região ventral acinzentada. Seu bico é esverdeado e suas pernas são vermelhas.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, como Venezuela, Peru, Colômbia, Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil. Em território brasileiro essa ave pode ser encontrada desde o estado do Pará até o estado do Rio Grande do Sul.
    Habitat: Encontra-se em ambientes alagados, tais como banhados, brejos, lagos com gramíneas e áreas de rizicultura.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de pequenos vertebrados (anfíbios) e invertebrados (insetos e suas larvas), além de brotos e capins.
    Reprodução: Constrói seu ninho a nível do solo com materiais de origem vegetal (gramíneas), onde deposita até três ovos de cor creme.

  • Sargento (Agelasticus thilius)
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    Sargento

    Agelasticus thilius (Molina, 1782)
    Ordem: Passeriformes  
    Família: Icteridae

    Descrição: Mede cerca de 17 cm. Geralmente é preto com asas superiores e inferiores amarelas. Tanto as fêmeas quanto os jovens possuem listras bege.

    Distribuição geográfica: América do Sul em países como Bolívia, Peru, Argentina , Paraguai, Uruguai, Chile e Brasil.
    Habitat: Áreas abertas, ambientes rurais, lagos, rios, campos limpos e inundados.
    Hábitos Alimentares: Sementes, frutos, néctar e invertebrados de pequeno porte.
    Reprodução: Em média, realizam apenas uma ninhada por temporada onde são depositados cerca de três ovos em um ninho elaborado sobre a grama.
     

  • Savacu (Nycticorax nycticorax)
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    Savacu

    Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Pelecaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Mede cerca de 60 cm de comprimento. Apresenta a cabeça e o dorso negros, suas azas possuem colorações cinzentas, possuí até três penas nucais esbranquiçadas. Seus olhos são grandes e vermelhos, diferente do imaturo, a qual apresentas olhos amarelados.
    Distribuição geográfica: Ocorre em todo continente americano, também está presente na Europa.
    Habitat: Vive próximo a ambientes alagados, como bordas de lagos, lagoas e rios.
    Hábitos Alimentares: Peixes, anfíbios, artrópodes (crustáceos e insetos), pequenos répteis e até mesmo filhotes de outras aves.
    Reprodução: Macho e fêmea participam da construção do ninho, que por sua vez está localizado até sete metros de altura. O cuidado parental continua na incubação. Durante um período de 23 dias podem.

     

  • Savacu-de-coroa (Nyctanassa violacea)
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    Savacu-de-coroa

    Nyctanassa violacea (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Pelecaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Mede em média 60 cm e pesa cerca de 650 gr. Possuí a cabeça preta, com 3 faixas brancas. Sua plumagem corporal é cinza, com manchas pretas nas asas. O bico vai variar de tamanho dependendo das presas da região onde habita.
    Distribuição Geográfica: Ocorre em todo território brasileiro. Também pode ser encontrado desde os Estados Unidos até o noroeste do Peru.
    Habitat: Habita áreas alagadas, como manguezais, pântanos e várzeas próximos da costa, também pode frequentar margens de rios.
    Hábitos Alimentares: Possui dieta variada se alimentando de pequenos invertebrados, entretanto são de sua preferência os caranguejinhos encontrados nos mangues.
    Reprodução: Se reproduzem em colônias com outras espécies de garças. Entretanto também constroem ninhos solitários, sobre arbustos ou árvores, utilizando galhos cruzados. Pode colocar até oito ovos.

  • Seriema (Cariama cristata)
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    Seriema

    Cariama cristata (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Cariamiformes
    Família: Cariamidae

    Descrição: Em média de 90 cm e pesa em torno de 1,4 kg. Possui asas largas e duras e cauda longa. É um dos pouco pássaros que tem cílios. As penas são cinzas com uma ligeira com marrom ou amarelo claro. O bico é vermelho, assim como as pernas. Possui cerdas na base do bico, o que ajuda a camuflar junto a vegetação. Devido ao hábito terrestre, ela empoleira-se em cima de uma árvore para dormir. Quando se sente ameaçada, geralmente corre em zigue-zague e pode achegar de 40 a 70 km/h antes de começar a voar. Ela banha-se de poeira e sol. Seu canto é incrível, pode ser ouvido a mais de 1 km, por isso e conhecido como a voz do cerrado.
    Distribuição geográfica: No Brasil central e oriental, até o oeste do Mato Grosso e sul do Pará. Da Argentina, Uruguai, Paraguai estende-se também da Bolívia ao Brasil.
    Habitat: Vive em áreas secas e abertas e em áreas de planalto.
    Hábitos alimentares: Comem besouros, larvas, aranhas, cobras e lagartos, roedores, gastrópodes, aves jovens e frutas colhidas em pequenos arbustos ou no chão.
    Reprodução: Ficam aos casais ou em pequenos bandos. A cópula é realizada no topo das de árvores e constrói o ninho com um tamanho razoável, com galhos e tocos de madeira, forrados com esterco de vaca, argila ou folhas secas no fundo, coloca de dois a quatro ovos brancos levemente rosados. O casal reveza o choco dos ovos, variando de 26 a 29 dias nascem os filhotes.
     

  • Socó-boi-baio (Botaurus pinnatus)
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    Socó-boi-baio
    Socó-boi-baio

    Botaurus pinnatus (Wagler, 1829)
    Ordem: Pelecaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Mede de 65 a 76 cm de comprimento.
    Distribuição geográfica: Brasil oriental. Do México à Argentina.
    Habitat: Banhados, rios, lagoas com vegetação aquática e palustre.
    Hábitos alimentares: Anfíbios e pequenos roedores.
    Reprodução: Coloca de 02 a 03 ovos.

  • Socoí-amarelo (Ixobrychus involucris)
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    Socoí-amarelo

    Ixobrychus involucris (Vieillot, 1823)
    Ordem: Pelecaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Possui até 33 cm de comprimento, sua plumagem é predominantemente amarelo-ferrugínea com preto. Seu bico e seus pés são amarelo-pardos.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul em países como Venezuela, Colômbia, Bolívia e Brasil. Em território brasileiro possui registros desde a região Nordeste até a região Sul.
    Habitat: Costuma ficar em meio a capins próximos a áreas alagadas, pode viver em juncos de banhados. Costuma ficar sempre escondido sobre a vegetação, saindo em raras ocasiões ao fazer pequenos voos sobre a vegetação.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de animais de origem aquática, como pequenos crustáceos e peixes.
     

  • Socozinho (Butorides striata)
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    Socozinho

    Butorides striata (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Pelicaniformes
    Família: Ardeidae

    Descrição: Tem cerca de 36 cm. Sua plumagem é acinzentada enquanto suas pernas são compridas e amareladas.
    Distribuição geográfica: Encontrados em regiões quentes ao redor do planeta, como nos continentes Americano, Africano, Asiático, Australiano e também em ilhas do oeste do Oceano Pacífico.
    Habitat: Encontrado próximos a corpos de água, podendo ser rios, riachos, lagoas, brejos e até mesmo orla marítima.
    Hábitos alimentares:  Peixes, artrópodes aquáticos, moluscos, anfíbios e pequenos répteis.
    Reprodução: Constrói seus ninhos na vegetação arbórea em brejais. Depositam até quatro ovos a quais são incubados em um período de 23 dias.
     

  • Surucuá-de-barriga-amarela (Trogon rufus)
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    Surucuá-de-barriga-amarela

    Trogon rufus (Gmelin, 1788)
    Ordem: Trogoniformes
    Família: Trogonidae

    Descrição: Possui cerca de 24,5 cm de comprimento e pesa até 55 g. Tanto o macho quanto a fêmea apresentam ventre amarelado e cauda barrada. O dimorfismo sexual pode ser facilmente avistado na região dorsal e nas asas de ambos os sexos, o macho contém coloração verde-metálico enquanto a fêmea possui tons pardos. Essa ave possui olhos castanhos.
    Distribuição geográfica: Ave distribuída nos países da região Amazônica e também ao longo da região costeira brasileira.
    Habitat: Frequenta diversos tipos de habitats, entre eles florestas primárias e secundárias de regiões montanhosas e matas de terra firme.
    Hábitos alimentares: Frutos e insetos, comumente encontrado seguindo macacos com finalidade de encontrar alimento, tais como os louva-a-deus (gênero Mantidae).
    Reprodução: Costuma nidificar em cupinzeiros encontrados em árvores ou até mesmo árvores ocas, em alturas de até 4 m do nível do solo, onde depositam cerca de três ovos claros.
     

  • Surucuá-variado (Trogon surrucura)
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    Surucuá-variado

    Trogon surrucura (Vieillot, 1817)
    Ordem: Trogoniformes
    Família: Trogonidae

    Descrição: Possui cerca de 27 cm de comprimento e pesa até 78 g. O macho difere da fêmea quando o assunto é coloração corporal, o macho contém tons azuis na região dorsal, peitoral e asas, com tons amarelos na região da barriga. Já a fêmea possui tons escuros na região dorsal, peitoral e asas, com tons avermelhados na região da barriga. Os pés dessa ave são curtos, com dois dedos voltados para trás e dois para frente.
    Distribuição geográfica: Ave encontrada ao longo da América do Sul.
    Habitat: Regiões montanhosas e matas de cerradão.
    Hábitos alimentares: Pequenos invertebrados (insetos e moluscos) e frutos como o palmito-juçara.
    Reprodução: Costuma nidificar em árvores ocas e cupinzeiros localizados sobre as árvores, a fêmea deposita até quatro ovos que são incubados por cerca de 19 dias por ambos os pais, além disso, após o nascimento os pais também revezam na alimentação dos filhotes. Os jovens tendem a deixar o ninho com cerca de 21 dias de vida.
     

  • Tachã (Chauna torquata)
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    Tachã
    Tachã

    Chauna torquata (Oken, 1816)
    Ordem: Anseriformes
    Família: Anhimidae

    Descrição: Altura média de 80 cm e peso em torno de 4 kg.
    Distribuição geográfica: Ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Região Sul.
    Habitat: Brejos, estuários.
    Reprodução: Coloca de 2 a 7 ovos, chocados durante cerca de 45 dias.
    Hábitos alimentares: Folhas de plantas aquáticas, insetos e moluscos.
    Período de vida: Cerca de 15 anos.

  • Tangará (Chiroxiphia caudata)
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    Tangará

    Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Pipridae, Rafinesque, 1815

    Descrição: Cerca de 13 cm de comprimento,  apresentam dimorfismo sexual apenas quando atingem a maturidade sexual. Quando filhote/jovem ambos são de cor verde oliva. Aos poucos o macho se diferencia da fêmea apresentado o topo da cabeça vermelha, o peito e parte do dorso na cor azul com as pontas das asas, cauda e parte da cabeça da cor preta. Entre os seus principais hábitos, está a típica dança pré-nupcial, onde os machos se exibem para a fêmea. Vários machos enfileiram-se num galho e exibindo-se ante a fêmea, um de cada vez. Depois de executarem o rito, cada um volta ao fim da fila e espera a vez de exibir-se novamente.
    Distribuição geográfica: Habita as matas densas do sul da Bahia, do sudeste e sul do Brasil, do Paraguai e nordeste da Argentina (Província de Missiones).
    Habitat: Habita interior e bordas de florestas.
    Hábitos Alimentares: Onívoro, alimentando-se de bagas e pequenos artrópodes.
    Reprodução: Constrói seu ninho com material vegetal, em forma de cesta sobre uma forquilha alta, postura de geralmente 2 ovos, incubados pela fêmea por 18 dias. Com 20 dias de vida os filhotes tornam-se independentes.

  • Taperuçu-de-coleira-branca (Streptoprocne zonaris)
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    Taperuçu-de-coleira-branca

    Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796)
    Ordem: Apodiformes
    Família: Apodidae

    Descrição: Ave com cerca de 20 cm de comprimento, porém com pés pequenos em relação ao próprio corpo, o que dificulta sua locomoção entre os galhos.
    Distribuição Geográfica: Encontrado em todo território brasileiro.
    Habitat: Sobrevoam sempre florestas, campos e cidades.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de insetos capturados em voos.
    Reprodução: Fazem ninhos de fibras vegetais, musgos e pedras pequenas aglutinadas com barro e saliva é fixado em paredões ao redor de cascatas e grutas escuras.
     

  • Tecelão (Cacicus chrysopterus)
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    Tecelão

    Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825)
    Ordem: Passeriformes 
    Família: Icteridae

    Descrição: Mede entre 19 a 21 cm de comprimento, pesando entre 31 a 39 g de peso. Não há dimorfismo sexual, seu bico pontiagudo possuí coloração azul claro, a íris é branca variando em tons mais claros de cinza, seu corpo fino é preto, com asas e uropígio amarelo brilhante. Possui uma voz nasal, com canto melodioso.
    Distribuição geográfica: Sergipe, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
    Habitat: Ele vive sozinho ou em pares dentro ou na orla da floresta.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de pequenos insetos bem como suas larvas, que são capturadas no alto das árvores, frutas também estão inclusas em sua dieta.
    Reprodução: Seu nome Tecelão é oriundo da forma que tece o seu ninho, com fibras de plantas filamentosas e fios, eles trançam e dão nós, formando  algo parecido como uma bolsa de ombro que mede cerca de 65 cm de comprimento. Gera, em média, duas ninhadas por estação, e normalmente colocando 3 ovos.

  • Tesourão (Fregata magnificens)
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    Tesourão

    Fregata magnificens (Mathews, 1914)
    Ordem: Suliformes
    Família: Fregatidae

    Descrição: Possuí em média 90 cm de comprimento e cerca de 200 cm de envergadura, entretanto, embora seja uma ave grande, possuí apenas 1,5 kg, o que o torna muito leve. A plumagem do macho é predominantemente preta, com apenas o saco gular em tons avermelhados, por sua vez, a fêmea também tem plumagem preta, porém com peito branco.
    Distribuição geográfica: Comum nos oceanos Atlântico e Pacífico, e também em regiões costeiras da América do Sul e Central. É encontrado por toda a região costeira do Brasil, sendo muito comum nas praias de Santa Catarina.
    Habitat: Áreas costeiras como restingas e também ilhas ao longo dos oceanos Atlântico e Pacífico.
    Hábitos Alimentares: Se alimenta de peixes localizados próximos a superfície através de voos rasantes, realiza essa pescaria com muita cautela pois não possuí habilidade com natação.
    Reprodução: O ciclo reprodutivo tem início entre junho e agosto. Constroem seus ninhos em árvores, utilizando gravetos e fezes, formando uma espécie de plataforma. A fêmea deposita apenas um ovo branco que será incubado por ambos os pais em cerca de 45 dias. Embora aptos ao voo, os filhotes podem permanecer sendo alimentados pela mãe por até 9 meses.
     

  • Tesourinha (Tyrannus savana)
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    Tesourinha

    Tyrannus savana (Vieillot, 1808)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Tyrannidae

    Descrição: Pode medir até 40 cm de comprimento. Apresenta capuz negro, dorso cinza uniforme. Possui um discreto dimorfismo sexual, sendo que os machos possuem uma cauda com duas penas a mais. A sua característica cauda original seu nome popular, tesourinha.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Brasil, Paraguai, Caribe e no sul do México.
    Habitat:  Localmente, procuram as áreas abertas, como os cerrados, pastagens e áreas de cultura, onde ficam pousadas em mourões de cerca, postes, fios e árvores isoladas. Também podem procurar as matas, ou até mesmo cidades.
    Hábitos Alimentares: Consome frutos em épocas de migração. Também se alimenta de insetos.
    Reprodução: Se reproduz entre setembro e dezembro. O ninho é ralo, aberto e em forma de uma tigela, é feito com gravetos porcamente amontoados.

  • Tico-tico (Zonotrichia capensis )
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    Tico-tico

    Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Passerellidae

    Descrição: Possui cerca de 15 cm de comprimento. Sua plumagem é predominantemente pardo-acinzentada.
    Distribuição geográfica: Encontra-se desde o México ao Panamá, e também por quase toda a América do Sul, com exceção apenas das áreas florestadas da região Amazônica.
    Habitat: O Tico-tico é comumente encontrado em paisagens abertas como campos e ambientes agrícolas, é altamente adaptado a regiões antropizadas podendo ser visto em jardins de residências, pátios e coberturas verdes em edifícios.
    Hábitos alimentares: Sementes, brotos, frutos e pequenos invertebrados.
    Reprodução: Constrói o ninho em formato de tigela utilizando materiais de origem vegetal, como capim e raízes. São depositados até cinco ovos a quais são incubados em um período de 14 dias. Após a eclosão os filhotes nascem e tendem a deixar o ninho em um período de 20 dias.

  • Tico-tico-do-campo (Ammodramus humeralis )
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    Tico-tico-do-campo

    Ammodramus humeralis (Cabanis e Heine, 1850)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Passerellidae

    Descrição: O tico-tico-do-campo possui cerca de 13 cm de comprimento. Sua plumagem é predominantemente marrom-escuro, preto e cinza. Contendo também uma cor amarelo vivo na face e no encontro da asa. Essa ave não possui dimorfismo sexual, sendo os machos bastante semelhantes as fêmeas.
    Distribuição geográfica: Ocorre em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Equador e do Chile. Há registros dessa ave em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Costuma frequentar campos secos com gramíneas, cerrados, e moitas de capim alto. Em outras palavras, o tico-tico-do-campo gosta áreas abertas, característica que acaba originando seu nome popular.
    Hábitos alimentares: Sementes e pequenos invertebrados.
    Reprodução: Constrói seu ninho no nível do solo em formato de tigela. A fêmea deposita até três ovos azulados.

  • Tico-tico-rei (Lanio cucullatus)
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    Tico-tico-rei

    Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 13,5 cm de comprimento e pode pesar até 18 g. Sua plumagem é marrom na região dorsal e avermelhada na região do ventre, tendo a cabeça em tons avermelhados. O macho apresenta plumagem com tons mais vivos, por sua vez a coloração da fêmea é menos destacada, tendo tons mais pardos.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em quase todas as regiões brasileiras, com exceção apenas de alguns estados da região nordeste.
    Habitat: Frequenta ambientes diversificados como bordas de florestas, áreas de cerrados e campestres, capoeiras, tendo preferência a ambientes sombreados.
    Hábitos alimentares: Espécie onívora, o tico-tico-rei alimenta-se desde sementes, brotos e frutas à pequenos invertebrados.
    Reprodução: Comumente o Tico-tico-rei costuma construir seu ninho em bordas de florestas ou cerrado, utiliza de matérias de origem vegetal pra formar o abrigo onde irá depositar até três ovos. A fêmea incuba seus ovos que só irão eclodir após 12 dias. Após o nascimento, os filhotes permanecem no ninho por cerca de 12 dias.

  • Tico-tico-rei-cinza (Lanio pileatus)
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    Tico-tico-rei-cinza

    Lanio pileatus (Wied, 1821)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 13,5 cm de comprimento e pode pesar até 18 g. Conforme o nome popular descreve, essa ave apresenta uma predominante coloração cinza em sua plumagem. O dimorfismo sexual é bastante característico, o macho apresenta coroa em coloração preta com vermelho, por sua vez, a fêmea apresenta coroa pardo-acinzentada. Tanto o bico, quanto os pés dessa ave são acinzentados.
    Distribuição geográfica: Encontra-se em alguns países da América do Sul como Brasil, Colômbia e Venezuela. Em território brasileiro pode ser registrado nas regiões Nordeste e Sudeste.
    Habitat: Costuma sobreviver em ambientes de caatinga, mata seca e restinga. Sendo comumente encontrado próximo a fontes de água.
    Hábitos alimentares: Tem preferência a grãos, entretanto pode complementar sua alimentação com diversas espécies de pequenos invertebrados.
    Reprodução: Constrói seu ninho utilizando materiais de origem vegetal (folhas, fibras e galhos), onde deposita até três ovos por ninhada. Deve ser realçado que essa espécie pode realizar até três ninhadas por temporada reprodutiva. Após depositar os ovos, a fêmea incuba-os por cerca de 13 dias, após esse período eles eclodem, nascendo os filhotes.

  • Tiê-de-bando (Habia rubica)
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    Tiê-de-bando

    Habia rubica (Vieillot, 1817)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Cardinalidae

    Descrição: Possui cerca de 20 cm de comprimento, e pesa até 40 g. O macho possui plumagem com coloração vermelho-amarronzado, e topo da cabeça vermelho, já a fêmea é marrom-olivácea com a cabeça amarelada.
    Distribuição geográfica: Em território brasileiro, distribui-se de Minas Gerais e Espírito Santo ao Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta o extrato mais baixo tanto do interior quanto das bordas de florestas húmidas.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de frutos, sementes e pequenos invertebrados como insetos e aranhas.
    Reprodução: Constrói em formato de tigela utilizando materiais de origem vegetal. Deposita até dois ovos por ninhada, podendo ter até duas ninhadas por estação. Após incubar os ovos, esses eclodem e os filhotes nascem.

  • Tiê-preto (Tachyphonus coronatus)
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    Tiê-preto

    Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede cerca de 18 cm de comprimento. A crista vermelha nem sempre é visível. O dimorfismo sexual é visto na cor das plumagens, onde o macho possuí um tom de preto brilhante, enquanto fêmea detém plumagem toda marrom.
    Distribuição Geográfica: Argentina, Brasil e Paraguai.
    Habitat: Ave frequentemente avistada em árvores frutíferas.
    Hábitos Alimentares: Frutos, sementes, flores e insetos.
    Reprodução: O ninho é feito em forma de tigela, confeccionado com cipós, folhas e ramos, é forrado no seu interior com raízes finas. Tem diâmetro externo de média 12 centímetros, estando na vegetação a menos de dois metros de altura.

  • Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius)
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    Tiê-sangue

    Ramphocelus bresilius (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Mede cerca de 18 cm de comprimento e pesa em torno de 30 g. A coloração do macho é de um vermelho-vivo, originando seu nome popular. Parte das asas e da cauda são pretas. A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo a plumagem da fêmea menos majestosa, de cor parda nas regiões superiores e marrom-avermelhada nas inferiores.
    Distribuição Geográfica: Espécie endêmica brasileira, distribui-se desde a Paraíba a Santa Catarina.
    Habitat: Capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações. Também frequenta parques e praças de cidades.
    Hábitos Alimentares: É predominantemente frugívoro, apreciando frutos da Embaúba. Entretanto também se alimenta de artrópodes.
    Reprodução: Constrói o ninho em formato de cesto, que muitas vezes tem forração de materiais do tipo: fibra de palmeira, fibra de sisal, fibra de coco e raiz de capim. Reproduz na primavera e no verão.

  • Tietinga (Cissopis leverianus)
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    Tietinga

    Cissopis leverianus (Gmelin, 1788)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 28 cm de comprimento e pesa 70 g. Em geral, essa ave apresenta região dorsal com tons escuros (azul marinho e preto) e região ventral em tons claros (branco).
    Distribuição geográfica: Encontra-se nos seguintes países: Argentina, Brasil, Paraguai, Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
    Habitat: Geralmente, costuma frequentar bordas de florestas, capoeiras arbustivas com árvores esparsas e florestas de galeria, podendo também ser avistado pousando sobre árvores em ambientes abertos.
    Hábitos alimentares: Se alimenta de insetos e frutos, tendo a goiaba e a banana como alimento preferido.
    Reprodução: Se reproduz em média duas vezes por estação, onde deposita até três ovos em ninhos construídos sobre árvores, a quais utilizam materiais de origem vegetal como matéria prima.

  • Tiriba-grande (Pyrrhura cruentata)
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    Tiriba-grande

    Pyrrhura cruentata (Wied, 1820)
    Ordem: Psittaciformes
    Família: Psittacidae

    Descrição: Tiriba-grande também conhecida como Cara-suja, é uma ave de grande porte ao comparada com outros membros do seu gênero (Pyrrhura), visto que detém cerca de 30 cm de comprimento. Possuí diversos tons em sua plumagem corporal, contendo cores como amarelo, verde, azul e vermelho. Em geral, seu bico e seus pés são em tons de marrom claro.
    Distribuição geográfica: Espécie endêmica brasileira, possuí registros nos estados de Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
    Habitat: Em geral, essa espécie é encontrada em ambientes de Mata Atlântica com até 400 m de altura, entretanto em Minas Gerais, pode ser encontra a até 900 m de altitude.
    Hábitos alimentares: Sua alimentação é composta por frutos.

     

  • Tiziu (Volatinia jacarina)
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    Tiziu

    Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Possui cerca de 12 cm de comprimento. Essa espécie apresenta dimorfismo sexual, o macho contém plumagem azul-metálica enquanto a fêmea é marrom-oliva. Os indivíduos imaturos são semelhantes as fêmeas.
    Distribuição geográfica: Espécie distribuída desde o México ao Panamá, e também por toda a América do Sul. Possui registros em todos os estados brasileiros.
    Habitat: Frequente em ambientes alterados, descampados, savanas, campos e capoeiras baixas.
    Hábitos alimentares: Sua alimentação é principalmente composta por gramíneas como a braquiária, entretanto também se alimenta de insetos e frequenta comedouros de quirera de milho.
    Reprodução: É uma espécie adaptada as diferentes estações, pode procriar em qualquer época do ano. Constrói seu ninho em formato de tigela sobre as gramíneas, onde deposita até quatro ovos.

     

  • Tocava-campainha (Chamaeza campanisona)
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    Tocava-campainha

    Chamaeza campanisona (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Formicariidae

    Descrição: Possui cerca de 20 cm de comprimento e pesa até 70 g. Sua plumagem é predominantemente marrom, preto e cinza, com algumas plumas em tons amarelados na região do peito. Seu bico é bege e seus pés são esbranquiçados.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul em países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil. Em território Brasileiro pode ser encontrado desde os estados do Ceará e Alagoas até o Rio Grande do Sul.
    Habitat: Frequenta florestas úmidas e capoeiras maduras, além de ambientes montanhosos.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de pequenos invertebrados como formigas, e também de sementes encontradas no solo das florestas.
    Reprodução: Constrói seu ninho com materiais de origem vegetal (folhas e gravetos) no interior de árvores ocas, onde deposita até três ovos de coloração esbranquiçada.

  • Trinca-ferro-verdadeiro (Saltator similis)
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    Trinca-ferro-verdadeiro

    Saltator similis (d'Orbigny & Lafresnaye, 837)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Thraupidae

    Descrição: Seu bico é negro e muito forte, característica que originou seu nome popular. Sua cauda é diferenciada em tamanho. Espécie sem dimorfismo sexual.  
    Distribuição Geográfica: Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
    Habitat: Vive em capoeiras, bordas de matas e clareiras. Sempre está associado a matas.
    Hábitos Alimentares: Uma ave onívora, alimenta-se de frutos, insetos, sementes flores e folhas.
    Reprodução: Constrói seus ninhos em arbustos que sejam de um a dois metros do chão, em formato de tigela com aproximadamente 12 centímetros de diâmetro. Usam folhas grandes e secas seguras por ramos.

  • Trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus)
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    Trinta-réis-de-bando

    Thalasseus acuflavidus (Cabot, 1847)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Sternidae

    Descrição: Pode chegar até 45 cm de comprimento e detém até 90 cm de envergadura. O trinta-réis-de-bando possuí até 300 g de massa corporal. Sua plumagem é predominante em tons brancos, com a região dorsal em tons de cinza pálido. Suas pernas e pés são pretos, o bico é amarelado e os olhos são castanhos.
    Distribuição geográfica: Encontrado em toda a região costeira brasileira.
    Habitat: Vive em bandos em regiões costeiras podendo inclusive sobrevoar o mar aberto.
    Hábitos Alimentares: Peixes, lulas e crustáceos a quais captura com seu bico ao mergulhar.
     

  • Trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea)
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    Trinta-réis-de-bico-vermelho

    Sterna hirundinacea (Lesson, 1831)
    Ordem: Charadriiformes
    Família: Sternidae

    Descrição: Possui cerca de 40 cm de comprimento. Sua plumagem é predominantemente cinza-esbranquiçada, contendo apenas a região da nuca em tons mais escuros. Seus pés, pernas e bico são avermelhados. Sua cauda possuí formato de tesoura, enquanto as asas são longas e as pernas são curtas.
    Distribuição geográfica: Encontrada na região costeira da américa do sul.
    Habitat: Encontrada em regiões costeiras, tais como paredões rochosos. Ocasionalmente pode ser avistada sobrevoando o rio Amazonas.
    Hábitos Alimentares: Pequenos peixes.
    Reprodução: Nidifica na América do Sul, em países como Argentina e Brasil, constroem seus ninhos em arbustos ou terrenos secos, aonde a fêmea deposita até dois ovos que são incubados por cerca de 22 dias. Após a eclosão, os filhotes tendem a deixar o ninho com cerca de 30 dias de vida.

  • Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus)
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    Tucano-de-bico-preto
    Tucano-de-bico-preto

    Ramphastos vitellinus (Lichtenstein, 1823)
    Ordem: Piciformes
    Família: Ramphastidae

    Descrição: Mede cerca de 46 centímetros de comprimento.
    Distribuição geográfica: Presente desde a Amazônia até Santa Catarina, e em direção oeste até Goiás e Mato Grosso. No Nordeste é restrito aos estados de Pernambuco e Alagoas. Encontrado também nas Guianas, Venezuela e Bolívia.
    Habitat: Copa de florestas úmidas e capoeiras altas.
    Hábitos alimentares: Frutos, insetos, aranhas, ovos e filhotes de outras aves.
    Reprodução: Põe de 2 a 4 ovos incubados em um período de 18 dias. A fêmea incuba os ovos sozinha, sendo alimentada pelo macho durante o período.
    Período de vida: Cerca de 40 anos.

  • Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus)
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    Tucano-de-bico-verde
    Tucano-de-bico-verde

    Ramphastos dicolorus (Linnaeus, 1766)
    Ordem: Piciformes
    Família: Ramphastidae

    Descrição: Cerca de 48 centímetros, boa parte correspondem ao bico. Pesa em torno de 320 g a 400 g.
    Distribuição geográfica: Toda a região Sul e Sudeste do Brasil, e também, no sul de Goiás, Paraguai e até o nordeste da Argentina.
    Habitat: Áreas florestadas, desde o literal até zonas montanhosas, incluindo as florestas de planalto.
    Hábitos alimentares: Frutos, artrópodes e pequenos vertebrados, com frequência de filhotes e ovos em ninhos de outras aves.
    Reprodução: Coloca de 2 a 4 ovos, incubados durante 18 dias.
    Período de vida: Cerca de 40 anos.

  • Tucano-grande-de-papo-branco (Ramphastos tucanus)
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    Tucano-grande-de-papo-branco

    Ramphastos tucanus (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Piciformes
    Família: Ramphastidae

    Descrição: Mede cerca de 55 cm de comprimento e pesa em torno de 600 g. Possui coloração branco-avermelhada na garganta. A região facial possui cor verde azulada ou azul. Seu corpo possuí coloração negra.
    Distribuição Geográfica: Região Amazônica, Guianas e desde a Venezuela até a Bolívia.
    Habitat: Copa de florestas úmidas, bordas de florestas e capoeiras altas.
    Hábitos Alimentares: Se alimentam com frutos como Astrocaryum, Cecropia, Fícus, Protium, Phytolacea e palmeiras. Também com Euterpes e Oenocarpus, insetos e pequenos vertebrados.
    Reprodução: Fazem ninhos em buracos de árvores, com alturas variáveis.
     

  • Tucanuçu (Ramphastos toco)
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    Tucanuçu

    Ramphastos toco (Statius Muller, 1776)
    Ordem: Piciformes
    Família: Ramphastidae

    Descrição: Mede cerca de 56 cm de comprimento e pode pesar 540 g. Seu bico é enorme e alaranjado com uma mancha negra na ponta. Sua plumagem é predominantemente negra.
    Distribuição Geográfica: Desde a Amazônia brasileira, ao Paraguai, Bolívia e Argentina.
    Habitat: Habita matas de galeria, cerrado, capões. Costuma pousar sobre árvores altaneiras.
    Hábitos Alimentares: Frutas e artrópodes, entretanto também pode se alimentar de ovos e filhotes de outras aves.
    Reprodução: Constrói seu ninho em árvores ocas, buracos em barrancos ou em cupinzeiros. Deposita em média de dois a quatro ovos, a quais são incubados por um período de 16 a 18 dias. O macho costuma alimentar a fêmea na época da reprodução.

     

  • Tuiuiú (Jabiru mycteria)
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    Tuiuiú

    Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819)
    Ordem: Ciconiiformes
    Família: Ciconiidae

    Descrição: Possui cerca de 1,4 m de comprimento, atingindo até a 3 m de envergadura. Apresenta em média 8 kg de peso corporal. Suas pernas são bastante compridas e apresentam coloração negra. Sua coloração corporal é quase toda branca, com exceção apenas das pernas, pescoço e cabeça, sendo esses desprovidos de penas. Seu pescoço e cabeça são negros, enquanto seu papo é avermelhado. Possui bico comprido e negro.
    Distribuição geográfica: Distribui-se desde o México até alguns países da América do Sul, tais como Argentina, Brasil e Paraguai.
    Habitat: Vive em ambientes alagados, como em margens de rios e lagos com variedade de árvores esparsas. Além de outras ambientes, como brejos.
    Hábitos Alimentares: Ave carnívora, apresenta cardápio bastante variado, incluindo peixes, artrópodes, répteis e pequenos mamíferos.
    Reprodução: Costuma se reproduzir no Pantanal. Seus ninhos podem ser construídos por até seis indivíduos, após pronto, o ninho de Tuiuiú é considerado o maior entre as aves do Pantanal. A fêmea deposita até cinco ovos, que serão incubados em um período de 60 dias. Após a eclosão dos ovos, os filhotes só deixarão o ninho com cerca de três meses de idade.

  • Tururim (Crypturellus soui)
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    Tururim

    Crypturellus soui (Hermann, 1783)
    Ordem: Tinamiformes
    Família: Tinamidae

    Descrição: Possui cerca de 23 cm de comprimento e pesa até 250 g. Essa ave contem a região da garganta em tons esbranquiçados, já a plumagem corporal contém tons escuros, sendo que a plumagem das fêmeas é levemente avermelhada.
    Distribuição geográfica: Encontra-se desde o México até alguns países da América do Sul, incluindo o Brasil.
    Habitat: Frequenta ambientes secos e úmidos, bordas de florestas, capoeiras, áreas de restinga, além disso, essa ave também pode frequentar ambientes antropizados, tais como áreas de plantações agrícolas.
    Hábitos alimentares: Frutos, sementes, insetos e pequenos vertebrados como anuros.
    Reprodução: Utiliza de folhas caídas sobre o solo como ninho, ali depositam até dois ovos a quais são incubados por cerca de 16 por um dos pais. Em média, após o nascimento o filhotes tende a deixar o ninho com um dia de vida.

  • Uru (Odontophorus capueira)
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    Uru

    Odontophorus capueira (Spix, 1825)
    Ordem: Galliformes
    Família: Odontophoridae

    Descrição: Possui cerca de 24 cm de comprimento e pesa em torno de 396 g (fêmea) e 457 g (macho). Além de massa corporal, os machos também apresentam topete maior que as fêmeas. Predomina a coloração castanha na região dorsal, acinzentada na região ventral e avermelhada na região em torno dos olhos.
    Distribuição geográfica: Distribui-se em alguns países da América do Sul, como Paraguai, Argentinae Brasil. Em território brasileiro encontra-se desde a região Nordeste até a região Sul.
    Habitat: Frequenta clareiras, florestas de araucárias, florestas subtropicais, além de matas de tabuleiro e matas secas na região Nordeste.
    Hábitos alimentares: Alimenta-se de insetos e outros artrópodes, além de frutos (como o Caruru) e sementes (como o pinhão).
    Reprodução: Costuma nidificar no solo ou em buracos como tocas de tatus confeccionados com materiais de origem vegetal (folhas secas). A fêmea deposita cerca de cinco ovos que posteriormente serão incubados. Os filhotes já nascem aptos para deixar o ninho, entretanto costumam se esconder em buracos no solo.

  • Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus)
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    Urubu-de-cabeça-preta
    Urubu-de-cabeça-preta

    Coragyps atratus (Bechstein, 1783)
    Ordem: Cathartiformes
    Família: Cathartidae

    Descrição: Comprimento 62 cm e cerca de 143 cm de envergadura, com peso de 1,6 quilo.
    Distribuição geográfica: Todo Brasil. Da América do Norte ao Chile, Argentina e Uruguai.
    Hábitat: Florestas, capoeiras, áreas agrícolas, zona urbana, ilhas costeiras, praias.
    Hábitos alimentares: Carcaças de animais mortos e outros materiais orgânicos em decomposição, filhotes de tartarugas e de outras aves.
    Reprodução: Coloca 2 ovos,  incubados de 32 a 40 dias.
    Período de vida: Cerca de 8 a 12 anos.

  • Urutau (Nyctibius griseus)
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    Urutau

    Nyctibius griseus (Gmelin, 1789)
    Ordem: Nyctibiiformes
    Família: Nyctibiidae

    Descrição: Possui cerca de 36 cm de comprimento e pode pesar até 200 g. Apresenta uma adaptação única, denominada como olho mágico, nada mais é do que duas fendas localizadas na pálpebra superior, essas fendas dão capacidade para essa ave enxergar mesmo de olhos fechados. Apresenta plumagem corporal em dois tons bastante característicos, cinza e marrom.
    Distribuição geográfica: Distribui-se ao longo da América do Sul em países como Argentina, Uruguai, Bolívia e Brasil. Possui registros em todas as regiões brasileiras.
    Habitat: Frequenta bordas de florestas, campos e cerrados. Devido suas plumagens altamente camufladas, costuma pousar em locais abertos ficando bastante discreta ao ambiente.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se de invertebrados noturnos a quais captura em voo, tais como besouros, cupins e mariposas.
    Reprodução: A fêmea deposita apenas um ovo em cavidades ocas de árvores. Além disso, a fêmea incuba o ovo por cerca de 33 dias, após esse período o ovo eclode e o filhote nasce. Por sua vez, o filhote permanece no ninho por cerca de 50 dias.

  • Xexéu (Cacicus cela)
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    Xexéu

    Cacicus cela (Linnaeus, 1758)
    Ordem: Passeriformes
    Família: Icteridae

    Descrição: Os machos possuem cerca de 28 cm enquanto as fêmeas de 23,5 cm. O indivíduo adulto possui plumagem preta com detalhes em amarelo, já o imaturo tem cor de fuligem com amarelo.
    Distribuição geográfica: Na Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Panamá e no Brasil.
    Habitat: Árvores baixas do bioma Cerrado, bordas de florestas de galeria.
    Hábitos Alimentares: Alimenta-se principalmente de sementes e frutas. Também ataca ninhos de outras aves em procura de ovos.
    Reprodução: Constrói o ninho com folhas de palmeira, galhos e grama, em formato de uma bolsa suspensa. O xexéu realiza até 3 ninhadas no período reprodutivo onde um macho acasala com várias fêmeas. Depositam até três ovos por ninhada a quais são incubados por cerca de 14 dias. O indivíduo jovem se torna adulto em cerca de 24 a 36 mêses de vida.